Painel do Leitor
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Delação premiada
Graças à delação premiada, o doleiro Alberto Youssef poderá ganhar até R$ 10 milhões. E os pais que mandavam o filho estudar para fugir do crime e vencer na vida? Já estou vendo criança dizendo: "Mamãe e papai, quando eu crescer quero ser doleiro!"
Emanuel Cancella (Rio de Janeiro, RJ)
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A notícia de que o doleiro Alberto Youssef ("Poder", 24/1) poderá faturar R$ 10 milhões de comissão é estarrecedora. Isso sim é que é delação premiadíssima! Espero que o Poder Judiciário recuse essa proposta obscena.
Fabiana Tambellini (São Paulo, SP)
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O Brasil é um circo onde os palhaços somos nós, cidadãos honestos, que trabalhamos a vida inteira, pagamos nossos impostos em dia e nunca conseguiremos ganhar R$ 10 milhões com o fruto do nosso trabalho honesto. Quem foi que disse que o crime não compensa? É uma vergonha.
Claudir José Mandelli (Tupã, SP)
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É impressionante a leniência da nossa Justiça, principalmente nos casos de "colarinho branco". A pessoa cometeu um delito e, por "ajudar" a recuperar um dinheiro que não lhe pertencia, leva uma comissão de 2%. Por essas e outras se percebe o motivo de tanta gente desviar verba pública e ainda sair no lucro.
André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)
Pena de morte
Congratulo-me com o editorial "Pena medieval" ("Opinião", 24/1), pela objetividade e equilíbrio com que demonstra a iniquidade jurídica e social da pena de morte em nossa época. Deveria ser material de leitura em todas as escolas do país.
José Roberto Whitaker Penteado, presidente da ESPM (São Paulo, SP)
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Muito bom o editorial "Pena Medieval" (24/1), no qual a Folha condena firmemente a pena de morte e elogia o governo brasileiro por tentar a clemência do governo indonésio. Vale a pena, entretanto, lembrar que o pleito se enfraquece por carregar o Brasil em sua Constituição uma séria mácula: a previsão de pena de morte em caso de guerra. A abolição completa da pena de morte no ordenamento jurídico brasileiro é fundamental para fortalecer a oposição do país a essa prática odiosa no plano internacional.
Pedro Abramovay, professor da FGV Direito Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Dilma e Alckmin
O magnífico editorial "Omissão criminosa" (25/1) apresenta a verdade sobre o que ocorreu durante os governos que temos, e que estão nos conduzindo para o fundo do poço: "Os governos tucanos, há duas décadas no poder estadual, e petistas, há 12 anos na Presidência, não podem atribuir a ninguém a herança maldita de sua própria incúria".
Douglas Jorge (São Paulo, SP)
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Congratulações à Folha pelo editorial "Omissão criminosa", referindo-se à postura inconsequente de Dilma Rousseff e de Geraldo Alckmin perante a crise hídrica que se delineia há anos.
Maria Inês de Araújo Prado (São Paulo, SP)
Seca
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), não liberou a verba estadual destinada ao Carnaval. Muito bem, uma seca cruel, entrando no quarto ano, necessita que os recursos sejam muito bem administrados. Sou testemunha visual de um sertão de açudes secos e de safras minguadas. Mais de dois terços do rebanho está magro ou morto de fome. O governador deve locar recursos na situação emergencial de falta de água potável para a população.
Paulo Roberto Girão Lessa (Fortaleza, CE)
Manifestações
Nossa educação escolar está uma calamidade mesmo. O prefeito aumenta as passagens e os jovens depredam as instituições bancárias? É preciso ensiná-los a raciocinar, a associar ideias e fatos. E tem muitos também usando máscara nas manifestações de rua. Sinal de que não brincaram o suficiente no pré-primário. O MEC precisa urgentemente alterar o nosso currículo escolar.
Hermínio Silva Júnior (São Paulo, SP)
Táxi
Em Belo Horizonte, há alguns anos, vi o sistema do táxi compartilhado funcionando, e ouvi comentários de que era bom. Não me parece, portanto, que ele "esbarraria em lei federal" ("Opinião", 24/1). Os argumentos contrários me pareceram pouco consistentes, uma vez que o taxista receberá o mesmo pelas viagens e os passageiros serão incentivados a utilizar mais o serviço.
Joel Fernando Antunes de Siqueira (São Paulo, SP)
Capa
A Primeira Página (com a imagem aérea do centro de São Paulo) e a capa da "Ilustríssima" (retrato de Churchill em ilustração de Zé Otavio) de domingo estavam sensacionais! Parabéns!
Wilson Guimarães Cavalcanti (Niterói, RJ)
Demétrio
O artigo de Demétrio Magnoli de 24/1 ("Pelotão de fuzilamento") foi extremamente feliz. Tanto o Congresso Nacional como parte da população brasileira deveriam lutar contra essa excrescência que é a pena capital. As pessoas se preocupam com coisas comezinhas, como falta d'água, apagão etc. Perdemos a capacidade de nos indignar.
Paulo Sérgio Cordeiro (Curitiba, PR)
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Não posso deixar de comentar as incoerências nos artigos de Demétrio Magnoli. Às vezes ele se comporta como se fosse de esquerda (critica a pena de morte), às vezes como se fosse de direita. Porém não convence: é uma argumentação sem consistência. Não tem uma linha clara, dá tiros para todos os lados, mistura tudo. Acho péssimos seus artigos.
Rafael Alberti Cesa (Caxias do Sul, RS)
Planos de saúde
Os planos de saúde geridos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar revoltam milhares de clientes. Antigamente o aumento seguia a inflação do período, e nada mais do que isso. Hoje os aumentos são muito superiores à inflação, deixando o associado doente por não poder mais arcar com o custo da prestação. Ele deixa de pagar e perde o plano que pagou durante anos a fio.
Creusa Colaço Monte Alegre (São Paulo, SP)
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