Painel do Leitor
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Manifestações
Parabenizo Bernardo Mello Franco pelo artigo "Devagar com o andor" ("Opinião", 10/3). O povo quer saber por que o preço da luz subiu uma barbaridade, por que não tem saúde, educação ou segurança, apesar de pagar tantos impostos. Não necessito de "orquestração golpista" para bater panelas e vaiar este desgoverno, que, mais uma vez, quer morder a classe média. Também não acho que seja a hora de pedir o impeachment. Mas não vejo a hora de chegar dia 15.
Helena de Almeida Prado Bastos (São Paulo, SP)
Jamais pensei que o "sociólogo" FHC fosse reacender o discurso e o golpismo udenista ("'Tirar Dilma não adianta nada', diz FHC", "Poder", 10/3). Triste epílogo para um doutor da deseducação cujo intelecto foi assassinado pela vaidade.
Julio César Caldas Alvim de Oliveira (Florianópolis, SC)
Pela primeira vez tenho que concordar com Dilma ("Após vaias, Dilma diz não ver razão para impeachment", "Poder", 10/3). E concordo também com o senador Aloysio Nunes, pois, particularmente, desejo que Dilma fique até o fim do mandato, ainda que isso custe muito caro para nós, brasileiros, e para ela também. Depois, será outra a história.
Therezinha Kroiss Ferigato (Judiaí, SP)
Muito embora os autores de "Leviatã agonizante" (Tendências/Debates, 9/3) tenham tentado zelar pela cartilha liberal, restou patente o apelo pelo desprezo partidário --taxativamente o PT-- como argumento. A ideia de diminuir os poderes do Estado talvez soe mal para o atual contexto de crise política. Não seria melhor fortalecer e aperfeiçoar as instituições? Parece que é melhor um Estado menos poderoso do que o PT seguir governando. O bom e velho "tudo ou nada". Se o Estado mínimo fosse solução, a nação de Milton Friedman não teria (re)elegido Obama. Almejar Estado mínimo parece uma forma elegante de dizer "#ForaPT''.
Murilo Gênova (São Paulo, SP)
Kim Kataguiri, candidato a fundamentalista do mercado, diz que seus professores desconheciam Milton Friedman ("Grupos contra Dilma esperam levar 100 mil às ruas no dia 15", 9/3). É mais provável que o desprezassem, como um profeta da desigualdade e da violência. Esse menino precisa ler "A Doutrina do Choque", de Naomi Klein, para notar que tais teorias só puderam ser aplicadas após golpes genocidas como o de Pinochet, ou tsunamis, como no Sri Lanka, com resultados desastrosos.
Carlos Brisola Marcondes (Florianópolis, SC)
Patética é a posição de Maria José Mesquita (Painel do Leitor, 10/3), chamando de radical fundamentalista quem discorda do ensino ideológico praticado nas universidades públicas. Estivesse alinhado com seu esquerdismo, sua carta seria cheia de rapapés.
Paulo Boccato (Taquaritinga, SP)
Petrolão
Ricardo Melo ("Youssef, o dono do mundo", "Poder", 9/3) desqualifica "quem" diz para desacreditar "o que" se diz. Coloca "denúncias" entre aspas, como a dizer que sabe serem mentiras, e menciona os "golpistas habituais", sem especificar quem seriam. Youssef pode ser tudo aquilo, mas a questão é: o que diz é verdadeiro ou não?
Marco Cesare Perrotti (Santos, SP)
"O tempo é o senhor da razão." Prestes a ser cassado, Collor repetiu várias vezes essa frase. Depois de tantos anos, é deprimente seu reencontro com Lindbergh Farias, que como líder cara-pintada ajudou a derrubá-lo. E eu um dia pensei que ele poderia virar presidente.
Devanir Amâncio (São Paulo, SP)
A respeito da coluna de Carlos Heitor Cony ("Saber ou não saber, eis a questão", 10/3), acredito que o presidente da Petrobras quando Paulo Francis fez suas denúncias, Joel Rennó, o foi no mandato de FHC. Portanto, se Cony diz que Dilma deveria saber do que ocorria na Petrobras, FHC também deveria.
Nicola Granato (Santos, SP)
Cony confunde alhos com bugalhos ao mencionar a morte de Francis, colocando-a na conta de Lula e Dilma. As denúncias de corrupção na Petrobras feitas por Francis foram no governo FHC, agora comprovadas pela confissão de Pedro Barusco ("Ex-gerente diz que começou a receber propina na era FHC", "Poder", 6/2). Nenhuma investigação foi feita na época.
Paulo Campos (São Paulo, SP)
Ciclovias
Jamais declarei que cicloativista anda nas ciclovias centrais para lazer ("Disputa para guardar bicicleta tem fila de espera na zona leste", "Cotidiano", 9/3), mas, sim, que elas são as mais frequentadas por cicloativistas e também utilizadas para lazer. Não disse que a bicicleta é mais utilizada na periferia por uma questão de economia, mas sim porque o transporte público coletivo nestas regiões é de baixa qualidade. Estas minhas observações estão registradas na minha tese de doutorado "O Uso Cotidiano da Bicicleta no Município de São Paulo".
Meli Malatesta, doutora em Mobilidade Não Motorizada pela FAU-USP (São Paulo, SP)
NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção Erramos.
Crise na Ucrânia
Será que os ucranianos do oeste e a Europa querem mesmo uma guerra? Lembrai-vos da Segunda Guerra, quando as frentes ucranianas do Exército Vermelho varreram os nazistas da região, com mais de 1 milhão de soldados.
Paulo D. Ramos, jornalista (Lages, SC)
Criação
Rosely Sayão ("O valor da intimidade", "Cotidiano", 10/3) mostra que castigo físico não ensina respeito. Depois ninguém sabe por que somos violentos. Quem apanhou quando criança acha que mereceu porque aprontava. Aprendeu apenas a ser rancoroso e ressentido.
Sylvia Manzano (Praia Grande, SP)