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Costa Concordia
O ato covarde do comandante italiano do Costa Concordia serve para nos enxergarmos um pouco mais. O mundo atual é recheado de individualismo e excentricidade. Cada vez mais nos afastamos da coletividade. Contardo Calligaris teve toda a razão ao dizer que Schetinno nos fez ter vergonha de nós mesmos ("Mundo", ontem). Na prática, o que ele diz é: a minha vida é o que importa e sem ressentimentos. Pobres de nós mesmos!
Renato Baladore (Itapeva, SP)

Judiciário
A lamentável demora no julgamento do caso Ceci Cunha serve de mau exemplo e de motivo para renovadas críticas à injusta lentidão do Poder Judiciário.
Mas, ao contrário do que opina o professor Joaquim Falcão sobre o caso ("Desafio é evitar que lentidão permita prescrição do crime", "Poder", ontem), penso que o problema não se deve a um suposto "excesso de recursos", que são garantias constitucionais indispensáveis ao exercício da ampla defesa visando, sobretudo, evitar erros judiciários.
O problema é o mau funcionamento da máquina judiciária, que possui número insuficiente de juízes e de servidores, desproporcional ao crescente volume de processos que todos os anos chegam às varas e aos tribunais, tornando humanamente impossível que se cumpra o artigo 5º, inciso 78, que assegura a todos "razoável duração do processo".
Adir Claudio Campos (Uberlândia, MG)

Remuneração por horas extras, adicional noturno, compensação por trabalhos excedentes, como plantões e substituições, e mesmo adicional para realizar mutirões e participar de outros órgãos ou funções que agreguem serviço. Tudo isso são direitos assegurados aos trabalhadores brasileiros, muitos deles afirmados na Constituição, todos acolhidos pela lei e reconhecidos pelo Judiciário. Não são direitos só de juízes federais.
A diferença entre o regime de trabalho dos juízes e o dos demais trabalhadores afigura-se muito nítida, quase evidente. Parece, no entanto, que grande parte do público desconhece ou prefere não levar em conta essa distinção no momento de censurar as férias de 60 dias previstas legalmente para os membros do Judiciário.
Argumentam que, como a maioria das categorias tem 30 dias de férias por ano, este deveria ser o limite para o juiz, do contrário ter-se-ia um privilégio. O reconhecimento de que o juiz deve ter os mesmos direitos significa não só reduzir tempo de férias mas assegurar-lhe, de imediato, a remuneração ou compensação por todo e qualquer serviço acrescido, incluindo adicionais, vantagens e contrapartida por metas alcançadas.
Frederico Valdez Pereira, juiz federal (Carazinho, RS)

Saúde
Beira o absurdo o sectarismo do secretário do Sindicato dos Médicos de São Paulo, exposto no artigo "Retrocessos na saúde" (Tendências/Debates, ontem), em relação à saúde estadual. Nenhum médico de hospital estadual ganha R$ 650, como disse o autor do texto. A remuneração média é de R$ 3.600 para 20 horas semanais, sem contar plantões extras.
A Secretaria de Estado da Saúde trabalha pela aprovação de um novo plano de carreira, antiga reivindicação da categoria, que promoverá ampla revisão dos salários pagos, além do reajuste de 19% já concedido.
Sobre o Instituto Emílio Ribas do Guarujá, o autor deve saber que qualquer serviço de saúde, público ou particular, é ativado em etapas. A secretaria investiu R$ 40 milhões para modernizar e reequipar hospitais de administração direta e continuará investindo na recuperação desses equipamentos em 2012, a exemplo da reforma e da ampliação do Hospital do Mandaqui, no valor de R$ 65 milhões.
O autor também deveria ler as últimas edições do "Diário Oficial do Estado" antes de dizer que não há concurso. São mais de 3.300 vagas para a saúde autorizadas pelo governo. Por fim, ressaltamos que este governo não privatiza nem privatizará qualquer equipamento de saúde.
Ricardo Liguori, coordenador de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde (São Paulo, SP)

Argentina
Acho completamente equivocada a posição do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, em relação à Argentina ("Esquenta guerra comercial com a Argentina", "Mercado", ontem). Temos que trabalhar em conjunto com a Argentina, e não guerrear com ela. E a solução é bem simples: basta fazer um acordo para deficit zero. Simplificando: para cada real importado pela Argentina em produtos brasileiros, o Brasil deverá importar valor equivalente em produtos argentinos. É a velha política de reciprocidade, tão comum nas relações internacionais.
Rogério Moreira (Jundiaí, SP)

Agências de risco
A agência internacional Standard & Poor's, de uns tempos para cá, vem se constituindo em uma força terrível no mundo todo. Seus especialistas atribuem "pontuações" míticas a este ou àquele país -e tudo, subitamente, desaba ou se eleva no tal país.
Ninguém sabe -e suponho que jamais venhamos a saber- quais são, como funcionam e como são apurados os critérios para as famosas pontuações AAA, AA+, BBB (não, não me refiro ao "Big Brother Brasil") e assim por diante. Mas que funcionam, isso funcionam. Ninguém discute o poder dessas agências de tornar as coisas mais fáceis ou mais difíceis para os pobres governantes.
Nivaldo Sanches (São Paulo, SP)

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