Painel do Leitor
A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
-
Petrolão
O relatório apresentado pela Petrobras é vulnerável a contestações por estar inconsistente. Há necessidade premente de se aprofundar na conferência do indigitado relatório, para que se traga a público a veracidade. Ademais, para que a Petrobras seja realmente passada a limpo, como propala a presidente Dilma Rousseff ("Com o balanço, Petrobras 'vira a página' e 'acerta passo', afirma Dilma", "Mercado", 25/4), é imperioso que o dinheiro desviado seja devolvido integralmente e todos os responsáveis, sem exceção, sejam punidos.
João Carlos Gonçalves Pereira, advogado (Lins, SP)
-
Então não é propaganda contrária da oposição, não é implicância da elite branca e dos coxinhas. São números "oficiais" falando bem alto e claro de erros e safadezas, má-fé e má-consciência. Só a parte reconhecida da corrupção (R$ 6,2 bilhões) no prejuízo da Petrobras seria o PIB de um hipotético município brasileiro na centésima posição. O ensurdecedor silêncio das hostes lulopetistas é muito conveniente.
Bolívar Silva (São Paulo, SP)
-
Os empresários, responsáveis por obras de infraestrutura e milhares de emprego, na cadeia, a maior parte inocente. E os políticos corruptos, que os obrigaram a pagar para poder trabalhar, soltos. Onde há justiça? Senado e Câmara (Calheiros e Cunha) suspeitos e investigados. A quem obedecem? Graças a 1964 fomos a oitava economia do mundo. Decaímos para qual posto em 2015?
Marli Mira Hoeltgebaum (São Paulo, SP)
Dengue
Intrigante o quase lacônico comentário do leitor Sergio Takeo Miyabara relativo à icaridina (Painel do Leitor, 25/4). Após a reportagem "Dengue assusta bairros da região central que 'desconheciam a doença" ("Cotidiano", 24/4), procurei o repelente baseado nessa substância e a resposta foi a de sempre --está em falta. O assunto merece uma investigação, explicação, solução.
Sergio Umberto Paganoni (São Paulo, SP)
Hélio Schwartsman
A Folha não pode "marquetear" ser pluralista enquanto concede "imunidade diplomática" para Hélio Schwartsman panfletar seus dogmas materialistas, sem oferecer um contraponto, como pede o seu "Manual de Redação". O fenômeno da consciência aponta para o dualismo, assim pensa John Ecles, Nobel de medicina em neurofisiologia, e mostram pesquisas da "division of perceptual studies" da Virginia University. Cerca de 50% das faculdades de medicina nos Estados Unidos ministram aulas de "medicina e espiritualidade" para ensinar as novas descobertas, além da USP e da Unifesp, no Brasil.
Zalman Gift (São Paulo, SP)
-
Como sempre, muito bem fundamentados os argumentos de Hélio Schwartsman ("Custo de oportunidade", "Opinião", 24/4).
Vital Romaneli Penha (Machado, MG)
Greve dos professores
O editorial "Mestres indisciplinados" ("Opinião", 25/4) não é correto com a Apeosp e a greve dos professores estaduais. Embora reconheça que nossos salários são ruins e que precisamos ser valorizados, utiliza falsos dados fornecidos pela Secretaria da Educação, deixando de cumprir o compromisso de publicar as informações salariais corretas enviadas pela Apeoesp. O jornal associa aos professores atos violentos que a Apeoesp sempre condenou. Nossas manifestações são pacíficas. Nosso foco é a conquista das reivindicações. O jornal deveria questionar o governador e o secretário da Educação sobre por que não apresentam propostas que possam levar ao fim da greve. Em vez de adotar um lado, o jornal deveria promover um debate entre as partes sobre a questão.
Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da Apeoesp (São Paulo, SP)
-
Deplorável a atuação de professores em greve na tentativa de invadir a Secretaria de Educação ("Professores devem manter greve após quebra-quebra", "Cotidiano", 24/4). A Apeoesp, entidade da qual pedi minha desfiliação, deveria se preocupar com os alunos sem aula há mais de 40 dias e ter atitudes mais sensatas.
Nilza Maria Mendes de Jesus, professora aposentada (Capão Bonito, SP)
BNDES
Em 8/8/2010, a Folha publicou "Doze grupos ficam com 57% de repasses do BNDES", em que informava que as chaves do cofre do BNDES estavam na mão da Petrobras, da Eletrobras e de 10 grupos, que ficavam com 57% dos R$ 168 bilhões das transações de 2008 até junho de 2010. Lá estavam: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht etc. Os subsídios giravam em torno de R$ 9 bilhões. Em 7/2/2010, a Folha publicou "Governo federal intensifica negócios com empreiteiras", dando conta que a candidata Dilma "via com bons olhos" as transações. Na reportagem, as mesmas empreiteiras e as notórias contribuições eleitorais. Que tal a Lava Jato apanhar o BNDES?
José Ronaldo Curi, advogado (São Paulo, SP)
Charge
Esclareço a Beni Sutiak (Painel do Leitor, 24/4) e a quem se "ofendeu" com meu comentário que não defendo que as pessoas sejam obrigadas a gostar de charges (ou opiniões alheias) --eu desgosto de várias sem necessariamente me sentir "ofendido".
Geraldo Oliveira Cordeiro Júnior (São Paulo, SP)
-