Painel do Leitor
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Corrupção no futebol
É desagradável e perigoso, como ressalta Hélio Schwartsman ("Polícia do mundo", "Opinião", 29/5), que os EUA assumam o papel de polícia do mundo. Para evitar isso, seria ótimo que os outros países, principalmente o Brasil, se esforçassem para tomar vergonha na cara e punir seus próprios corruptos. Se isso não for feito, eles se darão o direito de invadir países para tirar Noriegas, conforme lhes convier, ignorando os perigosos, como Stálin, ou convenientes, como o foi Saddam Hussein na década de 1980.
Carlos Brisola Marcondes (Florianópolis, SC)
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Nós, cidadãos brasileiros, percebemos nesta semana que podemos confiar no funcionamento da Justiça"¦ dos EUA!
Paulo A. Nussenzveig (São Paulo, SP)
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Em que pese o conteúdo do texto "Globo reitera que não há suspeitas sobre empresas de mídia" ("Esporte", "29/5"), deveriam investigar. Os brasileiros gostariam de saber se não houve pagamento de propinas a dirigentes da CBF e de clubes para garantir à emissora a exclusividade no Brasileiro, apesar de concorrentes até oferecerem mais aos clubes. A PF terá coragem?
Radoico Câmara Guimarães (São Paulo, SP)
Eduardo Cunha
Muito boa a coluna de Reinaldo Azevedo "Ódio a Cunha é ódio à democracia" ("Poder", 29/5). Difícil discordar de que Cunha avançou na reforma política, mas vejo alguns senões. Primeiro, o fato de que, várias vezes, Cunha deu mostras de que age com o fígado. Não consigo enxergar o ódio. Percebo oposição, mas dentro do regimento. Por fim, o autor da instituição da reeleição é o PSDB, que agora votou contra ela. Torço muito para que o colunista não caia na armadilha de agir com o fígado, como volta e meia faz Cunha.
Anísio Franco Câmara (São Paulo, SP)
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Gostaria de saber se Reinaldo Azevedo realmente apoia Eduardo Cunha por sua postura de "independência" diante do Executivo ou por ele se dedicar a azucrinar o governo do PT.
Fábio Alexandre Lunardini (São Paulo, SP)
Governo Dilma
O governo Dilma cortou os recursos destinados aos gastos sociais, como educação e saúde. A verba para a reforma agrária sofreu corte de mais de 50%. Direitos trabalhistas foram duramente expropriados. Estou me sentindo enganada. Votei em Dilma confiante em que, como prometeu, não faria o preço da crise recair sobre os trabalhadores. A reforma política poderia propor que, em casos como esse e após certo tempo de mandato, os cidadãos pudessem exigir que os eleitos fossem submetidos a "recall".
Heloísa Fernandes, socióloga (São Paulo, SP)
Oposição
O PSDB faz política tal qual o PT em sua fundação, quando era contra o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, as privatizações e o fator previdenciário. Hoje o PSDB seria contra essas propostas se fossem iniciativa do Partido dos Trabalhadores?
Obed Zelinschi (Santos, SP)
USP
Saúdo o professor Francisco Carlos Martinho pela lucidez do texto "A Universidade não é uma ágora" (Tendências/Debates, 29/5). Afastando-se de correntes influentes que grassam nas ciências humanas, ele nos convida a repensar o papel da USP como patrimônio dos paulistas, não como espaço de mimetização folclórica. Reconhecer a universidade na sua essência enobrecedora de pensar, produzir e difundir conhecimento e valores é um exercício que nos ajuda a livrá-la das minorias influentes que se sentem no direito de tomá-la de assalto em nome de proselitismo.
Túlio Augustus Silva e Souza, sociólogo (Goiânia, GO)
Fernanda Torres
Neste país culturalmente depauperado, mantenham e nutram muito bem a coluna de Fernanda Torres. "Romantismo" ("Ilustrada", 29/5) é brisa de esperança para cultivar a permanência de um povo estudante, não de uma "pátria educadora".
Joaquim A. Machado (Campinas, SP)
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Fernanda Torres diz que a falta de creche etc. é cúmplice do assassinato cometido por um garoto que não teve nada disso e considera que o quadro, além de desolador, é insolúvel. Contardo Calligaris passou três semanas nos provando que a causa da violência não é a necessidade, mas o desejo. Ele mostrou como é conveniente fazer crer que a origem do mal está nas favelas, quando na verdade o mal mesmo é o chamado colarinho-branco.
Sylvia Manzano (Praia Grande, SP)
Antissemitismo
É claro que o antissemitismo persiste tragicamente, assim como o racismo, o preconceito de gênero, a homofobia... Mas Israel não pode ser confundido com o judaísmo. Israel é um Estado. Má-fé é imputar a quem não aprova as ações desse Estado a pecha de antissemita. Ao senhor Yoel Barnea e sua tentativa de misturar as coisas ("Combate ao antissemitismo", Tendências/Debates, 29/5), só uma palavra: Palestina.
Alan Demanboro (Osasco, SP)
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Excelente artigo, refletindo a grande preocupação com que o mundo enxerga esta nova lufada de antissemitismo. Importante análise dessa nova forma de preconceito que demoniza Israel e singulariza aquele moderno e democrático Estado como a personificação do mal. Devemos estar alertas e criticar toda e qualquer forma de racismo e intolerância.
Floriano Pesaro, deputado federal (PSDB) (Brasília, DF)
Publicidade
Observei, revoltado, que, no anúncio da Hyundai na Folha (25/5), todas as mais de duas dezenas de fotos ali estampadas como representando "os clientes mais satisfeitos do Brasil" são, sem exceção, de pessoas brancas. Nenhum rosto negro, mulato ou oriental. Imagino se, entre os tais supostos felizardos e risonhos compradores dos veículos Hyundai, inexistem quaisquer não arianos, indignação que aumenta uma vez que referida publicidade foi promovida por uma empresa coreana.
Manuel Alceu Affonso Ferreira, advogado (São Paulo, SP)
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