Painel do Leitor
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Crise política
Em um ataque de sincericídio na reunião com os governadores, Dilma declarou que a população brasileira está sofrendo ("Dilma pede a governadores ajuda para sair da crise", http://folha.com/no1662431 ). Onde foi parar, em apenas sete meses, aquele Brasil maravilha apresentado na campanha eleitoral? Com todo o respeito, os governadores não deveriam ter atendido à convocação para a reunião sem que antes a presidente fizesse um mea-culpa público sobre as mentiras apregoadas naquela ocasião.
Marco Antonio Esteves Balbi (Rio de Janeiro, RJ)
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O senhor Juan Manuel Villarnobo Filho ocupa pela segunda vez neste ano a seção de cartas (Painel do Leitor, 30/7) para criticar ferozmente o governo federal e o PT. Seria patético se não fosse triste, mas ilustra bem a falta de limites e a hipocrisia dos críticos que nem sequer têm coragem de assumir a sua posição política. O referido e autointitulado economista é presidente do diretório municipal do PSDB em Santos. Omite, pela segunda vez, sua posição política e ainda ousa falar em "princípios". De fato, esses estão em falta em alguns políticos do Brasil.
Evaldo Stanislau Affonso de Araújo, médico e vereador pelo PT (Santos, SP)
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Ótima a coluna de Bernardo Mello Franco ("Indignação seletiva", "Opinião", 30/7). A sanha de ver o impeachment da presidente personaliza um mal endêmico: acham que, degolando Dilma, magicamente tudo se resolve. A miopia de achar que tudo se reduz a um lado certo (pró-impeachment) e um errado (que não quer o mau uso dessa ferramenta) torna os arranjos grotescos: basta estar no lado "certo" para que deslizes gravíssimos, como indícios reais de corrupção, sejam tolerados. Ante tamanha imaturidade, não admira que os maus políticos deitem e rolem.
Alberto Marcos Nannini JR., servidor da Justiça Federal (São Paulo, SP)
Operação Lava Jato
É louvável o que a Operação Lava Jato vem fazendo ao desnudar a corrupção, que sempre existiu neste país. Lamentável é que ela esteja direcionada apenas contra o governo atual. Alguém é ingênuo de acreditar que não houve corrupção em governos passados ou nos governos estaduais e municipais de todos os partidos? Essa hipocrisia do MPF, da PF e da oposição não servirá para acabar com a corrupção. Apenas fechará uma porta. Outras ficarão escancaradas.
Cristiano Rezende Penha (Campinas, SP)
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A imprensa noticia com mais destaque o crime de corrupção ativa de que são acusados os empresários envolvidos na Operação Lava Jato. Sobre a outra ponta da corrupção, a passiva, a ênfase não é a mesma. Nos três níveis de governo, pode ocorrer até o crime de concussão, cometido pelo funcionário público que exige vantagem indevida. São inúmeras as reclamações de quem negocia com os governos sobre a "necessidade" de oferecer propina para conseguir vencer uma licitação ou tomada de preços. A responsabilidade maior por essa podridão é do agente público.
Antonio Carlos Ramozzi, advogado (São Paulo, SP)
Crise de água
Quando começou a campanha pela redução do consumo de água, fiz uma série de alterações na minha residência, cuja consequência foi uma considerável economia. Objetivo alcançado! Solidarizo-me com José Henrique Mariante ("A seco", "Opinião", 30/7), pois, no terceiro mês de diminuição de gastos, também fui vítima de uma equipe da Sabesp, composta de três homens mal-encarados, sisudos, que vieram fiscalizar o hidrômetro da minha casa. Por fim, acabaram trocando o antigo por um novo, no qual puseram um lacre adicional. Fui tratado como se estivesse roubando água!
Abrão Salum (São Paulo, SP)
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Em relação à coluna "A seco", a Sabesp louva a conduta do jornalista. Nos últimos 12 meses, ele reduziu o seu consumo de 18 m³ em julho de 2014 para 4 m³ em julho deste ano, com uma média de 10 m³ no período. Por fazer o uso racional da água, Mariante tem feito jus ao bônus, a exemplo de 83% da população, que aderiu ao programa. A troca preventiva feita no seu hidrômetro não foi por desconfiança, mas, sim, um procedimento de rotina. O equipamento é trocado a cada quatro anos (a última vez foi em 2011). No formulário citado pelo jornalista, há um campo sobre irregularidade constatada e a marcação foi negativa.
Carlos Alencar, assessor de comunicação da Sabesp (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO COLUNISTA JOSÉ HENRIQUE MARIANTE - Agradeço o elogio. Mas, no formulário que recebi, está marcado, sim, que o hidrômetro removido iria para análise.
Plano Diretor
A propósito do artigo "Um ano do Plano Diretor de São Paulo" (Tendências/Debates, 30/7), o autor aponta o que ainda resta a ser feito. Incluiria nesse rol uma questão estrutural: a circulação de cargas, imprescindível para o abastecimento da população. Fica como sugestão que a logística mereça maior cuidado na elaboração do Plano de Mobilidade.
Frederico Bussinger, consultor (São Paulo, SP)
Limite de velocidade
Gostaria de fazer uma proposta ao prefeito Haddad para colaborar com a sua decisão de salvar vidas: limitar a velocidade das motos a menos da metade da atual. O número de atropelamentos por motoqueiros baixaria de imediato. De lambuja, a sociedade livrar-se-ia das ensurdecedoras buzinas e do também permanente pânico de acertar um motociclista, que nunca se sabe de onde virá.
Nuno Martins (Barueri, SP)
Aposentadoria
Será que a presidenta não teria assuntos mais importantes para resolver, como a falta de objetivo na péssima economia, do que tirar o parco dinheiro dos aposentados, negando-lhes um justo reajuste ("Dilma vai vetar regra que amplia reajustes no INSS", "Mercado", 30/7)? É só o que os aposentados podem esperar de um governo mal-administrado.
Creusa Colaço Monte Alegre (São Paulo, SP)
Brasil que dá certo
Congratulações à Folha pela publicação do caderno de agronegócio "O Brasil que dá certo" (30/7). Graças a Deus, no Brasil tem muita coisa que dá certo. Vamos ter confiança no futuro.
Paulo Maluf, deputado federal pelo PP-SP (Brasília, DF)
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