Painel do Leitor
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Brasil em crise
A queda de 1,9% do PIB no segundo trimestre não significa o fundo do poço ("Investimento despenca e sinaliza mais longa retração desde o Real", "Mercado", 29/8). Os dados referentes ao investimento, gasto das famílias e agronegócio representam uma tendência de paralisação. Atribuir isso à crise política seria nos conformarmos com um processo recessivo em que não se vislumbra sinal de recuperação. Com Dilma ou sem Dilma, os números mostram que precisamos de mudanças radicais na economia.
José Gonçalves Andrade (Belo Horizonte, MG)
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Não é travessia, presidenta. É mergulho.
Vasco Pereira de Oliveira (Jardinópolis, SP)
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A principal consequência das crises na política e na economia é o desgaste da classe política diante da opinião pública. Urge que as legítimas lideranças do país procurem dar soluções factíveis a esses nossos atuais problemas e que, nos próximos pleitos, nós renovemos nossas representações e dirigentes, elegendo quadros mais qualificados e que possibilitem equacionar de forma definitiva as vulnerabilidades que tanto nos impedem de ser a grande nação que podemos ser.
José de Anchieta Nobre de Almeida (Rio de Janeiro, RJ)
Impostos
Os bolcheviques se utilizavam da expropriação como meio de arrancar os bens e propriedades das pessoas. Já o PT faz isso através da cobrança abusiva de impostos (Dilma) e multas (Haddad), porque gasta mais do que arrecada em governos agigantados e ineficientes.
Frederico d'Avila (São Paulo, SP)
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Novamente esses incompetentes e malfeitores disfarçados de salvadores do povo querem jogar o ônus das suas tramoias na conta do povo brasileiro, dessa vez com a recriação da CPMF ("Presidente é pressionada a desistir de novo imposto", "Poder", 29/8).
Valmir Pereira de Carvalho (Rio de Janeiro, RJ)
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O aumento da carga tributária e combate à sonegação possibilitaram a compra de dólares para se pagar a dívida externa e criar as reservas cambias. A CPMF de 0,36% melhoraria a saúde, resolveria o ajuste fiscal, e sairíamos da crise. Seria um ótimo custo benefício.
Antônio Beethoven Cunha de Melo (São Paulo, SP)
Polícia
A "Disputa Incoveniente" tratada no editorial da Folha ("Opinião", 28/8) só será resolvida com a criação de polícia única e desmilitarizada. Há, neste momento uma enquete no site da Câmara: "Você concorda com a proposta que extingue as polícias Civil e Militar para criar, em cada Estado e no Distrito Federal, uma única polícia desmilitarizada?" Votando "sim", podemos reforçar o encaminhamento para essa solução.
Mariana Moreau (São Paulo, SP)
Universidade
Concordo com José Tadeu Jorge ("O começo do fim", Tendências/Debates, 28/8), que afirma que a defasagem salarial dos professores das universidades estaduais paulistas em relação às federais acarretará em perda da atratividade para os profissionais. Isso já vem ocorrendo há décadas nos institutos de pesquisa (Agronômico, Biológico, Butantan), cujos pesquisadores recebem salários muito mais baixos que os dos professores universitários. O resultado é um esvaziamento dessas instituições, algumas delas centenárias, que estão deixando de prestar serviços essenciais à sociedade.
Ricardo Harakava, pesquisador científico (São Paulo, SP)
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Concordo plenamente com José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp. Após 20 anos de governo do PSDB, o desmonte da ciência e tecnologia é evidente. O mesmo ocorre com os institutos de pesquisa. A escassez de recursos para investimento vem crescendo assustadoramente, colocando em risco esses institutos centenários, reconhecidos no meio científico nacional e internacional.
Maurilo Monteiro Terra (Campinas, SP)
Professores
Em relação à carta do leitor Felipe de Moura Lima (Painel do leitor, 28/8), a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo esclarece que a prova de Valorização pelo Mérito possibilita, além de um aumento salarial, um crescimento na carreira dos professores. Feito anualmente, o exame possibilita aumento de 10,5%, concedido aos profissionais aprovados, dentro dos critérios amplamente divulgados. Somente nesta edição, mais de 73 mil docentes da rede estadual farão a prova.
Valéria Nani, assessora de imprensa da Secretaria da Educação do Estado (São Paulo, SP)
Liberação das drogas
Se José Gregori lesse o brilhante artigo de Ruy Castro "Porque já não dão" ("Opinião", 26/8), muito teria a aprender sobre os problemas causados pela dependência química. Se ele, como muito bem lembrou Castro, tivesse escutado o que os profissionais da saúde pensam a respeito, a exemplo de médicos e psiquiatras, não teria feito o papel deprimente de levar uma cartinha ao ministro Gilmar Mendes para, como se fosse um lobista, pressionar o Supremo, conforme ele mesmo confessou (Dois caminhos para o Brasil", Tendências/Debates, 9/8).
José Ronaldo Curi, advogado (São Paulo, SP)
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