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Aborto

Em "Sobre a alma" (Opinião, 12/2), Hélio Schwartsman recorre ao artifício desonesto de trazer a fé, em especial a católica, para a discussão. O que faz na prática é discutir a alma, e não o aborto. A biologia reconhece que, na ocasião do parto, a vida já existe. Em algum instante, entre a concepção e a chegada à luz, o embrião se torna um ser vivo. O aborto autorizado implicará, necessariamente, indicar este momento.

Na concepção? Trinta dias após? Quarenta e um dias? Noventa e três? Cento e quinze dias, quatro horas e 12 minutos? Vamos fazer um plebiscito ou uma convenção de cientistas? A discussão real é outra. A sociedade deve decidir se acha correto matar por conveniência pessoal, estética, ética, cultural, econômica. E, por coerência, aplicar a mesma decisão a outras situações.

MARCO ANTONIO BANDEIRA (São Paulo, SP)

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Oportuna a coluna de Hélio Schwartsman "Sobre a alma" (Opinião, 12/2). Em nome de credos e religiões tenta-se justificar o absurdo que é a atual legislação que criminaliza o aborto no país. Como ficam milhares de mulheres que morrem vítimas de abortos provocados? Anualmente são praticados mais de um milhão de processos abortivos de forma clandestina. Entre a hipocrisia reacionária da junção alma-corpo, fico com a ciência biológica, pois temos que encarar o tema como ação de saúde pública e jamais como crime comum.

LUIZ ROBERTO PERES (Bauru, SP)

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Em relação ao artigo de Hélio Schwartsman (12/2), gostaria de defender posição contrária. Debater a existência da alma seria algo muito complicado aqui, mas, do mesmo modo que ele alega que não foi provada a sua existência, também poderíamos dizer que não foi provada a sua inexistência, então vamos deixar isto para o campo das hipóteses.

Na hipótese de existência da alma, não há absolutamente nada inconciliável com a biologia. No caso dos gêmeos monozigóticos, duas ou mais almas vêm ocupar cada um dos indivíduos.

Em relação a "quem fica com a original?", vê-se que ele não entende nada de biologia. Na divisão do óvulo que dá origem a duas novas células totipotenciais não existe uma original: elas são absolutamente iguais. Os gêmeos têm almas distintas, independentes, portanto não existe nenhum problema com o livre arbítrio ou a lei de ação e reação. Portanto, não existe nenhuma incongruência com a biologia, mas muita ignorância sobre a alma.

SERGIO MARRONE RIBEIRO (Botucatu, SP)

Grécia

A Grécia entrou na União Européia pela porta da frente, avalizada por países com cacife para garanti-la. Agora tais países devem resgatar a fatura e não socializar o prejuízo para o resto do mundo. Quanto aos gregos, que não querem arcar com o ônus de seus desmandos, devem voltar para onde nunca deveriam ter saído, e desta vez pela porta dos fundos.

JOÃO ISRAEL NEIVA (Belo Horizonte, MG)

Racismo

A manifestação antirracismo no shopping Higienópolis comete uma injustiça ao criar um constrangimento a seus frequentadores, acusando-os de racismo. Não frequento o shopping nem moro na cidade, mas não acredito que uma administradora de shopping centers tenha uma política racista. Ao contrário, quanto mais frequentadores, melhor para o shopping e seus lojistas.

No entanto, sempre que vejo manifestações antirracistas em São Paulo, noto uma preferência por Higienópolis e, quase sempre, algum tipo de alusão (por parte dos manifestantes) ao fato de o bairro ter uma concentração grande de judeus ricos, insinuando vir destes o suposto racismo. Isto não seria, portanto, uma manifestação de caráter racista? Ou altamente preconceituosa?

Se estes movimentos antirracistas fossem sérios, deveriam criticar a Secretaria de Segurança Pública, que não protege os cidadãos que realmente são vítimas de racismo, nem consegue criar uma generalizada sensação de segurança nos cidadãos.

GUSTAVO VON KRÜGER (Belo Horizonte, MG)

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Gostaria de comentar uma opinião publicada na reportagem "Grupo antirracismo faz protesto surpresa no Pátio Higienópolis (Cotidiano, 12/2): "'Achei ridículo. Afinal de contas, esse negócio de racismo onde é que está?' Questionada a respeito a declaração dos manifestantes sobre a pequena quantidade de negros dentro do estabelecimento, Ivani discordou enfaticamente: 'Você viu a quantidade de seguranças negros, de empregados?'"

Não sei sinceramente se esta senhora foi irônica ou se ela apenas cometeu um ato de pura ignorância, ao expressar sua "legítima" e democrática opinião.

DANIEL COELHO (São Gotardo, MG)

Chalita

Acredito realmente que não houve má-fé por parte do professor Gabriel Chalita, pois ele conhece muito bem as complicações que poderiam ocorrer com uma atitude assim (Poder, 12/2, pág. A12). No entanto, ao que parece, adequações de produções científicas do mesmo autor são muito comuns nesse nível de estudo, não havendo problemas, desde que o enfoque dado seja totalmente diferenciado.

MARTE FERREIRA DA SILVA (Atibaia, SP)

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O deputado Gabriel Chalita é reincidente na arte de copiar. Recentemente uma reportagem de uma grande revista levantou suspeitas sobre frases de autoajuda -algumas de autores famosos, outras nem tanto- postadas pelo parlamentar em suas redes sociais, algumas creditadas a si próprio. Agora, ele plagia sua própria dissertação de mestrado, conforme reportagem da Folha.

Não moro em São Paulo, mas, se aí residisse e votasse, pensaria duas vezes antes de eleger um parlamentar -agora ele quer ser candidato a prefeito- que possua tamanha crise de identidade.

FERNANDO VAILANT SÁ PRADO CARREIRO (Vitória, ES)

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