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Grécia

Ao ler a entrevista do economista Peter Bofinger ("Merkel é responsável pelo agravamento da crise", "Entrevista da 2ª", ontem), descobri, com alívio, uma voz de dignidade e solidariedade.

Levando em conta o papel da Grécia na cultura ocidental, seria decente que a Europa quantificasse o que já foi usurpado dos gregos em obras de arte: frisos inteiros do Partenon estão no Museu Britânico, a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia, no Louvre, e tantas outras preciosidades, na Alemanha. A Itália, então, bebeu muito daquela fonte!

O que a Europa inteira deve à Grécia será inferior a € 130 bilhões? O que é uma moeda ocasional se levarmos em conta a eternidade da filosofia grega.

Não é por acaso que Bofinger faz parte do Conselho Alemão de Especialistas em Economia -os quais são chamados de "Os Cinco Sábios". É a sabedoria que constata o papel humanizado da economia e que pode salvar o mundo ocidental da bancarrota.

BELKISS PANDIÁ GUIMARÃES (Belo Horizonte, MG)

Greve de policiais

Apesar das divergências -às vezes homéricas, outras cordiais- com Luiz Felipe Pondé, sou obrigado a admitir que, com o texto "A polícia indefesa" ("Ilustrada", ontem), ele marcou um golaço. Quando é que nós, que nos vangloriamos de ter lutado pela democracia no Brasil, também vamos lutar pela verdade?

Duas categorias são humilhadas pelo poder público no Brasil, seja em governos tucanos ou petistas: professores e policiais. O despreparo muitas vezes demonstrado em salas de aula ou nas ruas nasce principalmente dessa situação.

Para a construção de obras, sempre há verbas. Para salvar bancos ou emprestar a "países amigos", também. Por que para salários e treinamentos não há? Não se pode tratar o tema ideologicamente, mas com a clareza que o assunto merece. Com a clareza com que Pondé o tratou nesse texto memorável.

MARTIN CEZAR FEIJÓ (São Paulo, SP)

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De todas os textos que li sobre a greve de policiais na Bahia e no Rio, o artigo de Fernando Rodrigues foi o mais correto ("Quem confia na polícia?", "Opinião", 11/2). Se a nossa polícia ainda não alcançou a excelência da polícia americana, é porque os governos anteriores e o atual não investiram na qualidade e não valorizaram os integrantes dessa categoria. Penso que os policiais e os fiscais, por exemplo, que reivindicam melhores salários são justamente os que não querem viver de expedientes, como alguns dos nossos ministros e integrantes de ONGs.

JOÃO CHENE (Belém, PA)

Judiciário

Desejo contrapor a tese apresentada por Luiz Carlos Bresser-Pereira em "É suicídio desmoralizar o Judiciário" ("Mundo", ontem). É inaceitável que os membros do Poder Judiciário se comportem como se seus desejos e interesses imediatos tivessem maior prioridade que os requisitos necessários ao adequado desempenho de suas funções.

As construções que abrigam as atividades do Judiciário brasileiro tendem a ser suntuosas, o esforço e os recursos voltados ao eficiente e rápido desempenho de suas tarefas deixam a desejar, os salários tendem a ser injustificavelmente altos, há demasiada leniência no tratamento dos desvios de comportamento de componentes da mesma corporação, há muito nepotismo na seleção de servidores e há pouco esforço em colaborar com o Poder Legislativo para que as leis processuais cumpram suas finalidades.

FERNANDO MANCINI VILLELA ANDRADE (Três Lagoas, MG)

Aborto

Em relação ao texto de Hélio Schwartsman ("Sobre a alma", 12/2), questiono o seguinte: quais os fatores objetivos com os quais se avaliam as opções de abortar e de não abortar? Livre-arbítrio e dignidade da vida, por exemplo?

Tenham chegado ao homem por processo chamado de evolutivo ou não, perguntemo-nos: de onde procedem valores como esses? Como chegou à natureza, por exemplo, a racionalidade pela qual alguém pode julgar entre a biologia e a religião?

O senso de equilíbrio requer sempre uma referência externa. Insistindo em princípios externos de referência, somos movidos pelo valor da honestidade e confessamos que o que pretendemos ser também está viciado por dogmas -tanto os que corrompem a ciência como a religião- oriundos de nossos preconceitos e de nossa história pessoal.

Sua alma fica escancarada em seu texto e nas intenções subterrâneas dele, senhor Hélio Schwartsman.

JOSÉ VIEIRA ROCHA JÚNIOR (São Paulo, SP)

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Por quanto tempo ainda teremos de tolerar a discussão elitista sobre aborto, alma e biologia? Enquanto isso, mulheres morrem e crianças subnutridas iniciam todo um ciclo de vida à margem da sociedade. Fora o assistencialismo ineficaz, não tenho visto os religiosos fazerem nada de concreto por essas pessoas. Quanto às autoridades, o valor de apenas um salário mensal delas seria suficiente para dar condições mínimas de sobrevivência durante meses a uma dessas famílias.

FLÁVIO BARREIROS DA SILVA (Pouso Alegre, MG)

Whitney Houston

Quando surgiu, nos anos 1980, a cantora rivalizava em estilo com Madonna, a "material girl". Ela provava, assim, que uma voz sozinha poderia fazer sucesso -sem o apelo do marketing. Tinha um sorriso que trazia a mais pura felicidade e um comportamento recatado. Agora, com a sua morte, vence o marketing, o sorriso sensual ou raivoso, o interesse puro. Estamos mais infelizes. Somente o que é "irado" vence no mundo.

Adeus, sorriso da mais pura felicidade. Adeus, Whitney Houston.

MARCOS VALÉRIO ROCHA (Luziânia, GO)

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