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Painel do Leitor

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Cuba
A professora Janaina Conceição Paschoal foi brilhante em seu artigo "Cuba é uma grande Guantánamo" (Tendências/Debates, ontem). Realmente, a maior parte da nossa intelectualidade faz uso de um maniqueísmo hipócrita que a leva a condenar as ditaduras de direita enquanto aplaude as ditaduras de esquerda.
Já vi pessoas, ditas "intelectualizadas", defenderem ou se calarem sobre episódios trágicos, como os massacres de Katyn (na Polônia) e da praça da Paz Celestial (na China), as Jornadas de Maio durante a Guerra Civil Espanhola ou o genocídio conduzido por Pol Pot (no Camboja), sob o belo pretexto de que qualquer oposição a esses atos seria uma "aprovação da direita retrógrada".
Por isso, é bom encontrar pessoas como a professora Janaina, dispostas a confirmar por meio de seus artigos o famoso pensamento de Raymond Aron: "Os
intelectuais precisam de marxismo, assim como um adolescente de tabaco". Isto é, só assim se sentem como intelectuais.
Dimas da Cruz Oliveira (Conquista, MG)

É -para dizer o mínimo- leviana a afirmação da professora da USP de que a ilha governada pelos irmãos Castro é "uma grande Guantánamo".
Sem defender que o regime imposto na ilha seja uma democracia, porque não o é, não se pode jogar pela janela a experiência que erradicou o analfabetismo e forneceu um índice invejável no que diz respeito à saúde.
A minha "provocação" é a seguinte: quem tem seus direitos fundamentais mais desrespeitados, aquele que depende do transporte público, do SUS e das escolas públicas de nosso país ou aquele que é proibido de deixar Cuba?
É injustificável encarcerar opositores políticos, fuzilar pessoas ou deixar que morram em greve de fome por ter opiniões divergentes. Mas Guantánamo é muito mais que isso: é o encarceramento em jaulas, é a punição sem processo, é o ódio fundamentalista ocidental a pessoas que, em muitos casos, nem "crimes de opinião" cometeram, pois não é ilegal ser muçulmano.
Rodrigo Ricoy Dias (São Paulo, SP)

Aeroportos
Em relação ao texto "Concessão não é privatização", de Walter Pinheiro (Tendências/Debates, ontem), esclareço que, em 1989, o então senador Fernando Henrique Cardoso apresentou projeto de lei para regulamentar as concessões de serviços públicos. O projeto foi aprovado no Senado, mas permaneceu dormindo na Câmara até que, em 1992, fosse retomado na onda de modernização da nossa economia, que só não teve o apoio do PT e dos seus aliados cativos à esquerda.
A conduta retrógrada do PT, de resto, não se limitou às concessões de serviços públicos. O PT foi contra a Constituição de 1988, contra o Plano Real, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e até contra a eleição de Tancredo Neves. Natural, pois, que hoje privatize rodovias, aeroportos, portos e sofisme justificando a decisão como "concessão".
O Partido dos Trabalhadores não apoiou os projetos que, no início da década de 1990, iluminaram o ambiente econômico nacional, como a própria lei de concessões, a lei dos portos, o fim da reserva de informática e a lei da cabotagem, só para citar quatro das que relatei na Câmara dos Deputados.
A privatização envergonhada dos aeroportos brasileiros é muito bem-vinda, embora com grande atraso.
José Carlos Aleluia, vice-presidente do Democratas e presidente da Fundação Liberdade e Cidadania (Brasília, DF)

Trabalho e renda
Muito interessante o artigo "Trabalhar ou enriquecer", de Gustavo Cerbasi ("Mercado", 13/2). De fato, trabalhamos e nos esquecemos de investir em nós mesmos. Nosso precioso tempo dedicado à empresa deve ser muito bem planejado, pois, no final, quando formos nos aposentar, veremos quanto tempo de nossas vidas foi "pelo ralo". Se não tivermos a habilidade e o poder de reflexão para transformar o nosso salário em "fonte de renda", teremos muito a lamentar.
Maria Beatriz Bernardes (Belo Horizonte, MG)

Judiciário
O leitor Fernando Mancini Villela Andrade (Painel do Leitor, ontem), no afã de se "contrapor" à tese apresentada por Luiz Carlos Bresser-Pereira em "É suicídio desmoralizar o Judiciário ("Mundo", 13/2), juntou-se a uma legião de desafetos do Judiciário e lançou farpas a esmo, escamoteando a verdade.
Ele sofismou e, num exercício de premonição, vociferou que "as construções que abrigam as atividades do Judiciário brasileiro" tendem a ser suntuosas" e que "os salários tendem a ser injustificadamente altos".
Os desvios de comportamento de juízes estão sendo apurados e solucionados em conformidade com a Constituição e com a Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
Maria Olésia Leme (Santos, SP)

Real
O economista Jim O'Neill disse, sem meias palavras: "Quanto mais perdurar esse real sobrevalorizado, mais fraca ficará a indústria" ("Índice coloca o Brasil à frente de outros países do grupo Brics", "Mundo", ontem).
É um processo sem volta que poderá levar também a uma correção caótica da taxa de câmbio. Ele afirmou que nossa posição de sexta maior economia do mundo não deverá ser sustentada, já que o real, provavelmente, deverá se desvalorizar. Será que os ufanistas falarão que é uma opinião? Ou devemos levar em consideração tal alerta?
José Osvaldo Gonçalves Andrade (Belo Horizonte, MG)

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