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Fabio Seixas

Quanta alegria

RIO DE JANEIRO - Três fotografias, publicadas no site da CBF, resumem o que é a gestão do principal esporte do país -naquele que é o país mais vencedor do esporte.

Estão atreladas a um pequeno texto, anódino, sobre a assembleia extraordinária que manteve Ricardo Teixeira no cargo. Um atalho está aqui: www.bit.ly/cbfut.

São 36 figuras, entre cartolas e asseclas. Sorridentes.

Ou sendo mais preciso, após as informações que surgiram nos dias seguintes ao encontro, refestelados.

Haviam acabado de receber seus mimos em troca do apoio unânime ao presidente. Aumento de 66% no valor da mesada para as federações, bônus de R$ 100 mil e a promessa de rodízio na presidência, caso Teixeira surja com uma licença médica.

Isso para ficar nos agrados que se tornaram públicos.

E se a pizza não surpreendeu, ganha sabor putrefato quando se conhece os temperos da véspera.

Um dos mais animados das fotos, um senhor de barba branca, é Delfim Peixoto, presidente da federação catarinense. Na noite anterior, numa churrascaria da Barra, ele já articulava a sucessão de Teixeira. E era seguido por vários colegas.

Apertando a mão do presidente está Rubens Lopes, do Rio, que liderava a ala dos insatisfeitos contra... o estatuto. Entre picanhas e cupins, ao lado dos representantes gaúcho e baiano, clamava contra a regra que determina que o vice-presidente mais velho assuma: José Maria Marin, 79, paulista.

Nas tais fotos, há até quem esteja gargalhando. Apesar das evidências de irregularidades e suspeitas de crimes, tudo ficou igual.

Em troca de uma cocada e uma maria-mole, nada mudará na gestão de um esporte que movimenta cerca de R$ 11 bilhões no país por ano, com viés?? de alta -há, ainda, uma Copa no horizonte.

É pensar muito pequeno.

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