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Artes marciais
Não sou grande fã de MMA (artes marciais mistas, em inglês), que acho um esporte extremamente violento. Por outro lado, sou ainda menos fã da censura, que considero uma violência muitíssimo pior.
O projeto do deputado José Mentor, que ontem assinou artigo em Tendências/Debates ("Proibir o MMA na televisão"), trata-nos como néscios, que precisam de orientação iluminada para não ver cenas violentas na televisão. Se o projeto passar pelos parlamentares, o que será proibido depois? Lutas de boxe? Notícias sobre crimes violentos?
O vício da censura não conhece limites e sempre produz efeito contrário ao que se desejava alcançar.
Aldo Felicio Naletto Junior (São Paulo, SP)

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Brilhante e irrefutável o texto do deputado José Mentor sobre os deploráveis espetáculos de MMA na Televisão. Mas eles dão audiência, não é mesmo? Ora, a violência de homens sendo despedaçados no Coliseu, em Roma, de hereges sendo incendiados pela Inquisição e de judeus capturados na Segunda Guerra também já contou, em cada época, com forte apoio das pessoas. É de estranhar o silêncio covarde (ou bem pago?) de políticos ligados à área de esportes, cuja beleza maior é justamente significar uma alegre batalha simbólica, uma catarse intensa, mas regrada e pacificadora do nosso lado agressivo.
Bem ao contrário do que se passa nas carnificinas do MMA.
Carlos Gilberto Machado Moraes (São Paulo, SP)

Parque de diversões
Na última semana, deparamo-nos com uma notícia extremamente triste. Uma menina de 14 anos foi a um parque de diversões na região de Campinas para brincar, mas acabou sendo protagonista de um trágico acidente, cujas causas deverão ser apuradas pelos órgãos competentes. Mas as coisas que mais chamaram a atenção foram algumas atitudes após o acidente.
O parque de diversões, mesmo sabendo da tragédia que ceifou a vida daquela jovem, funcionou ainda por duas horas no dia do acidente e abriu as suas portas no dia seguinte, como se nada tivesse acontecido.
No afã de atender a seus outros clientes, em nenhum momento a direção do parque passou a ideia de pesar e de solidariedade em função da morte daquela menina. Isso é tratar os seres humanos como mercadoria.
Gerson Leite de Moraes, professor de ética da Universidade Presbiteriana Mackenzie (Campinas, SP)

TV
Pela segunda vez em três semanas, a colunista Vanessa Barbara escreve sobre o "Jornal Hoje" ("Bebê panda vs. frente fria", "Ilustrada", ontem, e "Bipolaridades e gracinhas", "Ilustrada", 13/2).
Ela se irrita com reportagens sobre saúde, alimentos, comportamento, temas que estão na Folha e nos demais jornais (em qualquer plataforma): do urso panda às frentes frias. Mas, em todos, também há política, economia, mundo, cidades etc.
Conclusão minha: Vanessa não vê TV nem lê jornal. Ela ataca Sandra Annenberg e Evaristo Costa, dois dos mais talentosos profissionais de TV, por mostrarem face descontraída nas notícias leves e rosto sério nas trágicas, ignorando que assim agem os âncoras de bom-senso na TV mundial.
Encontrei as credenciais de Vanessa no site "A Hortaliça", que ela edita. Nele, informa com franqueza que também "escreve para a revista 'Piauí', onde costuma publicar reportagens sobre hipnose, telemarketing, astrologia, ioiô e anões". Para mim, ficou tudo explicado.
Ali Kamel, diretor da Central Globo de Jornalismo (Rio de Janeiro, RJ)

Saúde
Ao criticar a terceirização e a comercialização da saúde pública no Brasil, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, não se referia especificamente às Organizações Sociais (OSs) que atuam na cidade de São Paulo, mas à situação do atendimento à saúde no Brasil, de maneira geral ("Terceirização submete saúde pública ao mercado", "Entrevista da 2ª", ontem).
A incapacidade do SUS de atender às demandas da população obriga os cidadãos a recorrer a planos privados. Esses planos, porém, por serem geralmente caros, estão fora do alcance dos pobres, que acabam privados dos benefícios essenciais à sua saúde. Mas são bem-vindas as parcerias do Estado com OSs idôneas para que haja um atendimento melhor à saúde da população.
Rafael Alberto, secretário de comunicação da Arquidiocese de São Paulo (São Paulo, SP)

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