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Crucifixo
Não surpreende que Hélio Schwartsman aplauda a decisão da Justiça do Rio Grande do Sul, que mandou retirar os crucifixos de suas dependências ("Cristo despejado", "Opinião", ontem). Na semana passada, o mesmo colunista defendeu a tese de que a dignidade humana é um conceito subjetivo ("Fora com a dignidade", "Opinião", 6/3).
Ora, podemos ignorar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, então? E as atrocidades cometidas contra povos e pes-
soas? É tudo subjetivo? Certamente, boa parte da violência cometida é justificável sob a perspectiva de quem a comete (os déspotas de todos os tempos que o digam).
Não, senhor Hélio. A dignidade humana não é subjetiva nem depende de interpretações individuais. Pelo contrário, a dignidade humana é concreta e apela à nossa civilidade. Defendê-la não é questão religiosa, mas cidadã!
Sobre a retirada dos crucifixos, cuidado! Corremos o sério risco de tornar a laicidade do Estado uma verdadeira religião
oficial, que persegue quem professa fé diferente. Além do mais, como disse um respeitado magistrado paulista certa vez: que a
presença dos crucifixos nos tribunais recorde aos juízes a maior injustiça que pode ser cometida, a morte de um inocente!
Rafael Alberto, secretário de comunicação da Arquidiocese de São Paulo (São Paulo, SP)

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Sou católica praticante, expresso e vivo minha fé em Deus, porém concordo com a retirada dos crucifixos das repartições públicas. Não só de salas do Judiciário, mas de todos os Poderes e esferas.
O crucifixo é um símbolo que remete ao tempo em que o Estado era "guardado" pela Igreja Católica. Hoje, somos regidos por uma Constituição que, em seu artigo 19º, assegura o direito à liberdade religiosa, proíbe o estabelecimento de igrejas estatais e de qualquer relação de "dependência ou aliança" de autoridades com os líderes religiosos, com exceção de "colaboração de interesse público, definida por lei".
Portanto, com a liberdade e o aumento de religiões que não têm no crucifixo sua identidade de fé, é oportuno rever essa "mania".
Cildete Saroba Vieira dos Santos (Tatuí, SP)

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Não se pode confundir laicismo com hostilidade contra as crenças majoritárias. Desde que não haja os exageros do passado, não há nada de mal na existência, em locais públicos, de objetos que, acima de serem confessionais, têm relevo cultural e histórico. É descabido também aludir-se a um passado de ódio e intolerância, quando hoje se luta pelo ecumenismo e por maior compreensão entre crentes, ateus e agnósticos.
Luiz Felipe da Silva Haddad (Niterói, RJ)

Arrependimentos
Danuza Leão sabe, como ninguém, revelar de forma simples e graciosa a alma feminina. Que mulher já não se pegou fazendo exatamente aqueles questionamentos ("Os arrependimentos", "Cotidiano", ontem)? Imagino que, de Maria da Penha a Dilma Rousseff, passando por Angela Merkel e (por que não?) por Carla Bruni, muitas já tenham feito essas perguntas a si próprias-talvez apenas com diferentes conclusões.
Marina Faraco Siqueira e Silva (São Paulo, SP)

TV Folha
Parabéns à Folha pela estreia do "TV Folha". O bom jornalismo crítico e os excelentes infográficos do jornal foram transportados à televisão sem enfeites. Destaco ainda o estúdio despojado e a edição diferenciada, tudo distante da mesmice que se vê no dia a dia da TV brasileira. E foi ótimo ver o rosto de tantos jornalistas conhecidos dos leitores. Era tudo o que faltava na televisão num domingo à noite, e ainda contou com o furo do advogado do goleiro Bruno.
Nina Drake (São Paulo, SP)

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Adoraria ver a Barbara Gancia fazendo no "Jornal Hoje" o que ela fez na "TV Folha" e saber o que a Vanessa Barbara acharia.
Leonilson Suppi (Florianópolis, SC)

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Finalmente temos 30 minutos de qualidade na programação de TV, no horário nobre de domingo. Parabéns, "TV Folha".
Edgar R. Fabbrini (São Paulo, SP)

Foro privilegiado
O ministro do STF Gilmar Mendes deveria, mas não explicou o motivo da existência do foro privilegiado ("A maldição do foro", Tendências/Debates, ontem). O que sabemos é que autoridades que têm direito ao foro privilegiado raramente são condenadas ou cumprem pena.
Paulo Ary Dias Ribeiro (Santos, SP)

Pinheirinho
Reveladora a reportagem "O senhor do Pinheirinho" ("Ilustríssima", ontem) ao mostrar a afirmação da juíza Márcia Faria Mathey Loureiro de que só 25% das famílias moravam por necessidade no Pinheirinho e o fato de ela desconhecer que o libanês Naji Nahas era o dono do terreno.
Sabemos que 25% de 9.000 moradores são 2.250. Essas pessoas foram jogadas no olho da rua pela juíza em favor de um indivíduo que ela não sabia quem era e que já esteve foragido da Justiça.
José Reinaldo Baldim (Dourado, SP)

Aborto
Parabéns à comissão que discute um novo Código Penal. É bom ter mente que agora será criada uma indústria de abortos, que poderá atuar devido aos atestados falsos fornecidos por profissionais inescrupulosos ("Grupo aprova liberação de aborto com aval de psicólogo", "Cotidiano", 10/3). A vida humana em gestação deve ser preservada.
Luiz Savério Plastino (Ribeirão Preto, SP)

Banco Central
A missão do Banco Central, segundo seu estatuto, é "assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente". No que tange à ação de reduzir os juros básicos, a autoridade monetária, a meu ver, está descumprindo parte do que promete, uma vez que está sendo negligente com o controle inflacionário atrelado à meta de 4,5% ao ano.
A inflação de serviços, por exemplo, encontra-se em patamar elevado e as commodities ensaiam recuperação no mercado externo, com projeções um pouco melhores mundo afora, sobretudo nos EUA. E tudo indica que, por ora, o BC continuará a cortar juros. Depois, porém, veremos ação inversa na taxa Selic, isso é, o governo terá que desaquecer a economia, pois a inflação estará nas alturas.
Roger Costa Gouveia (São Paulo, SP)

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