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Josué Gomes da Silva

12 meses

Em março de 2011, o tsunami no Japão abalou o mundo, e o cinema perdeu Elizabeth Taylor. Nos EUA, realizava-se o primeiro transplante de rosto da história da medicina, enquanto o presidente Obama mostrava sua face ao nosso povo, na primeira visita ao Brasil. De "cara para o gol", Rogério Ceni, do São Paulo, marcou o seu centésimo, tornando-se o maior goleiro artilheiro de todos os tempos.

Em abril, a agência Fitch elevou a nota do Brasil. Na Europa, a crise não impediu a pompa do casamento do príncipe William e de Kate Middleton, em Londres.

Em maio, Osama bin Laden foi morto por forças norte-americanas no Paquistão, enquanto a sonda Gravity Probe B confirmava a teoria da relatividade, de Albert Einstein. No Brasil, o STF reconheceu a união homossexual estável.

O papa Bento 16 aderiu ao Twitter em junho, enquanto, em nosso país, hackers usavam a internet para atacar sites do governo. O Santos ganhou o tricampeonato da Libertadores da América.

Em julho, a ONU anunciou que 67 milhões de crianças não têm acesso a educação. Em Londres, morria a cantora britânica Amy Winehouse.

Agosto escancarou a ousadia do crime: em Niterói, grupo de extermínio executou a juíza Patrícia Acioli, de São Gonçalo. Os EUA foram rebaixados pelas agências de classificação de risco, mas nossa Bolsa de Valores teve a maior alta desde 2009.

Os dez anos dos atentados contra as torres gêmeas, em Nova York, foram lembrados com tristeza em 11 de setembro. No Brasil, o governo aumentava o IPI de carros importados. Na Primavera Árabe, o ditador Gaddafi foi morto na Líbia. Na primavera da América do Sul, Cristina Kirchner foi reeleita presidente da República Argentina e os brasileiros comemoraram o recorde de medalhas na natação, no Pan de Guadalajara. Morria o gênio Steve Jobs, mas a vida pulsava no anúncio de que o número de habitantes da Terra chegava a sete bilhões.

Novembro começou com a decisão do Banco Central Europeu de reduzir os juros diante do agravamento da crise no velho continente. O ano velho terminou com o Corinthians campeão brasileiro e o triste adeus do seu ídolo Sócrates.

Em janeiro último, o governo Dilma fez seu primeiro aniversário. Entre catástrofes da natureza, como as enchentes no Norte do Brasil, e avanços da humanidade, como a descoberta de droga contra o câncer de útero, o planeta segue o curso inexorável do tempo.

Nos últimos 12 meses, pensei muito sobre isso. Tudo passa! Ficam os ensinamentos, a memória, o exemplo e a saudade dos que nos deixaram, como o vice-presidente José Alencar, meu pai, que se despediu em 29 de março de 2011. Tudo que sei aprendi com ele, exceto os erros que cometi.

JOSUÉ GOMES DA SILVA escreve aos domingos nesta coluna.

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