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Painel do Leitor

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Millôr
O Brasil perdeu, em curto espaço de tempo, dois mestres do humor, ambos homens multimídia, artistas completos. Primeiro foi Chico Anysio; agora, Millôr Fernandes -escritor, tradutor, dramaturgo, artista plástico, cartunista e, acima de tudo, frasista memorável. Daqui a várias gerações, estaremos falando de Millôr pela genialidade e atualidade de sua obra. Um anarquista, na melhor expressão da palavra e do traço. A vida desses longevos artistas prova que o humor faz
bem à saúde.
Luiz Thadeu Nunes e Silva (São Luís, MA)

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A morte anda de mau humor. Numa só tacada, roubou-nos os dois maiores humoristas brasileiros vivos. Quem sofre com isso é a inteligência nacional. Millôr Fernandes, ágil e criativo na redação, tradutor de Shakespeare, não se sabe como não entrou para a Academia Brasileira de Letras. Millôr foi um intelectual brilhante. Chico Anysio não era intelectual, mas era inteligente, alerta, ligado, sobretudo com a maneira de ser do brasileiro.
Gilberto de Mello Kujawski (São Paulo, SP)

Segurança
Em relação à reportagem "323 roubos de veículos 'somem' de estatísticas" ("Cotidiano", 27/3), a Secretaria da Segurança Pública do Estado esclarece que o boletim de ocorrência é a primeira notícia de um crime. O inquérito policial apura a autoria e reúne provas para a punição na Justiça. A estatística criminal é elaborada com base nessa investigação, e não no boletim de ocorrência, que é o começo da apuração policial.
É por isso que a recente morte de uma aposentada no bairro de Perdizes, em São Paulo, registrada como latrocínio, foi contabilizada como homicídio tão logo a polícia descobriu que o próprio filho era o autor do crime. Contabilizar a realidade dos crimes -e não o registro inicial- é o que determina a resolução SSP 160, ignorada pela reportagem.
Mesmo tendo recebido nota da SSP com essa singela explicação, a reportagem optou por escondê-la do leitor e não apresenta um caso concreto que mereça correção.
BO é prévia, estatística criminal é conclusão. Sem omissão de nenhum crime informado e revisado pela Polícia Civil.
Enio Lucciola, assessor de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (São Paulo, SP)

Vinho
Parabéns à Folha pela posição lúcida e crítica sobre o vinho nacional ("Vinho de verdade", "Opinião", ontem). O que menos se vê é um projeto de valorização do produto e do produtor. Não existe um plano de longo alcance que torne a uva e seus derivados uma marca nacional e internacional. Os vinhos nacionais têm algumas marcas competitivas e de alta qualidade. A imagem do vinho "chique", ligada às importações e promovida por chefs, não pode desmerecer nosso produto. É injusto menosprezar a qualidade de nossos vinhos.
Luiz Antônio Alves (Caxias do Sul, RS)

Futebol
A notícia veiculada a meu respeito no Painel FC do último domingo é mentirosa do início ao fim ("Bola da vez", 25/3). Como não fui procurado pelos jornalistas que me atribuem coisas que não fiz e palavras que não disse, quero esclarecer aos leitores que jamais disse a ninguém que o São Paulo tinha interesse na contratação de Marcos Assunção, do Palmeiras. Nunca disse uma palavra sobre esse atleta.
Também não estava na sauna do clube Pinheiros, onde, segundo a Folha, teria sido ouvida a frase. Informo que não frequento a sauna do clube Pinheiros há vários anos. Por leniência profissional ou má-fé de alguém, a Folha fez péssimo jornalismo -ou deixou de fazer jornalismo.
Como é possível que alguém plante ficções envolvendo a imagem e a honra de terceiros com tanta facilidade nas páginas deste jornal? Infelizmente, essa não foi a primeira vez que vi histórias fantasiosas e menções maledicentes a meu respeito na Folha, jornal que, no entanto, sempre prezei e do qual sou assinante há décadas. Leviandades desse tipo conduzem ao descrédito, que acaba contaminando o veículo. É uma pena.
Carlos Augusto de Barros e Silva, vice-presidente do São Paulo Futebol Clube (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO REPÓRTER BERNARDO ITRI - O Painel FC sustenta as informações. Carlos Augusto de Barros e Silva estava na última sexta-feira na área da sauna do clube Pinheiros, sentado a uma mesa com outras pessoas, quando fez o comentário publicado.

Judiciário
O presidente da Anamatra, Renato Henry Sant'Anna, a presidente da Amatra-SP, Sônia Lacerda, e o promotor de Justiça Jorge Alberto de Oliveira Marum (Painel do Leitor, ontem), ao argumentarem sobre a ausência de juízes no Fórum Trabalhista de São Paulo às sextas-feiras, fogem da questão principal: o magistrado deve estar acessível para o exercício de sua função.
Estar o magistrado em lugar desconhecido (e, portanto, inacessível), mesmo que supostamente trabalhando, ofende o princípio constitucional da publicidade da administração pública. É a inacessibilidade, caros colegas, o condenável.
Eron Pereira (São Bernardo do Campo, SP)

Escritores
Embora o artigo "A literatura exigente" ("Ilustríssima", 25/3), de Leyla Perrone-Moisés, seja interessante e mereça ser lido, não creio que a simples oposição "literaturas de entretenimento e de proposta" ajude a compreender as questões relacionadas à nossa intrincada paisagem literária. A vida acontece justamente entre o céu e o inferno e, convenhamos, determiná-los anda cada vez mais difícil.
Diante do que conclui a autora do artigo, lembrei-me das "frases feitas" propostas por John Searle: aquelas que nos fazem abandonar os problemas antes de resolvê-los.
Ricardo Azevedo, escritor (São Paulo, SP)

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