Índice geral Opinião
Opinião
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Painel do Leitor

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online

STJ
A mensagem do STJ (Superior Tribunal de Justiça) ao povo brasileiro é clara, como poucas vezes antes conseguiu ser:
1) Beber, dirigir e matar pode. Basta não soprar no bafômetro e proibir que se colha o sangue para fins de prova.
2) Manter relações sexuais com crianças e adolescentes menores de 14 anos pode, à vontade. Basta que eles não sejam mais crianças ou adolescentes honestos, no sentido do revogado artigo 219 do nosso Código Penal (raptar mulher honesta, mediante violência, grave ameaça ou fraude, para fim libidinoso).
Conclusão: o STJ prestou um grande serviço à nação protegendo motoristas bêbados e irresponsáveis. Protegeu também os homens que gostam de fazer sexo com crianças e adolescentes e que têm dinheiro para pagar bons advogados para fazer seu processo chegar a essa importante corte.
Claudio Ribeiro Huguet (Brasília, DF)

-

A Constituição deixa claro que ninguém é obrigado a produzir prova contra si, sendo esta uma das cláusulas pétreas, ou seja, uma das que não podem ser alteradas nem mesmo por emenda constitucional. Por causa disso, a chamada lei seca sempre foi inócua no que se refere à utilização do bafômetro ou de outras provas (sangue, testemunhas, exame clínico).
O poder público, porém, ainda tem como deixar a lei em vigor sem que se ofenda a Constituição: basta aumentar a multa para, no mínimo, R$ 10 mil.
Assim, ao deixar de assoprar no aparelho, o motorista infrator pensaria um pouco mais antes de resolver beber e dirigir.
Alexandre Aleixo Pereira (São Paulo, SP)

Luto no humor
Millôr, fantástico na revista "O Cruzeiro", no "Pasquim" e na "Veja", fez parte da minha infância, da minha juventude e da minha maioridade. É uma perda inquestionável.
Ronaldo Parisi (São Paulo, SP)

Educação
Parabéns ao pai que fez o filho desculpar-se com a professora por meio de retratação pública após tê-la ofendido em rede social, ameaçando atear-lhe fogo ("Aluno põe no jornal pedido de desculpas à professora", "Cotidiano", ontem).
Trata-se de ótimo exemplo para os pais superprotetores, que têm criado monstrinhos incontroláveis cujo principal método para a resolução de problemas e conflitos acaba sendo a violência. Esse pai deu uma verdadeira lição de vida ao filho ao fazer com que ele assumisse a responsabilidade por seu ato. Ganharam todos: o jovem, a família, a escola e a sociedade.
Valéria Prochmann (Curitiba, PR)

Congresso
Parece que o senador Demóstenes Torres está sendo levado na "cachoeira" da imoralidade, revelando que o até então reservatório da ética não passava de cascata. É para lamentar que o congressista, em contato com um bicheiro, fez fluir para si um fogão bem legal. Mas na geladeira está o povo, com um Congresso que também está bichado com frequentes denúncias de afluentes negociatas que correm para rios de dinheiro público. Estes, sem nenhum dique, são desviados por diversos canais, enquanto projetos se atolam no pântano da fisiologia ou se congelam no freezer da morosidade.
Diniz Neves de Lima (Taubaté, SP)

Democracia
A seção Tendências/Debates de ontem trouxe dois textos antagônicos que analisaram a democracia brasileira. O primeiro, de Marco Antonio Villa ("Fracassamos"), é realista no sentido de que, ao lê-lo, identificamos elementos históricos e cotidianos com muita facilidade.
Já o segundo, de Candido Mendes ("Otimismo com o país de Dilma"), pareceu-me mais uma exegese do que uma análise da atualidade, ou seja, uma explicação ou interpretação de um sonho, conforme o "Aurélio".
Há vários trechos que indicam isso, como: "Somos o país das maiores minorias sírio-libanesas da atualidade, a convocarmos para um novo alinhamento prospectivo, nesta região crítica do mundo do novo século". Sonhos são realmente confusos!
Luis Eduardo Aranha Camargo (Piracicaba, SP)

Torcidas organizadas
Mais uma vez, Juca Kfouri marca um golaço ("Cúmplices do terror", "Esporte", ontem). Realmente, nossas autoridades estão de joelhos diante da bandidagem que controla as torcidas organizadas. O que esperar do presidente da CBF, que afanou uma medalha? Que tal nos próximos quatro jogos entre Corinthians e Palmeiras só entrarem no estádio mulheres e crianças de até 14 anos.
João Signorelli (São Paulo, SP)

-

Eu sou a favor da existência das organizadas. Com elas, o Estado de São Paulo tem o cadastro dos integrantes, o que é, a princípio, uma ferramenta de controle e acompanhamento. É necessário compartilhar esse cadastro com a área de inteligência da Polícia Civil para que esta atue na busca e na prisão dos criminosos.
Tendo cadastro, há controle. As organizadas são saudáveis ao futebol. Alguns integrantes é que não são. Acabar com as torcidas organizadas, mudar os jogos para cidades distantes ou adotar torcida única não são soluções, pois os criminosos se encontrarão nas ruas para brigar.
Ricardo Vitale (São Paulo, SP)

www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.