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Política
Após ler a entrevista do governador de Goiás, Marconi Perillo ("Governador diz que recebeu empresário a pedido de senador", "Poder", ontem), tive a sensação de ter lido o livro "O Pequeno Príncipe". O governador foi de extrema doçura ao responder que havia se encontrado com Carlinhos Cachoeira e que este afirmou que estava "trabalhando na legalidade". Com carinha de menino ingênuo, Perillo afirmou:
"Na boa-fé, eu acreditei."
Márcio Felix de Freitas (São Paulo, SP)

Probidade
No texto "Homens probos" ("Opinião", 4/4), Hélio Schwartsman mais uma vez nos brinda com a sua erudição, buscando, desta feita, na psicologia, os argumentos que sugerem que a propensão à corrupção evidenciada em Demóstenes Torres seria uma lamentável, porém real característica humana.
Ele próprio dá uma demonstração empírica disso logo no início de seu texto, quando descreve esse congressista -comparando-o a Catão- como "um senador com ideias conservadoras, mas patologicamente íntegro e incorruptível". Freud explicaria esse "patologicamente" como manifestação do inconsciente do articulista, na forma de ato falho, evidenciando que ele acredita na máxima de que "todos têm seu preço -e quem não tiver é um doente".
Jonas Nunes dos Santos (Juiz de Fora, MG)

Voto
Parabenizo Clóvis Rossi pelo artigo "O eleitor vota, a banca governa" ("Mundo", ontem). Agora, o governo é "da banca, para a banca e pela banca", afirmou Rossi, citando o primeiro-ministro espanhol.
O artigo é uma advertência a todos os países, inclusive o Brasil, pois o pagamento de juros toma boa parte de nosso Orçamento. E governar para saciar o mercado financeiro dá no que dá: aumento de suicídios na Grécia e a morte dramática, em praça pública, de um aposentado, que disse ser esse um fim digno diante da situação de crise do país.
Vilma Amaro (Ribeirão Pires, SP)

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Afinal, votamos para quê, se os governos, mesmo com a economia arrasada pelos especuladores, tendem a pedir licença ou ajoelhar-se para a "banca divinal"? Importa o suicídio de um aposentado grego, que se indignou com os cortes mesquinhos em sua aposentadoria, igualmente mesquinha? E quando votamos e, com suor, pagamos nossos impostos, o fazemos para beneficiar uma cachoeira (desculpem o trocadilho) de interesses particulares? O que somos nós, afinal, nessa ditadura de interesses privados?
Ângela Luiza S. Bonacci (São Paulo, SP)

Pesca
Em relação ao editorial "Pescaria fisiológica" ("Opinião", 4/4), discordo da afirmação de que o Ministério da Pesca seja um desperdício de dinheiro público. A pasta contribui para a manutenção de nosso mar territorial e para a preservação de espécies de peixes. Revoltante é verificar que esse e outros ministérios servem como moeda de troca de favores e de apoio político.
Marcelo Lanzara (Bertioga, SP)

Lanchas e caças
Talvez a resposta sobre o fim do processo de escolha para a compra dos 36 caças esteja no artigo "Fábrica de dinheiro" ("Opinião", ontem), de Rogério Gentile. Basta as empresas selecionadas consultarem o dono do estaleiro que vendeu as 28 embarcações para o Ministério da Pesca para saber como ganhar uma concorrência no Brasil. Espero que a Saab, a Boeing e a Dassalt não sejam partidárias desse ou daquele partido como o empresário do estaleiro, que aceitou pedido do PT para fazer doação na eleição de 2010.
Cláudio Maria Camuzzo Júnior (Campinas, SP)

Educação
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo lamenta não ter sido questionada pela Folha sobre as críticas à eficiência pedagógica do projeto Aula Interativa, destacadas na Primeira Página ontem. Além de não ter "ouvido o outro lado" sobre esse tópico, o jornal distorceu, em chamada de capa, declarações de especialistas registradas por sua própria reportagem "Para educadores, tecnologia deve ser usada com cautela" ("Cotidiano", ontem), e que não autorizam afirmar que "Estudos dizem que o uso da tecnologia não melhora o desempenho".
Na verdade, o projeto foi concebido à luz de estudos que apontam a ineficácia do simples uso de hardware no ensino.
Por isso nossa estratégia é centrada no professor, com formação continuada e desenvolvimento de conteúdos.
O jornal também se omitiu de nos ouvir sobre a afirmação descabida de que essa iniciativa seria uma "privatização". Não há como privatizar uma atividade que o poder público nem sequer exerce, mas que será normatizada, contratada e controlada de forma transparente, já antes da licitação, a partir de chamada pública para estudos de modelagem de propostas.
Maurício Tuffani, assessor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Sacolinhas
Sem dúvida, o fim do fornecimento das sacolinhas plásticas é o maior golpe picareta-ecológico contra o consumidor paulista. O ambiente não ganha nada, uma vez que quase todas as sacolinhas viravam sacos de lixo -apenas a cor dos sacos é que mudará. Para piorar, os supermercados não oferecem nada para o transporte das compras além daquelas infectas caixas de papelão -isso quando as têm. O consumidor que se vire.
Aldo Felicio Naletto Junior (São Paulo, SP)

Pondé
Não discutirei se o texto de Luiz Felipe Pondé é bom, ruim ou asqueroso, entre outros adjetivos que li no Painel do Leitor. Quero apenas lembrar que todos temos e devemos exercer nossa liberdade de expressão, inclusive ele. Não perco meu tempo lendo textos de alguns jornalistas e articulistas, mas jamais pediria a qualquer jornal que parasse de publicá-los.
Aos que pediram isso a Folha, só me resta lembrá-los de que, nos tempos da ditadura, muitos artigos chegaram a ser substituídos por poesias e receitas de bolo. Quem pede censura talvez esteja saudoso desses tempos.

Francisco Xavier Fernandez (São Paulo, SP)

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