Painel do Leitor

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Bancos
Depois de ler o texto "Crédito a 2% ao mês? Não vai dar certo", de Roberto Luis Troster ("Tendências/Debates", 6/4), fiquei com tanta pena da "banca" que quase corri ao banco privado mais próximo implorando por um empréstimo a 20% de juros ao mês, para ajudá-los na sua magnífica luta em prol da "justíssima" remuneração. Só não o fiz porque minha sábia esposa me amarrou na cadeira! E quase escrevo ao sr. Clovis Rossi para lhe dar um "puxão de orelha" pelo texto "O eleitor vota, a banca governa" (5/4). Será que o sr. Rossi não tem dó dos pobres banqueiros? É de partir o coração.
Marcos M. Manocchi (Santo André, SP)

Sacolinhas
Nessa história das sacolinhas, em que só os supermercados ganharão, até agora não apareceu nem sequer um político para defender nossos direitos. Todos os políticos do nosso Estado, começando pelo vereador de minha cidade até o governador, não mais terão o meu voto e o de meus familiares, amigos e demais pessoas que eu possa convencer sobre essa patifaria, que conta inclusive com a conivência de Geraldo Alckmin, um dos quais em que desperdicei meu voto, como se o tivesse jogado numa latrina. Tem nada não, as eleições estão aí...
Laércio Zannini (Garça, SP)

Espanha
Uma amiga minha, descendente de espanhóis, foi a trabalho para a Espanha e quase não conseguiu entrar no país, pois foi muito humilhada no aeroporto: revistas, desconfiança e todo aquele tratamento preconceituoso que se dá a negros, índios e outros discriminados latino-americanos. O que causa espanto é ver a indignação dos espanhóis com as exigências que o Brasil está aplicando aos que vêm de lá: nosso país está cheio de espanhóis que vieram para cá fugindo de Franco e outros males e, pelo que me consta, foram todos recebidos de braços abertos.
Humberto Mendes (São Paulo, SP)

A decisão do governo de barrar a entrada de espanhóis no Brasil é um tiro no pé. É uma retaliação idiota de um pseudo novo rico. Os responsáveis pela criação dessa dificuldade aos espanhóis se esqueceram de que em breve o Brasil estará realizando a Copa e as Olimpíadas, e que medidas como essas só afugentam turistas e empreendedores que pretendem visitar o país. Um pouco de inteligência faria bem ao governo antes de adotar medidas revanchistas contra nações amigas.
Henrique Catharino Ribeiro Mendonça (São Paulo, SP)

Escola e religião
Como católico praticante, mas também cidadão e profissional do direito, repudio por completo atitudes de professores ou diretores de escolas públicas que coagem alunos a orações ou os intimidam por descrença em Deus.
O Estado brasileiro é laico, e a liberdade religiosa é garantia preciosa da cidadania. Tanto esse radicalismo quanto o oposto, de querer eliminar valores éticos e culturais de origem cristã, merecem severa crítica.
Nesse e em outros temas a Constituição é o parâmetro. Respeitemo-la sem desvios.
Luiz Felipe da Silva Haddad (Niterói, RJ)

Bicicletas
Em uma cidade com o trânsito maluco, como São Paulo, como é que um motorista vai conseguir manter seu carro a um metro e meio de uma bicicleta? Pior: quando há congestionamento, é o ciclista que se aproxima do motorista, e não o contrário. Ainda bem que moro em Piracicaba, onde a topografia não ajuda muito o ciclismo. Mas nosso trânsito também está ficando ruim e aqui, como na capital, são as motos que abalroam os motoristas.
Roberto Antonio Cêra (Piracicaba, SP)

Judiciário
No texto "Eternamente vítimas", publicada no dia 6 do corrente mês, a jornalista Eliane Cantanhêde, com a costumeira competência, dá voz a milhares de pessoas que se indignaram com uma decisão do STJ, felizmente condenada por órgãos internacionais. Esperamos que as políticas públicas de proteção às crianças e adolescentes sejam respeitadas e aplicadas pelos representantes do poderes do Estado, especialmente pelo Judiciário. Parabéns à posição crítica e sensível da jornalista.
Nilce Piva Adami (São Paulo, SP)

Ministério Público
O que é melhor para um povo e a segurança jurídica social: um Ministério Público técnico ou um Ministério Público altamente ideologizado, quase partidário, lembrando sempre que promotores gozam individualmente de independência e podem literalmente fazer quase tudo o que quiserem?
Paulo Boccato (São Carlos, SP)

Um promotor é escolhido pelos seus pares. O governador elogia os três candidatos, donos de "biografia impecável", e escolhe o que os seus pares rejeitaram. O escolhido diz que o Ministério Público sempre será independente. Eu só queria entender...
Manuel Vázquez Gil (São Vicente, SP)

Quadrinhos
Como assinante e leitora diária da Folha, há tempos tenho observado um declínio na qualidade dos quadrinhos do jornal. Confesso que tenho ficado surpresa com a falta de sensibilidade e com o mau gosto de algumas tiras publicadas recentemente.
Não consigo perceber qual o grau de humor ou de inteligência embutidos no conteúdo nem qual é o público que os autores desejam atingir. Menciono em especial os quadrinhos "Malvados", do André Dahmer, de 2/4, 5/4 e 6/4, e o quadrinho "Mundo Monstro", do Adão, de 6/4. Considerando que esta parte do jornal se destina a um público com idades e formações múltiplas, caberia à Folha se preocupar um pouco com o tipo de abordagem.
Vânia Helena Techio (Lavras, MG)

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