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ABORTO

A decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o aborto de anencéfalos foi um verdadeiro desfile de palavras lógicas e convincentes. No entanto, um precedente jurídico perigoso acabou por ser aberto. Aos poucos, sutilmente, sob o império da fria razão humana, através de legislações, a vida vai perdendo valor, a morte vai se banalizando, os mais fracos vão sendo descartados. A decisão da mais alta corte do país refletiu nitidamente o pragmatismo e individualismo predominantes na sociedade.
MARCELO DE LIMA ARAÚJO (Mogi das Cruzes, SP)

DESINDUSTRIALIZAÇÃO

Discordo completamente do artigo de Hélio Schwartsman "Badulaques chineses" (14/4). A desindustrialização é um mal que deve ser combatido, e a pergunta "até que ponto esse objetivo deve ser perseguido?", levando em conta que a população busca os melhores preços, venham eles de onde vierem, é uma rendição a um realismo pragmático absolutamente nocivo. Nenhuma sociedade se tornou desenvolvida sem um parque industrial diversificado e uma indústria competitiva.

A dependência do Brasil a commodities é a receita certa para o fracasso futuro de nossa economia. É claro que ninguém espera subsídios e outras "mágicas" para resolver o problema, mas a coisa verdadeira: educação de qualidade, incentivos à ciência e ao desenvolvimento tecnológico, infraestrutura para o desenvolvimento industrial, desoneração de impostos.
ALAN DEMANBORO (Osasco, SP)

PONDÉ

O colunista Luiz Felipe Pondé me faz lembrar uma frase do dândi Oscar Wilde: "Só há uma coisa no mundo pior do que ficar falado: é não ser falado".
HANNA KORICH (São Paulo, SP)

Tenho acompanhado a celeuma em torno de Luiz Felipe Pondé e gostaria de dar uma sugestão aos que têm se incomodado com seus escritos: tentem vencer a sensação inicial de náusea ou horror e leiam Pondé de modo mais vagaroso, com atenção redobrada. Seus textos são ouro em pó. Um exemplo? Releiam "As Filhas da Desgraça" (26/3), algo antológico. Pondé faz um "reviramento, um virar pelo avesso" dos discursos tradicionais no melhor estilo de Freud e Lacan, comando reflexões preciosíssimas.
ALBERTO DE O. ALBERGARIA (Curitiba, PR)

HINO

A constatação de Ruy Castro ("Virundu", 14/4) é o retrato da desnecessidade de uma encenação constrangedora. Quer seja pela questão técnica de submeter os jogadores ao desaquecimento, quer pela percepção de que nenhum dos atletas ali perfilados sente-se à vontade e consciente do momento vivido. Atrevo-me a completar a cena por ele captada. Homens mascando chiclete, sem saber a letra do hino, balançando-se, atônitos ao rito a que são submetidos. Cenas degradantes para o momento cívico.
MARINO HÉLIO NARDI (Assis, SP)

PETROFORTE

Em relação à reportagem "Grupo contesta falência da Petroforte" ("Mercado", 13/4), os questionamentos ao Grupo Rural estão circunscritos à operação de leasing de 2003 com a Petroforte, no valor de R$ 16 milhões, tendo como objeto a Usina Sobar. Não cabe, como a matéria leva a entender, que a massa falida da Petroforte busque recuperar valores que excedem em muito o valor do bem em questão. A matéria cita R$ 1 bilhão. Isso caracterizaria "enriquecimento sem causa".

Ainda que o Grupo Rural tenha confiança na lisura da operação, a Justiça entendeu que os ativos da usina, avaliados em R$ 200 milhões, deveriam retornar para a massa. Diante do impasse, as empresas detentoras dos ativos apresentaram proposta de acordo objetivando o desbloqueio dos bens e a venda da usina pela massa. O Grupo Rural, que também é credor da massa, espera que o entendimento prevaleça.
PLAUTO GOUVÊA (Belo Horizonte, MG)

MOTOS

Rogério Gentile ("Opinião", 12/4) acertou na mosca ao sugerir que o Código de Trânsito Brasileiro seja modificado e se proíba a circulação de motos pelos corredores entre os automóveis. Os motoqueiros invadem a contramão, desrespeitam semáforos e faixas de pedestres, e desrespeitam motociclistas moderados em sua fúria por seguir adiante sem parar. Quando não encontram espaço, buzinam, chutam portas e espelhos retrovisores, e aceleram xingando os motoristas. A lei deve acabar com essa selvageria.
GUSTAVO A.J. AMARANTE (São Paulo, SP)

Proibir a circulação de motos nos corredores, como propõe Rogério Gentile ("Opinião", 12/4), é impraticável. Nós, motociclistas, só nos sentimos seguros lá na frente, longe dos carros. Concordo porém com o articulista quanto às barbaridades nas ruas. Andar num corredor a 80 km por hora, como muitos motoboys, é querer morrer mesmo. A solução seria educá-los. Mas onde?
GILBERTO ASSAD (São Paulo, SP)

USP

Há estudantes da USP que são viciados ou que pretendem fazer carreira de traficantes, e por isso insistem em fazer movimentos a favor das drogas no campus. Eu, que com os impostos que pago ajudo a financiar esses elementos, sugiro que se matriculem na cracolândia e deixem suas vagas para quem quer estudar.
MÁRIO A. DENTE (São Paulo, SP)

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