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Sobre a reportagem "Por novo Código Florestal, Planalto cede a ruralistas" (14/4), a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência tem a informar: 1 - O relator do projeto de lei que trata do novo Código Florestal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), não apresentou até o momento parecer sobre a matéria; 2 - Portanto, não há nenhum acordo entre o governo e o relator no sentido de anistiar agricultores que tenham desmatado áreas preservadas. RESPOSTA DOS JORNALISTAS VALDO CRUZ E CLAUDIO ÂNGELO - A Folha apurou com dois assessores presidenciais e dois parlamentares envolvidos nas negociações que a presidente Dilma deu sinal verde ao acordo que flexibiliza regras de recomposição do desmate ilegal feito por pequenos agricultores. Judiciário
A entrevista com o ministro Ayres Britto ("Poder", 15/4) mostra bem quão lenta é a Justiça brasileira, o quanto ela é arcaica e o quanto nós, simples mortais, dependemos de outros simples mortais, os ministros do STF, que se acham semideuses. O caso do mensalão é um exemplo muito claro: daqui a pouco ninguém vai ser condenado, e aí fica tudo da mesma forma. Que se pode esperar de uma Justiça assim? Agências É reconfortante ter voz no texto de Vinicius Torres Freire: "Polícia para oligopólios" (15/4). Foi durante o projeto neoliberal do PSDB que as malfadadas agências foram criadas para substituir a lentidão burocrática da fiscalização pública. Residência de apadrinhados políticos, elas se transformaram em abrigo seguro das grandes corporações, principalmente das "teles", que prestam um serviço horrendo, caro e frequentemente desrespeitam os contratos com o consumidor. Por que não colocam nos sites a opção cancelamento do serviço sem a necessidade de ficar horas a escutar o desdém do "serviço de desatendimento ao consumidor".
Quando se recorre ao Judiciário e se tem a sorte de vencer a demanda, as multas fixadas são humorísticas. O que representa para uma dessas empresas uma multa de R$ 3.000? O mesmo que uma multa de R$ 975 por excesso de velocidade para o dono de um Porsche! Parabéns, Vinicius. Boom imobiliário
Muito se discute se vivemos um cenário de bolha imobiliária ("Tendências/Debates", 14/4). Mais consensual parece ser um cenário de boom imobiliário de 2008 para cá, em São Paulo. Inúmeros novos empreendimentos surgiram neste período e continuam a surgir. Muitas são as consequências deste crescimento desenfreado. Destaco uma, que já possui reflexos em nossos tribunais: trata-se da impossibilidade das principais construtoras de entregar tais obras no tempo prometido. Nos últimos dois anos disparou o número de reclamações e ações judiciais contra construtoras. Muitas têm sido condenadas. Resta saber como elas se portarão a médio e longo prazos diante do provável cenário de excesso de condenações. Ilustríssima
Em primeiro lugar quero reafirmar minha opinião sobre a "Ilustríssima" ser a principal publicação de cultura do país. Li "Verdade Tropical" logo que foi publicado e acompanho agora, 35 anos após ter me formado na USP, este rico debate entre Caetano e Roberto Schwarz. Quero me solidarizar com Caetano, mesmo concordando com alguns pontos de vista do Roberto, pois sempre achei que a inteligência e a expansão do pensamento estão acima dos conceitos de direita e esquerda. O tropicalismo sempre significou isto para mim. Pondé
Não entendo por que tanta discussão sobre Luiz Felipe Pondé. Quem gosta do que ele escreve, que leia sua coluna; quem não gosta, que não leia. Eu não leio de jeito nenhum. Por que ser agredido gratuitamente por alguém cuja maior preocupação é ter os holofotes voltados para seu ego? -
Luiz Felipe Pondé tem pontos de vista interessantes, apesar de eu normalmente discordar deles. O fato de ter opiniões que não me agradam não me dá direito de considerá-lo idiota, porque acredito que divergências devem ser tratadas com respeito e boa educação, e a discordância é o caminho para o desenvolvimento das ideias. Pelo menos assim aprendi com bons professores de filosofia. O fato de ter mais erudição não o torna um deus inquestionável. O próprio Sócrates dizia: "Só sei que nada sei". Quanto mais conhecemos, mais queremos saber. Um pouquinho de humildade nada custa. Ruy Castro
Em relação à coluna do Ruy Castro sobre o absurdo de se exigir hino nacional antes de jogos de futebol (14/4), sugiro uma pesquisa Datafolha. A desobediência civil, nesse caso, teria o apoio de 190 milhões de brasileiros. Aborto
As críticas à decisão do STF sobre os anencéfalos deixam uma dúvida: será que a falta do cérebro não caracteriza a falta do espírito ou da alma? O ser humano só decide por seus atos graças a seu livre arbítrio e por eles é responsabilizado tanto pelos homens como por Deus. E quem comanda as decisões é o cérebro. Sem ele só há um ser que vegeta. -
Sou advogada. E mulher. E acho que há uma imprecisão muito grande na discussão sobre o aborto de anencéfalos. Não se trata de aborto, mas da retirada de um corpo já morto do útero. Quando o cérebro para de funcionar, os médicos declaram morte cerebral: se não há cérebro, não há vida. Não venham os fanáticos dizer que bebês sem cérebros podem sobreviver. Os que sobrevivem têm cérebro, e a anencefalia é um erro de diagnóstico. Ainda não acredito que este direito inequívoco da mulher tenha sido levado à discussão na Justiça, e que a Suprema Corte tenha votado este caso por maioria, e não por unanimidade. Estamos na pré-história e precisamos evoluir. |
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