Painel do Leitor

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Imóveis SP
Em relação ao caso do assessor da prefeitura que possui uma centena de imóveis, creio que, além de os bens do senhor Hussain Aref Saab terem de ser confiscados, as construtoras também deveriam pagar uma pesada multa pelo dano causado à cidade de São Paulo.
Luis Fernando Pellegrino dos Santos (São Paulo, SP)

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No texto "Imóvel como bem social" ("Opinião", ontem), o colunista Vladimir Safatle expõe ideias que afrontam o direito de propriedade e são um desrespeito às leis de livre mercado. Sua proposta de que cada cidadão tenha direito a adquirir apenas dois imóveis em uma mesma cidade foi um dos piores absurdos que já li.
Julio Campos Neto (Cuiabá, MT)

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Excelente o artigo de Vladimir Safatle. O setor imobiliário age de maneira perniciosa nas grandes cidades. Está para elas como os latifúndios estão para o campo e como o setor financeiro está para a economia mundial. Está na hora de a sociedade exigir que a propriedade e o capital sirvam às pessoas, e não o contrário.
João Felício Ferreira Quirino Silva (São Paulo, SP)

Programas sociais
O novo programa do governo federal, Brasil Carinhoso, é uma imensa e caríssima propaganda que tenta passar a imagem de que o governo está cumprindo suas obrigações básicas. Permanecem, porém, os descalabros na saúde, na educação e no saneamento básico.
Jair Rosa Duarte (Rio de Janeiro, RJ)

Economia
Surpreendeu-me, na entrevista de Ruchir Sharma ("Brasil não passará por crise, mas terá pouco crescimento", "Entrevista da 2ª", 15/5), que na lista de fatores que inibiriam nosso desenvolvimento ele não tenha citado as deficiências da educação. Elas talvez sejam as mais graves.
Renato Janine Ribeiro, professor titular de ética e filosofia política da USP (São Paulo, SP)

Ateísmo
Creio que o senhor Hélio Schwartsman se equivoca ao afirmar-se ateu ("Ateus de Jeová", "Opinião", ontem). Em textos como "Mercado de órgãos" ("Opinião", 85/5) e "Uma questão de preço" ("Opinião", 9/5), ele faz confissão de fé na religião que mais cresce no mundo: o monoteísmo de mercado.
Zenon Lotufo Jr. (São Paulo, SP)

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A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos lamenta profundamente as declarações de Jack Terpins, que afirmou que o "modelo clássico" de antissemitismo utiliza o ateísmo para incitar o ódio" -e tem a coragem de fazê-lo num artigo chamado "Diálogo pela paz" (Tendências/Debates, 10/5). Como sempre, os fatos desmentem os religiosos, já que o ódio e a violência contra pessoas de teologia diversa invariavelmente ocorrem nos indivíduos e nações mais religiosos. E a atitude de Terpins é mais uma reafirmação disso.
Daniel Sottomaior, presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (São Paulo, SP)

Comissão da Verdade
A advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha deve estar esquecida de que defendeu pessoas que sofreram pela democracia e agora se isenta das investigações da Comissão da Verdade ("Alvo de comissão é ditadura, e não guerrilha", diz integrante", "Poder", ontem). A comissão pressupõe que toda a verdade seja revelada.
Newton Oliveira (São Paulo, SP)

Caso Cachoeira
O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, ao suspender a ida de Carlos Cachoeira à CPI, concedeu ao bicheiro, que se encontra preso, um relógio sem ponteiros. O despacho serviu para que, antes de comparecer à CPI, Cachoeira lesse as acusações que lhe pesam. Porém não fixou prazo para a leitura. Quer dizer que a liminar tem prazo indeterminado, um absurdo.
Francisco Pedro do Coutto (Rio de Janeiro, RJ)

Copa
Ao que tudo indica, o Brasil vai passar vergonha na Copa ("Fifa diz que é crítica situação dos estádios", "Esporte", ontem).
Maurilio Gregorio Santos (Londrina, PR)

Saúde
Está equivocado o título da reportagem "Tribunal julga dupla porta nos hospitais estaduais" ("Cotidiano", ontem). Dupla porta é um termo utilizado pelos que são contrários à lei estadual nº 1.131/10, cuja finalidade é permitir que os hospitais estaduais gerenciados por Organizações Sociais de Saúde sejam ressarcidos pela assistência médica que já prestam a pacientes beneficiários de planos de saúde.
A regulamentação da lei, além de proibir reserva de leitos ou preferência a pacientes de planos de saúde, garante idêntica qualidade a todos os pacientes na prestação de serviços e na disponibilização de equipamentos, acomodações e insumos.
Ricardo Liguori, coordenador de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (São Paulo, SP)

Sacolinhas
Farmácia tem sacolinhas.
Loja de conveniência tem. Padaria tem. Feira tem. Alguém sabe explicar a diferença dessas sacolas para as outras? Alguém ainda duvida do conluio armado pelos supermercados?
Sandoval Nassa (São Paulo, SP)

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