Painel do Leitor

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Comissão da Verdade
A comissão foi instalada para investigar crimes cometidos contra os direitos humanos no período entre 1946 e 1988, sem distinguir que "lado" cometeu os delitos. Entretanto as integrantes da comissão Rosa Maria Cardoso da Cunha e Maria Rita Kehl querem restringir as investigações aos crimes de Estado durante o regime militar. Se os trabalhos da comissão forem balizados pela atitude revanchista das duas, nuvens escuras irão pairar sobre nossa incipiente democracia.
Renato Claudio Pucci (São Paulo, SP)

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O texto "A verdade da comissão" ("Opinião", ontem), de Hélio Schwartsman, está perfeito. Não faz o menor sentido investigar "violações de direitos humanos cometidas por indivíduos". A Comissão da Verdade deveria concentrar-se nos atos de violência cometidos por agentes públicos em nome do Estado. Essa é a verdade que nos interessa. Os delegados, tenentes e sargentos passam, o Estado continua.
Mario Lúcio Côrtes (Campinas, SP)

Metrô
Esse acidente no metrô de São Paulo demonstra quão frágil é o sistema de transporte sobre trilhos em São Paulo. Todos os dias, vemos notícias de atrasos na CPTM e de problemas no metrô. Mas podemos elogiar a velocidade dos trens. Por eles estarem sempre devagar, o acidente de ontem não foi mais sério.
Paulo Rogério Lencioni (São Paulo, SP)

Imóveis SP
O apresentador José Luiz Datena, em seu programa matinal na rádio Bandeirantes, insinuou estar sofrendo pressões do prefeito Gilberto Kassab para que não repercuta o caso do ex-diretor do Aprov, o senhor Hussain Aref Saab ("Cotidiano", ontem). Convenhamos, senhor prefeito, queremos saber a verdade dos fatos e ver os culpados punidos.
Adib Millen (Tatuí, SP)

Questão indígena
No texto "A manipulação de um conflito" (Tendências/Debates, ontem), a senadora Kátia Abreu demonstra seu absoluto desconhecimento sobre como vivem os índios no Brasil. A senadora defende que os índios sejam confinados em pequenos parques e que o resto da terra seja usado para o plantio de soja.
Raphael Tsavkko Garcia (São Paulo, SP)

Comportamento
A Folha publicou a reportagem "Reclamação sobre barulho em casa de swing se volta contra as denunciantes" ("Cotidiano", ontem) e informou que o promotor do Meio Ambiente mandou a polícia abrir inquérito contra duas senhoras, sob suspeita de denuncia caluniosa, crime com pena de até oito anos de prisão.
A reportagem diz que elas são evangélicas, e o promotor, segundo o que foi publicado, afirma que elas fazem patrulhamento moral, são egoístas e não sabem conviver em sociedade.
Já a advogada Raquel Barcellos e a síndica Elizabete Cassavara, acusadas pelo promotor, dizem que foram humilhadas. Raquel abriu representação na OAB contra o promotor. Não entro no mérito da denúncia feita por ele.
O que me preocupa nesse episódio é o juízo de valor que o senhor promotor faz sobre o comportamento delas, relacionando-o à religião, pois dá a impressão de que se trata de preconceito religioso.
Carlos ApolinArio, vereador pelo DEM (São Paulo, SP)

Ruy Castro
Obra-prima o texto de Ruy Castro sobre Manel e seu sebo no centro do Rio ("O sebo e o céu", "Opinião", ontem). Pena de quem não o tenha lido.
Eduardo Toledo (Campinas, SP)

Futebol
Que tal o Santos convidar o Barcelona para um jogo de entrega da faixa de campeão?
Marcelo César Octaviano (Novo Horizonte, SP)

Economia
Algumas pessoas atribuem à taxa de câmbio a responsabilidade pela nossa fraca exportação, mas a coisa não é bem assim.
No caso das exportações, a grande vilã é a nossa altíssima carga tributária. Como podemos competir com a China e com a Índia se tais países conseguem vender seus produtos a preços muito menores do que os brasileiros?
José Domingos Bosnardo (Campinas, SP)

Energia
O Brasil não é o único a taxar sua energia. Se, mesmo com sua matriz hidrelétrica (que causa inveja no planeta), o país está entre os mais caros do mundo, é preciso arranjar outra desculpa. É claro que o setor deve ser desonerado, mas que tal reexaminar o modelo mercantil em vigor?
Roberto Pereira d'Araújo (Rio de Janeiro, RJ)

Sacolinhas
Em resposta à carta do leitor Sandoval Nassa (Painel do Leitor, ontem), é fácil entender por que só os supermercados tiveram que acabar com a distribuição de sacolinhas plásticas. Quantas sacolas saem de uma farmácia todos os dias?
E de uma padaria? O número de sacolas que saem dos supermercados é muito maior.
Detalhe: também sou favorável a eliminar as sacolinhas de farmácias, padarias e afins.
Lia Saraiva (Curitiba, PR)