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Painel do Leitor
A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Comissão da Verdade
A comparação feita por Frei Betto entre a resistência comunista brasileira e a Revolução Francesa é capciosa, injusta e falsa ("Os dois lados da Comissão da Verdade", Tendências/Debates, ontem). Por acaso as graves lesões físicas e as mortes provocadas por atentados daesquerda não são violações aos direitos humanos? - O que está em questão, ou pelo menos deveria estar, é a apuração dos crimes de sequestro, tortura, homicídio e desaparecimento praticado pelo poder público.
Crimes estes condenados pela ONU por meio da resolução nº 2.391, a qual o Brasil ainda não ratificou. Tal resolução torna imprescritíveis os crimes de tortura e desaparecimento praticado pelo poder público. E, pelo que consta, não há militares desaparecidos. Comissões
Gostaria de parabenizar a presidente pelos esforços para a instauração da Comissão da Verdade. Mas peço que tenha o mesmo empenho para instaurar umas comissões de verdade que apurem o mensalão e o caso Cachoeira. O povo está ávido por esclarecimentos. Caso Cachoeira
A famosa frase "É dando que se recebe" mudou para "Você é nosso e nós somos teu". Só não muda quem paga a conta: o povo! Transparência
A profilática Lei de Acesso à Informação visa dar transparência absoluta a todos os gastos governamentais. Com isso, iniciaremos um processo de inibição da vergonhosa tragédia que é a corrupção no país. -
Com o vigência da Lei de Acesso à Informação, a República foi refundada na semana que passou. À medida que a informação e o conhecimento da coisa pública se tornaram transparentes, a República brasileira se materializou e tomou corpo. Legalização dos jogos
Li atentamente os artigos "O puritanismo de 1946 criou quadrilhas", de Ney Carvalho, e "Quem ganha são os donos do negócio, e só", de Maria Paula Magalhães Tavares de Oliveira (Tendências/Debates, 19/5), e creio que eles se esqueceram de mencionar que o maior cassino do Brasil é organizado pela Caixa Econômica Federal, que é responsável por jogos de azar, como a Mega-Sena. Crack Em relação à reportagem "Rio usa Força Nacional em ação para combater o crack" ("Cotidiano", 19/5), pergunto: por que deflagrar essa guerra agora? Esse mesmo tipo de operação já mostrou que não deu certo antes.
É comezinho que o combate ao crack não se faz com 150 homens da Força Nacional! Até quando vamos insistir nesse modelo militar de combate às drogas? Comportamento Sobre o artigo "Boas maneiras" ("Opinião", ontem), de Cristina Grillo, é bom que as escolas, os governantes, as empresas, a imprensa e principalmente a família ensinem e pratiquem atos de civilidade. Ser educado não é frescura.
É sinal de que uma pessoa sabe viver em sociedade. -
Achei formidável a indicação de Cristina Grillo para um curso de noções básicas de boa educação. Que tal iniciar nas escolas -públicas e privadas- esses cursos? Os pais hoje não têm tempo disponível para ensinar. Sacolinhas
Danuza Leão questiona a proibição da sacolinas em "De sacolinas e pieguices" ("Cotidiano", ontem). Cara Danuza, há três anos, costumava ver em meu bairro sacolinhas plásticas jogadas na calçada e na sarjeta. Hoje, praticamente já não as vejo. Medicamentos
O leitor Carlos E. Barros Rodrigues (Painel do Leitor, ontem) considerou ruim o Brasil, ao proibir a venda de remédios em supermercados, não imitar os Estados Unidos. Aproveitou ainda para exprimir seu ódio a "este governo do PT". Se o ideal é imitar os norte-americanos, por que então não vender armas de fogo nos supermercados? Metrô
Acidentes não acontecem, são causados. Esse é o mais básico conhecimento de segurança. O governo de São Paulo, porém, parece não ter levado a sério o ocorrido no metrô na semana passada. Preocupou-se, sim, com a óbvia repercussão negativa em ano eleitoral. Liberdade
Como se já não bastasse a Anvisa ditar normas comportamentais por meio da proibição de medicamentos, de alimentos e de outros itens, temos agora o colunista Hélio Schwartsman propondo mais cerceamento à nossa liberdade de consumo a partir da aplicação de mais impostos para o já sobrecarregado contribuinte brasileiro ("Legalizar a liberdade", "Opinião", ontem). Presídios
Em relação ao texto "São Paulo poderá ter prisões em parceria com a iniciativa privada" ("Cotidiano", ontem), cabe dizer que construir prisões é esquecer a questão da segurança preventiva, preferindo os crimes, os processos e as condenações para que, passando por cima de mortes e prejuízos morais e materiais, alguém obtenha lucro com presos. Economia O governo decidiu fazer seu papel populista na questão dos juros, mas está deixando de fazer seu principal papel para que a economia não desande.
É necessário olhar para os impostos e para a questão do custo Brasil. Sem isso, não teremos o crescimento desejado. |
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