Painel do leitor

Venezuela

A análise de Igor Gielow ("Mundo", 13/7), além de proferir acusações falsas e sem provas, ignora a relação de cooperação entre Venezuela e Colômbia no combate ao narcotráfico e na busca pela paz na região. Ilações como as publicadas pelo jornal só servem para alimentar o preconceito e fomentar uma campanha de desinformação entre os brasileiros e em nada contribuem para a relação de amizade e parceria entre as nações-irmãs, agora consolidada com a entrada da Venezuela no Mercosul.
MAXIMILIEN ARVELÁIZ, embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Brasil (Brasília, DF)

RESPOSTA DO JORNALISTA IGOR GIELOW - O texto não fez acusação alguma, só citou suspeitas correntes sobre o fornecimento de armas pela Venezuela às Farc e registrou que o governo Chávez as nega.

Catracas

Parabéns ao senhor Marcos Augusto Gonçalves pela oportuna crônica "A humilhante catraca" ("Opinião", 13/7). Gostaria que ele fizesse uma outra sobre o mesmo tema, mas denunciando a degradante situação das crianças que precisam rastejar sob a catraca no assoalho imundo dos ônibus por estarem isentas de pagar a passagem. Essa é a maneira mais humana de as crianças exercerem os seus direitos?
ATTILIO BRUNACCI (São Paulo, SP)

Senado

Em quase dois séculos de história republicana, foram cassados apenas dois senadores por quebra de decoro. À exceção de Luis Estevão e Demóstenes Torres, pressupõe-se que nossos senadores sempre cultivaram e defenderam os supremos interesses públicos. É de se perguntar: nesse contexto de moralidade ainda há necessidade de CPI?
PAULO MARIA DE ARAGÃO (Fortaleza, CE)

Garimpo

Os garimpeiros estão destruindo o meio ambiente, incentivando a prostituição de menores e a criminalidade ("Mundo", 13/7). Bem fariam as autoridades da Guiana Francesa em expulsá-los.
PAULO HASE (Araci, BA)

Lula e FHC

Muito interessante a opinião do colunista Moisés Naím ("Mundo", 13/7) sobre dois ex-presidentes do Brasil. Um, FHC, sempre submisso aos americanos, recebe um prêmio naquele país. O outro, Lula, é criticado por homenagear um inimigo dos americanos, como o são todos os que não curvam a coluna para os gringos.
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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É muito gratificante ler um artigo como o de Moisés Naím ("Para que serve um ex-presidente", 13/7). Pena que o ex-presidente Lula tenha declarado que não lê jornais. Se ele lesse, iria se comportar como um ex-presidente.
JOSÉ MARIA C. RODRIGUES (Curitiba, PR)

Violência

De que lado a Folha está? Em 2011, 47 policiais foram executados pela bandidagem. Neste ano já são mais de 30 até agora. O número de policiais mortos já corresponde a quase 70% do total de 2011. Cadê a indignação? Cadê a manchete de Primeira Página?
SANDRO CÉSAR GALLINARI (Praia Grande, SP)

Dilma

Diariamente as presidentes de Brasil e Argentina, Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, fazem discursos sobre assuntos incompatíveis com suas funções, numa tentativa de demonstrar poder para enfrentar a crise. Acho que um pronunciamento mais equilibrado, realista e menos constante faria bem. Chefes de governo devem se manifestar sobre assuntos de interesse do país e não fazer apelos emocionais.
JOSÉ OSVALDO GONÇALVES ANDRADE (Belo Horizonte, MG)

Golpismo

PSDB, PPS e PP apoiaram o golpe no Paraguai. EUA, inimigos do Mercosul, são o mentor do golpe, o que não é novidade. A grande mídia também apoia o golpe. Qual é o perigo e a novidade deste golpe? Minoria no Congresso, mesmo que o presidente tenha sido eleito pela maioria da população. Imagine a instabilidade que esse neogolpismo gera?
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

Juíza

Solidarizo-me com a juíza Barbara Carola Hinderberger Cardoso de Almeida ("Eu quero minha liberdade de volta", "Opinião", 13/7). Coragem não lhe falta. Mas tenho certeza que muitos brasileiros querem de volta não a liberdade, mas a honestidade e a honradez para os componentes de nossas instituições públicas.
WANDER CORTEZZI (São José do Rio Preto, SP)

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O Estado deve à juíza Bárbara Hinderberger Cardoso de Almeida a segurança a que ela tem direito para exercer a sua relevante função pública. É inaceitável que um magistrado tenha sua vida colocada em risco só por cumprir o seu dever. Há poucas semanas um juiz do caso Cachoeira pediu afastamento alegando cansaço, mas admitindo ameaças à família. A falta de pronta resposta das autoridades nesses casos acaba encorajando o crime organizado.
JOÃO RAMOS DE SOUZA (São Paulo, SP)