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Mensalão -
Quando vejo os ministros do STF e por quem foram indicados, começo a crer que o julgamento do mensalão vá acabar em dancinhas e pizzas -como queria estar errado. O caso, porém, pode ser o estopim que fará a sociedade, enfim, conscientizar-se politicamente e deixar de trocar voto por água e saco de farinha. -
No editorial do número especial do mensalão, a "Veja" reafirmou seu papel de dona da história. Não contente em julgar e condenar os réus, julgou também o STF, que, nas palavras da revista, poderá ser condenado ou absolvido se "atrasar ou acelerar a evolução política do Brasil". De forma geral, julgou também os brasileiros, dividindo-os entre os que serão motivo de orgulho ou os que serão motivo de vergonha perante as gerações futuras. De minha parte, reservo-me o direito de ficar fora de tão prepotente seleção, bem como o de expressar minha própria vergonha por ainda existir em nossa imprensa publicação indecente como essa. -
A sociedade só espera que o julgamento seja imparcial e que os culpados sejam punidos pelos crimes que cometeram. -
No texto "O julgamento na imprensa" ("Poder", ontem), Janio de Freitas nos oferece uma precisa dimensão do mensalão e do triste papel de grande parte da imprensa no assunto. Mesmo no aspecto financeiro, o mensalão não chega nem perto de outros escândalos recentes, o que não significa que não mereça de todos reprovação e eventual condenação dos culpados. -
Que bom que existem políticos como FHC para nos fazer rir! Só pode ser piada esse vídeo em que ele diz que o STF precisa ouvir a opinião pública ("Poder", ontem). FHC nunca explicou a tão falada compra de votos para a emenda da reeleição nem explicou onde foi parar o dinheiro das privatizações do seu governo. E agora ele quer pressionar o STF.
Educação NOTA DA REDAÇÃO - O editorial não defende que se deva analisar apenas a capacidade do candidato para ingresso nas universidades federais -na realidade, esclarece que a Folha favorece o recurso parcimonioso a cotas de critério socioeconômico, ainda que não as raciais. -
Apesar de ser professor de uma universidade estadual, a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que, diga-se de passagem, também está em greve (pela implantação do regime de dedicação exclusiva e melhoria das condições de trabalho), venho louvar as palavras de Vladimir Safatle ("Zero de conduta", "Opinião", ontem). Até que enfim uma opinião que leva em conta a real situação das universidades públicas e de seus docentes. -
Há uma incorreção na reportagem "Proposta feita a professores grevistas é a final, diz ministro" ("Cotidiano", 28/7). Na proposta do governo, considerada final pelo ministro Aloizio Mercadante (Educação), a remuneração bruta do professor iniciante, classe auxiliar, em jornada de 40 horas semanais, em regime de dedicação exclusiva, com doutorado, em 2015 será de R$ 8.639,77, e não de R$ 10 mil, como constou na reportagem. Hoje, a remuneração bruta do iniciante doutor 40 horas, com dedicação exclusiva, nas federais para a classe de adjunto é de R$ 7.627, 02. NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção Erramos.
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