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Mensalão
O mensalão, mais do que tudo, serve para os (poucos) esclarecidos saberem de vez que a lei, de fato, não é para todos.
Até então, tinha a impressão de que a lei existia e era justa e que alguns usavam os becos escuros para driblá-la. Agora não.
Ficou claro que se transgride a lei não somente nos becos escuros mas também em ruelas escuras da própria lei, que os ditos advogados "estrelados" sabem buscar (à custa de alguns milhões de reais, em valores próximos aos que circularam no mensalão, que, segundo os "estrelados", não existiu nem existe).
Portanto, conforme li há tempos, "as portas da lei estão abertas para todos, assim como as portas dos hotéis de luxo. Mas os pobres terão dentro dela a mesma sorte que nos hotéis de luxo. A simples sorte de homens pobres". É triste, mas é fato.
Ivo Felipe Silva Filho (São Paulo, SP)

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O decano do jornalismo político no Brasil Janio de Freitas, em seu artigo "Acusação e defesa" ("Poder", 12/8), faz uma brilhante análise do julgamento do mensalão. Brilhante porque isenta!
Se compararmos as análises dele com as de Marcelo Coelho ("Além da simples torcida", "Poder", 12/8), este mostra a que veio: desconstruir, com ironia sem graça, as teses dos defensores. Mas isso não é de estranhar, pois, com exceção de Janio de Freitas, os artigos da maioria dos jornalistas da Folha não passam de parcialidades muito bem dirigidas no sentido de condenar todos os réus, não importando se existem ou não provas contra eles. É o condenar por condenar, numa irresponsabilidade que chega à desonestidade.
Benjamin Eurico Malucelli (São Paulo, SP)

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A esperança da maioria da população brasileira é que o julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal, não termine em "pizza", "boi de piranha" ou "quem pode mais chora menos".
Paulo Borini (São Paulo, SP)

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Enojável, estúpida e delirante a opinião da socialite Anna Maria Corsi (coluna Mônica Bergamo, "Ilustrada", 12/8) ao definir o mensalão como resultado de "nordestino querer fazer alguma coisa em São Paulo'' e desejar que eles (os nordestinos) fiquem no "fundo de Pernambuco e do Ceará" em vez de ousar adentrar o sagrado território de São Paulo, que deveria ser lugar exclusivo "de paulistas e paulistanos".
Felipe Martins Moraes Daher (Barretos, SP)

Olimpíada
Alguns estão criticando a participação do Brasil na cerimônia de encerramento da Olimpíada de Londres, mas a verdade é que Cao Hamburger e Daniela Thomas (que dirigiram o espetáculo) conseguiram mostrar a cara do Brasil. Portanto, reclamar do quê? Essa é mesmo a nossa realidade. Poderiam ter incluído, além do gari, a figura do puxador de carroça, profissão em franca ascensão no Brasil.
Terezinha de Jesus de Freitas Cruz (São Paulo, SP)

Historiador
A interessante entrevista que Eleonora de Lucena realizou com o historiador Evaldo
Cabral de Mello ("Desde a Colônia, magistratura do país é corporativista", "Entrevista da 2ª") contém uma informação correta, mas redutora.
É verdade que Cabral de Mello é "especialista em história regional" e que ele "se notabilizou por estudos do período de domínio holandês em Pernambuco, no século 17". Mas também é certo que o domínio holandês em Pernambuco constitui o campo mais cosmopolita e desafiador da história brasileira, comportando três séculos e meio de debates internacionais que incluem obras importantes de historiadores holandeses, britânicos, franceses, alemães e portugueses.
Além disso, seu livro "O Norte Agrário e o Império" (1984) é um dos melhores sobre as relações inter-regionais brasileiras no século 19, enquanto "O Negócio do Brasil" (1998), traduzido e publicado na Holanda, constitui uma das raríssimas contribuições da historiografia brasileira à história da diplomacia portuguesa e europeia no século 17.
Luiz Felipe de Alencastro, professor titular de história do Brasil na Universidade de Paris - Sorbonne (São Paulo, SP)

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Um primor a entrevista do historiador e diplomata pernambucano Evaldo Cabral de Mello à jornalista Eleonora de Lucena. Destemido, ele afirma que a magistratura brasileira (o Judiciário) é uma caixa-preta, ou seja, ninguém sabe o que lá se passa. E pior: dos três Poderes, é o que guarda corporativismo retrógrado, remontando às práticas e mentalidades dos tempos da coroa portuguesa.
Para além disso, ele faz uma crítica à cultura/mentalidade do brasileiro, que não consegue separar a objetividade da lei dos seus interesses pessoais.
Vem em boa hora essa entrevista, no que diz respeito tanto à corrupção quanto ao exemplo que ora o Judiciário pode dar.
João Luiz Pereira das Neves (Curitiba, PR)

Cotas
Ao instituir um sistema de cotas tão violento - que reserva 50% das vagas em universidades federais para alunos do ensino público-, o Estado, sabedor da péssima qualidade do ensino público (tanto o de nível fundamental quanto o de nível médio), age como aquele professor irresponsável que, na tentativa de minimizar as consequências da sua incompetência, aprova os alunos mesmo sabendo que eles nada aprenderam. Nesse ponto, também aqui "nada se cria, tudo se copia".
Marcos Therezeno Martins (Matão, SP)

Flip
Parabenizo a editora Três Estrelas pela participação na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que ocorreu no começo de julho, em que pudemos conhecer um pouco mais sobre Oscar Pilagallo -autor do excelente livro "História da Imprensa Paulista". A Casa Folha foi um ambiente perfeito, com atendimento muito simpático.
Joimar de Castro Menezes (São Paulo, SP)

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