Painel do Leitor

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Mensalão
O advogado Luiz Corrêa Barbosa, ao defender Roberto Jefferson no STF, disse que Lula não só sabia como foi o mandante do mensalão. Reforçou sua acusação com uma frase de efeito: "Lula seria um pateta se não soubesse". Pergunto-me: quem é o pateta, afinal? O ex-presidente Lula ou ele, o advogado? Afinal, essa denúncia contraria a própria declaração do seu cliente, o ex-deputado Roberto Jefferson, que não se cansou de dizer que Lula não sabia de nada e que essa percepção havia se formado, no momento em que ele, Roberto Jefferson, fez a denúncia do caso ao ex-presidente, que reagiu com indignação e até chorou, dizendo: "Isso não pode ser".
César Cantu (São Paulo, SP)

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Li em um só suspiro e reli sem acreditar as palavras da socialite Anna Maria Corsi sobre o Nordeste, Garanhuns e Pernambuco ("Mensalão tá moda", Mônica Bergamo, 12/8). É certo que o Nordeste ainda é alvo de muito preconceito por parte de uma pequena minoria elitista e decadente de São Paulo. Mas associar o Nordeste ao mensalão é chamar os nordestinos de mensaleiros.
Lamento que um jornal como a Folha dê destaque a comentários como o da socialite. Ao destacar o comentário dessa parte arcaica e decadente da sociedade paulistana, a Folha se iguala a qualquer periódico simplista.
José Tavares Correia (Recife, PE)

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É muito bom ver a ignorância e a alienação de nossa "elite" sendo mostrada com clareza e sem maquiagem, principalmente quando atribuem ao resto do povo essas condições. Meus sinceros parabéns
Vander Colombo (Cascavel, PR)

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Muito além do Congresso, o mensalão é parte da cultura nacional. O "por fora", uma forma de salário complementar, que há tempos existe nas grandes empresas. Muitos são os gestores que fazem crescer seu patrimônio pessoal à custa de compras caras e de baixa qualidade. Ética e moral, deturpadas pelo desejo de status, transformam o ambiente de trabalho muito mais em uma questão de mensalão do que de eficiência empresarial.
Lorenzo Ciuffi (Belém, PA)

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O mais interessante é que a mesma pessoa (a socialite Anna Maria Corsi) que disse que São Paulo é terra de paulista e paulistano afirmou não gostar de José Serra (paulistano), mas, sim, de FHC (carioca). Aliás, o que é paulista e paulistano? São Paulo é uma cidade tão plural e cosmopolita que não há como falar em "paulistanidade".
Gustavo Ferreira (São Paulo, SP)

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A declaração do presidente nacional do PT, Rui Falcão, de que a "população neste momento está mais voltada para 'Avenida Brasil' e Olimpíada do que para esse processo escandaloso que tentaram nos imputar" ("Para petista, novela chama mais a atenção", "Poder", 11/8), além de ofender os brasileiros, mostra por que o PT é governo federal.
João Antonio Marchi, procurador de Justiça (São Paulo, SP)

Terrorismo
Com "Sensibilidade cultural" ("Ilustrada", 13/8), Luiz Felipe Pondé exibiu mais uma vez a sua arraigada animosidade anti-islâmica. Concordamos com a crítica ao terrorismo, mas ele se esquece de dizer algo importante: as maiores vítimas do fanatismo são os próprios muçulmanos comuns, hostilizados por desejarem praticar a sua fé de forma tradicional e pacífica. Depois desse artigo sobre o terrorismo de grupos, Pondé poderia nos brindar com suas ponderadas opiniões sobre o "terrorismo" praticado por alguns Estados.
Paulo Sinde (São Paulo, SP)

Olimpíada
Excelente o editorial "Brasil olímpico" ("Opinião", 12/8), sobre as medalhas conquistadas pelo Brasil na Olimpíada de Londres, evento no qual ficou evidente que os investimentos astronômicos na preparação dos atletas não condizem com o que foi conquistado.
MiChel Zamorano Cury (Franca, SP)

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Interessante alguns desdenharem de nossa pequena participação no encerramento da Olimpíada. Após duas horas de show de bandas inglesas, quando a festa já estava se tornando insuportável, entrou em cena o nosso Brasil. Ufa! Imagino a beleza que será em 2016 no Rio de Janeiro.
Claudio Isola (Bertioga, SP)

Energia
Sobre a matéria intitulada "Moradores da área de Belo Monte ficam sem indenização" ("Mercado", 5/8), a Norte Energia S.A., empresa responsável pela construção e pela operação da usina hidrelétrica Belo Monte, esclarece o seguinte:
No caso da senhora Maria Militão, duas partes diferentes pleiteiam a terra, havendo dois documentos de propriedade sobre essa mesma área. Nesses casos, somente a Justiça é que pode determinar a quem cabe a indenização e em que valor. O juiz tentou, em audiência de conciliação, fazer a composição, ocasião em que a Norte Energia se manifestou favoravelmente ao acordo, mas a outra parte, que disputa a indenização com a senhora Maria Militão, não concordou. Isso consta nos autos do processo na Justiça.
No caso da senhora Suzete Silva, a Justiça decidiu em liminar que a Norte Energia a considerasse como beneficiária. A empresa recorreu dessa decisão por entender que a senhora Suzete não se enquadra nos critérios de elegibilidade.
Elza Pires de Campos, assessoria de imprensa da Norte Energia (Brasília, DF)

Remédios
Querer exigir receita para a compra de medicamentos de tarja vermelha, como pretende a Anvisa, é como bater palmas para louco dançar. Grande parte da população usa medicamentos continuados, tendo que ser repostos em pouco espaço de tempo. Imaginem passar por nova consulta cada vez que precisar comprar a medicação.
Quem tem plano de saúde ainda consegue, desde que o médico tenha agenda para o atendimento, coisa rara atualmente. E quem se utiliza do SUS, onde as consultas demoram uma eternidade para serem marcadas?
Sandoval A.L. Nassa (São Paulo, SP)

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