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Educação
Educação para quem? Para quê? A Folha ontem informou que o Ministério da Educação quer melhorar o ensino médio adotando a redução de disciplinas ("Com ensino médio estagnado, MEC já planeja mudanças no currículo", "Cotidiano", ontem). Na área das ciências da natureza? Certamente não será. Linguagem? Reduzir não é possível, mas poder-se-á trocar o português pelo inglês -assim, matamos dois coelhos com uma só cajadada.
Excluir a matemática? Nem pensar. Irá sobrar para as ciências humanas. Caso isso ocorra, como parece razoável supor, a "reforma educacional" irá ao encontro do desejo e das necessidades do patronato: formar técnicos qualificados sem qualquer vestígio de raciocínio crítico. É um sábio o ministro Aloizio Mercadante.
Décio Eduardo Valadares (Belo Horizonte, MG)

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O ministro Aloizio Mercadante está correto em achar que é elevada a quantidade de matérias obrigatórias. Minha sugestão é que sejam retiradas matérias inúteis, como matemática, história e geografia. Quanto menos nossa juventude souber sobre suas origens e contexto histórico-geográfico, menos será necessário fazer contas sobre nosso futuro.
Rinaldo Coelho (Rio de Janeiro, RJ)

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A inclusão de disciplinas, como sociologia e filosofia, é "engabelação", pois os alunos mal sabem escrever o próprio nome e o professor mal sabe ler. Só avançaremos na educação quando utilizarmos a cultura dos direitos do consumidor: o produto não está adequado, reprove-o. A educação é coisa simples: o professor vai à escola para ensinar; o aluno vai para aprender. O resto é romantismo barato, que vem disfarçado da complexidade do mundo contemporâneo.
Nelson Hein, coordenador do curso de matemática da Universidade Regional de Blumenau (Blumenau, SC)

Abastecimento
Ministério da Integração Nacional refuta com veemência o editorial "Reservatórios do atraso" ("Opinião", 14/8), que apresenta equívocos sobre o Água para Todos, programa que vai beneficiar mais de 750 mil famílias até 2014. Serão instaladas 450 mil cisternas de placa e 300 mil de polietileno, como as utilizadas na Austrália, no México e nos EUA, um material de alta resistência que oferece menor risco de contaminação da água. Foi validada a entrega de 40 mil cisternas, das quais 15 mil já foram instaladas. O prazo inicial de instalação foi ampliado por exigência do ministério para a implantação de fábricas na região, visando à geração de emprego e renda.
Para garantir a transparência e o controle social do programa, foram criados comitês gestores municipais, responsáveis pela identificação e pela capacitação das famílias beneficiárias.
Por fim, rechaçamos insinuações de favorecimento político, uma vez que as licitações ocorreram em estrito cumprimento dos preceitos legais, com garantia de publicidade, impessoalidade e economicidade. Ademais, a licitação foi feita sob a modalidade pregão eletrônico.
João Bonetto, assessor de imprensa do Ministério da Integração Nacional (Brasília, DF)

Mensalão
Em relação ao texto "Mensalão tá moda" (Mônica Bergamo, "Ilustrada", 12/8), gostaria de saber de onde saiu a ideia maluca de entrevistar mulheres que estão preocupadas com moda para falar sobre assunto tão importante, como o julgamento do mensalão. Não que o caso não deva ser discutido por todos, mas achar que esse tipo de pessoa pode dar uma boa opinião sobre o assunto é querer demais.
Primeiro, desde quando limite geográfico faz o caráter de alguém? Segundo, pergunte à socialite Anna Maria Corsi onde nasceram algumas das estrelas que brilham ou já brilharam no Brasil -certamente algumas serão lá do "fuuundo de Pernambuco" - e mande-a deixar de ser fútil.
Luciano Junior (Garanhuns, PE)

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A infeliz colocação de uma socialite de São Paulo sobre o Nordeste parece não estar de acordo com o significado da palavra "elite". Pertencer à elite pressupõe ter tido acesso a boa escolas, ter recebido uma educação de qualidade em casa e ter lido pelos menos alguns clássicos, entre outras coisas. Ao que tudo indica, a cidadã Anna Maria Corsi tem acesso somente a shopping centers.
Francisco da Costa Oliveira (São Paulo, SP)

Shoppings
Em relação à reportagem "Apesar de receber benefício fiscal, 10 shoppings têm 'teatro-fantasma'" ("Cotidiano", 14/8), gostaríamos de esclarecer aos leitores o seguinte: ao contrário do que se afirma na reportagem ("a área está, em parte, ocupada por um cinema"), o espaço reservado ao teatro no Shopping Pátio Paulista está totalmente desocupado, não tendo sido destinado a qualquer operação. Isso pode ser comprovado por aqueles que visitarem o local. O espaço permanece, portanto, designado para abrigar o teatro do empreendimento.
O Shopping Pátio Paulista foi vistoriado no mês de julho, não tendo sido identificada qualquer irregularidade em relação ao espaço destinado ao teatro, conforme atesta a própria prefeitura nessa reportagem.
Consuelo Gradim, superintendente do Shopping Pátio Paulista (São Paulo, SP)

RESPOSTA DOS JORNALISTAS EVANDRO SPINELLI E ROGÉRIO PAGNAN - Conforme a planta aprovada na prefeitura, à qual a reportagem da Folha teve acesso, o local onde ficaria o teatro está hoje ocupado por um cinema. A fiscalização da prefeitura, conforme consta da reportagem, não levou sequer a planta aprovada para fazer a fiscalização no Pátio Paulista ou em qualquer outro shopping.

Greves
Brilhante e lúcido o artigo "Não é hora" ("Opinião", ontem), de Antonio Delfim Netto. Finalmente, alguém joga luz sobre as greves no funcionalismo federal. O servidores são duplamente privilegiados: ganham muito acima da média nacional e gozam de estabilidade. Enquanto o sonho de muitos jovens nos países desenvolvidos é empreender, criar o próprio negócio, o sonho do brasileiro é ser funcionário público.
Fabio Lobianco (Rio de Janeiro, RJ)

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