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Infraestrutura
O anúncio do governo de iniciar a concessão de rodovias e ferrovias faz com que fiquemos com um pé atrás ("Prazo é dúvida em pacote de privatização", "Mercado", ontem). Não que o governo tenha tomado a decisão errada, mas, quando o megaempresário Eike Batista chama o programa de "kit felicidade", parece negócio feito de pai para filho.
Eugenio de Araujo Silva (São José dos Campos, SP)

Educação
A respeito do texto "MEC vai propor a fusão de disciplinas do ensino médio" ("Cotidiano", ontem), gostaria que alguém explicasse por que os alunos das escolas particulares se sentam em fileiras, escrevem muito em cadernos, têm livros didáticos ou apostilas e são reprovados quando não alcançam a média necessária. Já os alunos das escolas públicas se sentam em círculos, negam-se a escrever, possuem materiais didáticos do Estado e do governo federal que não conversam entre si e são aprovados. Isso ocorre porque os primeiros serão os patrões e os segundos virarão empregados?
Valéria Castrequini (Ribeirão Preto, SP)

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A má qualidade do nosso ensino reside no desprezo pela meritocracia. Em todas as atividades da sociedade, os mais competentes são os mais bem-sucedidos -e assim tem de ser no ensino. Não resolveremos o problema simplesmente suspendendo os exames de fim de ano para diminuir a desistência, nem retirando do currículo escolar algumas matérias, nem, finalmente, reservando cotas nas universidades.
Ulisses Clemente Vázquez (São Bernardo do Campo, SP)

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É sempre instigante ler as análises de Rogério Cezar de Cerqueira Leite ("A greve universitária e o princípio do prazer", Tendências/Debates, ontem). Todavia proponho a esse notório pensador que experimente mudar diametralmente seu ponto de vista, até como exercício de lógica.
Em vez de considerar os professores como a criança birrenta e o governo como o pai austero, ele deveria considerar que, na verdade, têm sido os governantes das várias siglas a irascível "criança" que fica testando à exaustão os limites de seus "pais" (nós, a população).
Eduardo Salamuni, professor da Universidade Federal do Paraná (Curitiba, PR)

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O artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite não apresenta dados concretos para sustentar a afirmação de que a proposta do governo "oferece salários competitivos, equivalentes, talvez até superiores, àqueles típicos de universidades europeias".
Os salários oferecidos estão bem abaixo dos pagos nas empresas privadas, em cargos de qualificação equivalente.
Esta é a razão pela qual está ficando cada vez mais difícil atrair candidatos para concursos de professor federal.
Quanto a comparações internacionais, estas devem ser feitas em termos relativos, entre diferentes categorias. Duvido que, na hierarquia salarial do setor público, a colocação dos professores europeus seja tão baixa quando a dos brasileiros.
José Maria Alves da Silva (Viçosa, MG)

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Sob o título "Jamaica ou Finlândia?" ("Opinião", ontem), Rogério Gentile cometeu equívocos que merecem destaque. O desempenho brasileiro na Olimpíada, para o patamar de subdesenvolvidos, pode ser considerado apreciável, pois, apesar de tudo, o Brasil ficou na frente de países como o Canadá, a Argentina, o México, a Dinamarca, a Suécia e a Venezuela.
Sobre o ensino, recuperá-lo, sem dúvida, é questão de vida para um país em que 38% dos jovens de nível universitário são analfabetos funcionais. Melhorando o ensino, no seu amplo aspecto, teríamos com certeza maiores celeiros de talentos -não só na física, no direito, na medicina e na engenharia como também nas práticas esportivas.
Júlio César Santos Jr. (Guaratinguetá, SP)

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Foi perfeita a abordagem de Rogério Gentile no texto "Jamaica ou Finlândia?". Devemos nos perguntar quais são os verdadeiros efeitos positivos que conquistas esportivas efêmeras, alcançadas a um custo enorme, podem trazer quando comparadas aos ganhos que podem ser obtidos com a conquista de altos padrões educacionais. Estes, sim, são capazes de elevar um país a uma real posição de destaque em índices que realmente importam.
Jefferson C. Vieira (São Paulo, SP)

Saúde
A respeito da reportagem "Emenda libera governo de licitação para medicamentos" ("Cotidiano", 15/8), o Ministério da Saúde esclarece que o artigo 73 da medida provisória nº 563 não contém proposta de flexibilização da Lei de Licitações. Ao contrário, a dispensa de licitação já era autorizada tendo em vista as especificidades desse modelo de contratação, que leva em conta o preço, o nível de integração do projeto com a indústria local, a velocidade da transferência e a compatibilidade tecnológica com a instituição pública.
A medida provisória aperfeiçoa o mecanismo ao permitir que empresas públicas criadas a partir de 1994 -data fixada na legislação atual por ser o início da vigência da Lei de Licitações- também possam participar desse tipo de parceria. Além disso, ela aprimora o funcionamento desses processos ao deixar claro que este se estende aos produtos resultantes da transferência de tecnologia -é inconsistente o Estado obter a tecnologia para o desenvolvimento de um medicamento e depois não conseguir efetuar a sua compra.
Maria de Fátima Gomes de Lima, chefe da assessoria de comunicação social do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

RESPOSTA DA JORNALISTA CLÁUDIA COLLUCCI - Na emenda proposta não consta que só as empresas públicas continuarão participando do processo. Os demais pontos estavam descritos na reportagem.

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