Índice geral Opinião
Opinião
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Painel do Leitor

A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

-

Oriente Médio
É triste deduzir, a partir dos dois artigos sobre o Oriente Médio ("Oriente Médio, hoje", ontem, e "O futuro do Oriente Médio", 20/8, ambos em Tendências/Debates), que nada mudou em relação há 64 anos. As duas partes demonstram assumir premissas inarredáveis e mutuamente inaceitáveis. Um lado diz que a Palestina está sob dominação estrangeira, enquanto o outro afirma que a Palestina nunca existiu. Vai daí o impasse total, já que o diálogo diáfano entre os litigantes é inviável.
Paulo Taufi Maluf Junior (São Paulo, SP)

-

Perfeito o texto de Salomão Schvartzman e Zevi Ghivelder ("Oriente Médio, hoje"). Levando em consideração todos os males que o governo iraniano infringi a seu próprio povo, Ali Mohaghegh (autor do texto "O futuro do Oriente Médio") não tem outra opção se não inventar histórias para defender o indefensável.
Ariel Krok (São Paulo, SP)

Educação
A professora Cláudia Tessari responde, no artigo "Nas universidades, os anos 1970 acabaram" (Tendências/Debates, ontem), às minhas críticas à resistência dos grevistas das universidades federais a aceitar a proposta do governo.
Os valores a seguir compõem um entre muitos levantamentos feitos por empresas especializadas em mercado de trabalho para engenheiros no Estado de SP. Segundo essa pesquisa, um engenheiro júnior ganha entre R$ 5.100 e R$ 6.500, um pleno recebe entre R$ 6.700 e R$ 7.500, um sênior, entre R$ 8.400 e R$ 9.500, e especialistas, entre R$ 10.000 e R$ 11.000.
Já a proposta para as universidades é de pouco mais de R$ 5.000 a R$ 17.057. Não me parece, pois, que o setor privado esteja oferecendo melhores salários que a universidade federal.
A professora Tessari, como economista, deveria entender que muito provavelmente a escassez de candidatos às vagas de universidade se deve à grande e abrupta expansão delas. Outro fator talvez seja consequência dos salários iniciais exorbitantes em outros setores do funcionalismo. Basta dizer que existem hoje 10 milhões de candidatos inscritos em cursos de preparação para concurso público no Brasil. Ah, como é gostoso ser funcionário público!
Rogério Cezar de Cerqueira Leite, professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Editorial da Folha (Campinas, SP)

-

Muito oportuno o artigo "Reforma curricular", de Hélio Schwartsman ("Opinião", ontem). O saber é uno e indivisível, lembrando que Ortega y Gasset escreveu que "o especialista é aquele que entende sempre cada vez mais sobre cada vez menos".
Nélson José Feroldi (Buritama, SP)

-

Em relação ao editorial "A virtude da escassez" ("Opinião", ontem), afirmo que o que sustenta uma greve dos professores de mais de 50 universidades federais por três meses é a indignação com as péssimas condições de trabalho decorrentes de uma expansão desordenada, de uma carreira desestruturada e de um salário que não valoriza as atividades de ensino, pesquisa e extensão exercidas por esses profissionais. Acrescente-se a isso o desrespeito de um governo que ignora as possibilidades de negociação.
Anna Karina Castanheira Bartolomeu (Belo Horizonte, MG)

Eleição
Por lealdade aos leitores e correção, a Folha tem o dever de informar que seu colunista Vladimir Safatle é coautor do texto que o PT está divulgando como "plano de governo". O referido colunista, em atitude incompatível com a ética jornalística, escondeu esse fato dos leitores, ao publicar coluna intitulada "Sem planos" ("Opinião", 21/8). Usou o espaço do jornal para exaltar o partido a que se ligou, afirmando que o PT é "um dos únicos a apresentar um verdadeiro programa de remodelagem da estrutura urbana de São Paulo".
Descontado o sentido piadista e folclórico da afirmação, tem-se que o funcionário da Folha usa a Folha para elogiar um conjunto de ideias mirabolantes de que é coautor. Safatle externa irritação também com o baixo impacto obtido pelo folheto eleitoral que ajudou a escrever. Falta humildade ao propagandista para considerar a hipótese de que o silêncio obsequioso em torno do texto revele apenas a mediocridade das linhas que ajudou a perpetrar.
Fábio Portela, assessor da campanha do PSDB (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO COLUNISTA VLADIMIR SAFATLE - Não sou ligado ao PT, não tenho e nunca tive filiação partidária. Ajudei, sim, a elaborar algumas propostas para a área de cultura, como vários outros intelectuais. Mas não vejo qual a contradição ética que me impediria de afirmar que há ausência de debate de ideias na campanha paulistana.

-

Conforme informado à reportagem da Folha na última sexta-feira, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, não vai tirar férias por todo o mês de setembro, como sugere a nota "Corpo e alma" (Painel, "Poder", 18/8).
Ronald Freitas, assessor de comunicação social do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Brasília, DF)

RESPOSTA DA EDITORA VERA MAGALHÃES - Diferentemente do que diz o signatário, a nota não diz que o ministro ficará de férias o mês todo, apenas que tirará um período em setembro para atuar na campanha em Belo Horizonte.

Pondé
Contrariando a opinião do leitor Arthur Oliveira Bueno (Painel do Leitor, ontem), creio que o artigo de Pondé ("Basta", "Ilustrada", 20/8) foi corajoso e sábio. Textos assim nos "lavam a alma" ao explicitar a hipocrisia fascista de ações de governos e tecnocratas em nome da "justiça social".
Márcia Nascimento (São Paulo, SP)

-

LEIA MAIS CARTAS NA INTERNET - www.folha.com.br/paineldoleitor
SERVIÇOS DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE: saa@grupofolha.com.br 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11/3224-3090
OMBUDSMAN: ombudsman@uol.com.br 0800-015-9000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.