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Painel do Leitor

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Herzog
Esta foi uma semana de muito significado para todos, especialmente para nós, da família, com a decisão da retificação do atestado de óbito do meu pai.
O editorial "Em memória de Herzog" ("Opinião", ontem) iniciou-se de forma lúcida e em acordo com o nosso pensamento. Porém, ao criticar o fato de que a Comissão da Verdade esteja analisando somente os crimes do Estado contra os cidadãos, a Folha comete um erro inaceitável.
Nosso país, por meio dos casuísmos políticos, tem uma Lei da Anistia única no mundo, que vale para os dois lados. Isso não é um mérito para o Brasil, mas, sim, um demérito. Como o próprio editorial disse, não se pode comparar os atos de tortura e assassinato praticados pelo Estado com as ações de grupos que lutavam por uma ideologia.
A Comissão da Verdade irá investigar os crimes do Estado contra seus cidadãos. Esse caráter unilateral é uma exceção ao casuísmo. E, mais do que isso, uma exigência de nós, familiares de vítimas do Estado autoritário e de exceção. Tal posicionamento só faz com que a Comissão da Verdade se pareça àquelas já instauradas em outros países. Diferentemente da Lei da Anistia, a Comissão da Verdade não será uma aberração ao seu sentido de ser.
Ivo Herzog, diretor do Instituto Vladimir Herzog (São Paulo, SP)

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O comentário do professor da Unicamp Pedro Paulo A. Funari (Painel do Leitor, ontem) vem, em parte, completo de razão. É importante saber em que circunstâncias se deu a morte do jornalista Vladimir Herzog. Tortura que leva à morte é, sem dúvida, um meio extremamente cruel. Não nos esqueçamos, contudo, de tantos outros atos de barbárie cometidos pelos que não serão investigados pela Comissão da Verdade.
Antonio Carlos Nobiling Schnitzlein (São Paulo, SP)

Muçulmanos na Europa
O texto "A morte da Europa que amo", de Janer Cristaldo (Tendências/Debates, ontem), é muito bom! Melhor para os que já estão usando um véu e não enxergam a realidade descrita.
Uri Blankfeld (São Paulo, SP)

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Enquanto a presidenta Dilma Rousseff, na ONU, defendeu o diálogo e criticou a islamofobia, a Folha apresentou as percepções de Janer Cristaldo sobre os muçulmanos sem fazer o contraponto com outras posições, mais equilibradas e multiculturais, que fugissem aos estereótipos e às generalizações e criticassem ações absurdas motivadas pelo fundamentalismo cristão.
A seção chama-se Tendências/Debates, no plural, o que pressupõe conflito respeitoso de ideias e valores diferentes.
Madza Ednir (São Paulo, SP)

Eleições
Aqueles que não querem responder sem rodeios a certas críticas procuram desqualificar quem as enuncia. Foi assim que Fábio Portela (Painel do Leitor, ontem) procedeu diante das críticas que fiz à campanha de seu candidato ao afirmar que eu pretensamente trabalharia para a campanha de Fernando Haddad.
Ao leitor, lembro que nunca tive relações formais de trabalho com campanha alguma, pois não penso a soldo. Auxiliei, com dezenas de outros intelectuais, na formulação do programa de Haddad para a cultura antes do início da campanha. Os leitores, porém, sabem que minhas relações de simpatia ideológica e apoio nunca me impediram de criticar duramente decisões do governo federal, a falência do sistema partidário brasileiro e o lulismo.
Já os leitores que, como Marcelo Cioti (Painel do Leitor, ontem), cobram uma posição minha a respeito da aliança entre o PT e Paulo Maluf podem se reportar ao texto "Com dois encontros, Casa Folha tem tarde politizada" ("Cotidiano", 7/7), sobre palestra que ministrei na Flip, onde expus claramente minha rejeição a tal acontecimento deplorável.
Vladimir Safatle, colunista da Folha (São Paulo, SP)

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No seu artigo "Falsa intimidade" ("Opinião", 25/9), Safatle desvendou a hipocrisia e o cinismo que existem na promíscua relação entre a chamada "grande imprensa" e os tucanos. Há um sistema de proteção que poucos articulistas e poucas publicações independentes ousam denunciar. É muito bom que a realidade seja mostrada quando tantos procuram escondê-la.
Nicola Granato (Santos, SP)

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É lamentável a propaganda televisiva do TSE enaltecendo os recursos tecnológicos das urnas eletrônicas, enquanto permite que candidatos usem pseudônimos esdrúxulos, escondendo sua identidade. Uma verdadeira pantomima!
Abdias Ferreira Filho (São Paulo, SP)

Governo Dilma
O governo da presidente Dilma Rousseff segue a trilha desenhada pelo seu antecessor. Enquanto a indigitada Comissão da Verdade se desvia dos princípios preestabelecidos na lei que a criou e, sobretudo, do que fora acordado em relação às investigações sobre a esquerda armada, a Comissão de Ética da Presidência segue sob pressão do Planalto para amenizar decisões sobre ações nebulosas de ministros petistas. Dois pesos e duas medidas. O ex-ministro Sepúlveda Pertence, que presidia a Comissão de Ética, é um dos poucos homens públicos probos deste país. Certamente sentindo-se desprestigiado e desrespeitado, renunciou. E com razão.
João Carlos Gonçalves Pereira (Lins, SP)

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