Painel do Leitor

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Mensalão
Ao acompanhar o julgamento da ação penal 470, acredito que os brasileiros estamos voltando a ter um pouquinho mais de orgulho de sermos brasileiros. Mesmo assim, ao observarmos como alguns réus estão sendo julgados e até beneficiados, cada vez mais sentimos o quanto ainda é difícil dizer a nossos filhos: "Vale a pena ser honesto no Brasil".
Angelo Hermogenes de Menezes (São Paulo, SP)

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O PT diz preparar um manifesto sobre o mensalão ("Poder", 16/10). Fico feliz que o queira fazer. Espero que tenha a humildade e a lucidez de declarar que houve erro e de pedir desculpas.
Edson José Freire (São Paulo, SP)

Eleições
Nota-se o desespero e o destempero de José Serra pela forma com que tratou jornalistas ao se recusar a responder a perguntas e ao desconversar sobre sua permanência na prefeitura até o fim do mandato, caso seja eleito ("Serra se irrita com perguntas sobre 'kit gay'", "Poder", ontem). É isso o melhor que a oposição tem a oferecer ao país?
Adilson Roberto Gonçalves (Lorena, SP)

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Jamais poderia imaginar que o fim de uma telenovela fosse mais importante do que a presença da presidente da República em um comício ("PT adia comício de Dilma por causa de novela na TV", "Poder", 16/10).
Odomires Mendes de Paula (Uberlândia, MG)

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Sou leitor e assinante da Folha e gostaria de contestar o editorial "Kit evangélico" ("Opinião", 13/10). Não concordo com as suas opiniões críticas, pois, mesmo no pentecostalismo brasileiro, existem enormes diferenças que não se coadunam com os pensamentos e expressões rudes do pastor Silas Malafaia.
Os evangélicos, de uma forma geral, não somos contra o PT pelo que fizeram de bom neste país, mas, sim, contra o "desejo mortal" de alguns, na política brasileira, de querer impor a desmoralização a milhões de brasileiros. O mal de pseudointelectuais de esquerda e de direita, bem como de seus militantes, é achar que os evangélicos somos massa de manobra de pastores. Não! Nossos valores são fundamentados naquilo que aceitamos como verdade plena -a Bíblia.
Valdir do Espírito Santo, ministro evangélico (Passos, MG)

Cotas raciais
Seria mais justo que as cotas fossem reservadas aos pobres. Evitaríamos, assim, o risco de despertar preconceitos que tanto são combatidos.
Leonor de Souza (São Paulo, SP)

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O governo federal está "nivelando por baixo" quando visa a ampliar a participação de negros e pardos em espaços ocupados por brancos. Certeira foi a resposta da Folha em nota publicado no Painel do Leitor de ontem: "A Folha se esforça por aumentar a diversidade social entre seus profissionais, mas rejeita a cor da pele como critério de contratação". Bingo!
Vera Jock Piva (Maringá, PR)

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A política do sistema de cotas raciais trata apenas do efeito, e não da causa, do problema.
Pode, no entanto, estimular de forma positiva a discussão sobre os verdadeiros motivos que levam à exclusão.
O que impede o acesso à universidade não é a cor da pele, e sim a precária formação escolar -o que comprova que o problema é socioeconômico, e não "racial". Afinal, um branco pobre que tenha estudado numa escola pública cujo nível de ensino esteja abaixo do mínimo desejável também terá as mesmas dificuldades que uma pessoa de pele negra. O ideal seria a implementação, nas escolas públicas, de uma política educacional de qualidade para que os menos favorecidos tenham uma boa formação escolar e, assim, consigam concorrer em condições de igualdade na disputa por uma vaga na universidade ou no funcionalismo público.
Luiz Lira (São Paulo, SP)

Viracopos
O que ocorreu no aeroporto de Viracopos, em Campinas, no último fim de semana deve-se única e exclusivamente ao fato de não estar definido de quem é a responsabilidade de tirar o avião da pista em caso de aterragem de emergência ou abortamento de decolagem. É necessário que os principais aeroportos brasileiros se aparelhem para que o mesmo não ocorra durante a Copa do Mundo e a Olimpíada do Rio, o que causaria um transtorno internacional para o Brasil.
Ciro Bondesan dos Santos (Taubaté, SP)

Velhice
O artigo "A bela velhice", de Mirian Goldenberg ("Equilíbrio", 16/10), é para ser recortado e guardado com carinho. Nele, a velhice é tratada sem preconceitos, sem o rótulo de "melhor idade" -algo que considero uma panaceia. Alcançar a idade que alcançamos -tenho 66 anos- é um privilégio. Podemos não só ousar e cantar. Podemos tudo.
Só depende de nós mesmos estabelecermos um projeto de vida que nos motive cada vez mais, encarando e vencendo desafios. Viva a bela velhice!
Gilberto Alves Stabeli (São José dos Campos, SP)

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