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Mensalão -
Discordo do editorial "Para quem precisa". A restrição total da liberdade se inscreve como pena insubstituível para crimes graves, mesmo não violentos. Os momentos emblemáticos de fragilização da impunidade são raros e importantes para um país que se posiciona entre os campeões mundiais de corrupção e violência. Casos exemplares de punição só se completam para a população com criminosos de colarinho-branco indo para prisões, como ocorre nas grandes democracias ocidentais. -
Concordo com o editorial "Para quem precisa". Crimes por fraude ou corrupção -como o do mensalão, por exemplo- não deveriam ter como punição a prisão em regime fechado. Não obstante o caos no sistema prisional brasileiro, a pena para esses crimes deveria ser a devolução integral dos valores desviados acrescidos de correção e multa, deixando os condenados somente com a roupa do corpo e, conforme o caso, ficar impedidos por longos e longos anos de exercerem qualquer cargo público. Cadeia é para os que cometem crimes violentos. Ademais, no Brasil, nos crimes por fraude ou corrupção, os condenados ficam menos de dois meses na prisão, são soltos pelos indefectíveis habeas corpus, não devolvem um centavo ao erário e fica tudo por isso mesmo. -
Os ministros Lewandowski e Dias Toffoli estão numa luta hercúlea para não deixar o STF se transformar em um tribunal de exceção. Muito mais que Joaquim Barbosa, eles têm a sua consciência de juristas. Isso ninguém tira. Mas não estão tendo muito sucesso. O julgamento da ação penal 470 está parecendo o dos nazistas, amparado na teoria pura do direito de Hans Kelsen. -
Diferentemente do que pensa o PT, o povo está acompanhando, sim, o desenrolar do julgamento do mensalão. No caso de o STF apenas condenar e os réus não cumprirem as penas em regime fechado, a opinião pública entenderá que, neste país, alguns são mais iguais que outros perante a lei e que aqui, sim, o crime compensa.
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Telefonia RESPOSTA DO JORNALISTA HELTON SIMÕES GOMES - As informações da Telefônica/Vivo na carta enviada à Folha não contradizem a reportagem. A empresa reafirma que cobra uma quantia adicional do consumidor para que continue navegando quando a franquia de dados se esgota. - Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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