São Paulo, sábado, 01 de janeiro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Cesare Battisti
Creio que Lula errou feio. Marcou gol contra no apagar das luzes. Poderia ter evitado este enorme constrangimento e mancha para sua enorme popularidade. Permitir que o terrorista e assassino confesso Cesare Battisti fique entre nós foi uma decisão infeliz e injustificável. Que fosse entregue ao governo italiano para pagar por seus crimes. A democracia brasileira não ganha nada, nem elogios aos olhos do mundo.
VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF)

 

Quando o terrorista italiano Cesare Battisti refugiou-se no Brasil, o fez por escolha, por saber a ideologia dos governantes em Brasília. O refúgio das malhas da lei em seu país estaria garantido. Battisti foi condenado a prisão perpétua em seu país, depois de julgado pela participação em quatro assassinatos.
Cesare Battisti e os atletas cubanos entregues a Fidel Castro: dois pesos e duas medidas.
JAIR GOMES COELHO (Vassouras, RJ)

Táxi
O ano começa com muitos aumentos de tarifas e preços públicos. Não bastasse o reajuste do ônibus, agora os táxis sobem quase 20% em São Paulo.
Não seria melhor como política pública de gestão e transporte manter um valor menor para massificar o uso de táxis, como acontece em Buenos Aires e em outras cidades que possuem menos circulação de carros?
A política municipal, a continuar dessa forma, vai na contramão e os engarrafamentos, que não são poucos, só aumentarão.
YVETTE KFOURI ABRÃO (São Paulo, SP)

São Silvestre
Tenho 59 anos, sou corredor de rua, anônimo. Não corro para competir, corro apenas pelo prazer de correr, de vencer meus limites.
Em 2009, terminei a São Silvestre com cãibras nas pernas, abraçado a um amigo, mas feliz por ter chegado ao fim da prova.
Recebi minha medalha e voltei para casa com ela pendurada no peito, orgulhoso e campeão, como os outros mais de 20 mil que concluíram a corrida.
A decisão da organização da São Silvestre deste ano de entregar a medalha antes da prova, já com o número e o chip de cada corredor, foi lamentável. Nenhum daqueles anônimos que está ali corre pela medalha. Mas é um prêmio para ser recebido ao término da corrida.
Esse ano não me inscrevi. Ainda bem. E se no próximo ano a medalha for entregue antes da prova, também não vou. A organização que fique com suas medalhas.
TOMAZ DE AQUINO DOS SANTOS (Piracicaba, SP)

Lojas de discos
Herdei de meu pai o gosto pelos discos e pela boa música e lendo a coluna de Ruy Castro de ontem ("Música entre panelas"), lembrei-me da época em que ele ia a São Paulo e, em lojas de disco da avenida São João, comprava uma infinidade de LPs. Quando chegava em casa, os colocava para tocar. Um verdadeiro ritual.
CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

Rombo
Ao tomar conhecimento de que o Palácio do Planalto será "restaurado e modernizado" com gastos suplementares ao enorme valor já despendido em sua reforma ("Painel", Poder, ontem), venho sugerir a mudança da designação Palácio por Casa do Governo. Com isso, ocupantes desse imóvel poderiam não cair na tentação de se considerarem reis ou rainhas e agirem como tais.
PAULO EDUARDO GRIMALDI (Cotia, SP)

Poluição
A Associação Comercial de São Paulo e a Folha talvez ainda não saibam, mas balões de plástico não são biodegradáveis. Há décadas sabemos que um balão solto na atmosfera pode, por exemplo, parar no mar e acabar matando um animal que o engolirá anos mais tarde.
Soltar 60 mil balões para comemorar o quê? Nossa ignorância, e a de um jornal que não noticia isso como um escândalo, como um crime ambiental?
Para a próxima virada, sugiro à ACSP que despeje toneladas de lixo em algum riacho, só para não ficar repetindo o mesmo tipo de barbárie ecológica.
LUCA RISCHBIETER, geógrafo (Curitiba, PR)

Pré-sal
Acho que o presidente Lula merece todo reconhecimento e homenagens do povo brasileiro.
Porém, colocar seu nome em uma reserva petrolífera configura uma bajulação descarada e desnecessária.
ANTONINO JUAREZ BORGES, engenheiro de minas e geofísico (Belo Horizonte, MG)

Salários
Ao publicar o decreto que fixa o mínimo em R$ 540, o governo mais uma vez descumprirá a Constituição Federal. O valor não atende ao expresso no inciso IV do artigo 7º da Carta Magna.
Tal mandamento constitucional prevê que o salário mínimo deve atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família, incluindo alimentação, moradia, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Como sabemos, o salário mínimo mal dá para o primeiro item.
Lamento que a agilidade para aumentá-lo seja diferente da investida no aumento que os próprios parlamentares aplicaram para seus salários.
FAUSTO ALVES (Bento Ribeiro, RJ)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Aécio Neves, senador pelo PSDB-MG (Brasília, DF); Celita Procopio de Carvalho, presidente do Conselho de Curadores da Fundação Armando Alvares Penteado (São Paulo, SP); Gesner Oliveira, presidente da Sabesp (São Paulo, SP); Kees Kruythoff, presidente da Unilever Brasil (São Paulo, SP); Pedro Herz, Livraria Cultura (São Paulo, SP); Ledusha Spinardi (São Paulo, SP); Celso Lafer (São Paulo, SP); Fernando de Arruda Botelho e Rosana Camargo Arruda Botelho (São Paulo, SP); Digital Pages (São Paulo, SP); Parlapatões (São Paulo, SP); Unica -União da Indústria de Cana-de-Açúcar (São Paulo, SP); Tess Advogados (São Paulo, SP); Advocacia Aires Barreto (São Paulo, SP).

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