São Paulo, sexta, 1 de janeiro de 1999

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PAINEL DO LEITOR

Conselho de salvação
"Salvar da falência as indústrias e empresas nacionais como é pretendido pelo Ministério de Desenvolvimento e pelo Conselho Empresarial, apesar de necessário, não significará minimizar a desigualdade social de nosso país, que continua crescendo.
Buscar dar isonomia às empresas nacionais na globalização não será, na mesma proporção, gerar mais e melhores empregos para os brasileiros, assim como o Proer não salvou o emprego de milhares de bancários -nem mesmo as instituições bancárias. Talvez tenha salvo o patrimônio dos banqueiros.
Aconselho a criação de um Conselho de Guerra. Dele deveriam constar personalidades como o professor Aziz Ab'Saber, o físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite, o procurador Luiz Antonio Marrey, entre outros.
Meta: discutir e implantar mecanismos e instrumentos que nos salvem da barbárie. Desejo, ardentemente, que a falta de igualdade de oportunidades, o desemprego, a péssima distribuição de terras e renda, a miséria e a fome não nos acompanhem no próximo milênio."
Lúcia Benito da Silva Ricco (São Paulo, SP)

Umbigo
"Em janeiro de 1995, assumia a Presidência da República o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, prometendo acabar com as desigualdades sociais e dar condições mínimas de vida àqueles que não as tinham.
Passados quatro anos, pode-se perceber a falácia que era aquele discurso de posse. Foi adotada uma política econômica totalmente voltada à especulação e às facilidades dadas aos produtos estrangeiros, que entram no Brasil e destroem nossa indústria. Resultado: quebra de empresas, desemprego, inadimplência, cheques sem fundo etc.
Se o presidente quer mesmo que percamos a "mentalidade colonialista' que mostramos ter, é preciso que ele comece olhando para o próprio umbigo."
Sílvio Diogo Lourenço dos Santos (Uberaba, MG)

Doença de Covas
"Sou assinante de Folha há muitos anos, por isso não posso deixar de mostrar o meu repúdio pelo noticiário sobre a doença do governador Mário Covas. Não chego a compreender, e por conseguinte aceitar, que uma situação tão dramática na vida de qualquer pessoa, seja ela um governador ou um simples trabalhador, possa merecer a série de informações impiedosas, desenhos elucidativos, prognósticos trágicos sobre o futuro. Uma crueldade inadmissível!
Aquele "close' dos olhos marejados de lágrimas do governador foi uma completa falta de respeito à fragilidade de uma pessoa submetida a tão grave cirurgia e enfraquecida por dias de internação hospitalar."
Otavia Pagano (Cravinhos, SP)

Miséria
"É lamentável tomar conhecimento pela Folha de que o número de miseráveis no Brasil já atingiu níveis alarmantes e, ao mesmo tempo, ser informado que o governo continua cortando investimentos na área social. Senhores governantes, ponham a mão na consciência!"
Antonio Sérgio Colleone Piccolo (São Bernardo do Campo, SP)

Precatórios
"Já que o sr. Covas conseguiu reeleger-se, vai aqui a lembrança para ele dar continuidade ao pagamento dos precatórios devidos pelo Estado.
Tinha esperanças de receber os meus no ano que acabou, mas elas se desvaneceram. Como não se sabe como nem quando recebê-los, que tal o sr. governador distribuir à imprensa um calendário de pagamentos?
A falta de pagamento e a omissão de um calendário só servem para acentuar, ainda mais, o fato de que há uma inadimplência declarada no Estado, constituindo verdadeira afronta aos princípios da legalidade e à moralidade administrativa expressos na Constituição."
Celso Bettoni (Atibaia, SP)

Finalidade da tesoura
"Vou dirigir meu carro com mais tranquilidade a partir de 1999. Comprei um estojo com os itens de primeiros socorros exigidos por lei e finalmente vou ter uma tesoura à mão para abrir os pacotes de salgadinhos."
Robson Sant'Anna (São Paulo, SP)

Greve de fome
"Nos lixões espalhados pelo Brasil afora, milhares de brasileiros -jovens e velhos- disputam com os urubus o direito de não morrer de fome e humilhação. Enquanto isso, bandidos internacionais que aqui sequestraram o sr. Abílio Diniz são cercados de todos os cuidados. Dois já retornaram à terra natal, o Canadá, onde milionário sequestrável é o que não falta. Lá, certamente, jamais ousariam tanto.
A impunidade dessas pessoas leva o sequestro de brasileiros à condição de lucrativo e emocionante passatempo."
Odilon Martins Fonseca (Rio de Janeiro, RJ)

Meio ambiente
"Enquanto os EUA, com muitos empregos, cortam e serram sequóias milenares, no Brasil, com desemprego cavalar, os pobres sitiantes não podem aproveitar nem sequer as árvores secas e caídas, pois os tecnoburocratas de altos salários e a fúria ecológica não permitem o aproveitamento, preferem que a madeira apodreça."
José Torres Ribeiro de Lima (São Paulo, SP)

Privatização
"A manchete da Folha da última segunda-feira, "Gasto do Estado cresce apesar da privatização', poderia ser substituída por "Gasto do Estado cresce por causa das privatizações', o que é óbvio, pois se alguém vende as empresas rentáveis de seu patrimônio verá aumentar o déficit...
Já as fotos de Antonio Gaudério sobre o Peru, no caderno Turismo da mesma edição, são magníficas."
Paulo Ramos Derengoski (Lages, SC)

Sindicato
"Em reportagem publicada dia 2/12 (Dinheiro), com o título "Sem apoio, sindicato de bengala fecha e encerra ciclo industrial', o jornalista Frederico Vasconcelos insiste na perseguição ao Sindicato da Indústria de Camisas para Homem e Roupas Brancas do Estado de São Paulo, chamando-o "de gaveta'. Acrescenta ainda que o mesmo está localizado no que chama "o pardieiro do Brás'.
O Sindicato da Indústria de Camisas não é de gaveta. Fundado em 9 de março de 1946, sempre trabalhou com eficiência em benefício dos seus filiados, hoje em número de 200, reduzidos em virtude da enxurrada de camisas asiáticas importadas livremente ao preço de R$ 1, com tecido vagabundo, o que causou a quebradeira na indústria nacional.
"Pardieiro' é um prédio antigo, mas não está em ruínas. A simplicidade do prédio e de suas salas não significa que os seus serviços sejam deficientes. Informamos que o Sindicamisas mudou suas instalações para a avenida Paulista, 1.337, ao lado do imponente prédio da Fiesp."
Paulo Chaves, da assessoria sindical do Sindicato da Indústria de Camisas para Homem e Roupas Brancas do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Boas-festas
A Folha agradece as mensagens de boas-festas que recebeu de: Jandira Feghali, deputada federal pelo PC do B (Brasília, DF); Empresas Brasif; Edson Comin, diretor regional dos Correios (São Paulo, SP); Claudia Farina; Lélis Miranda de Sales, coordenador da Escolinha de Futebol "Rei Pelé" (Caçapava, SP); Eurico Alves (São Paulo, SP); Espaço Cultural AD Video Tech (São Paulo, SP); Apase - Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São Paulo (São Paulo, SP); Lorena Flat (São Paulo, SP); Ivan Carlos Rodrigues, diretor-presidente do Clube Linor de Radioemissão (Caraguatatuba, SP); Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Santos - Apae (Santos, SP); São José Escola Salesiana (Campinas, SP).



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