São Paulo, sábado, 01 de abril de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Petrobras
"A nota "Nomes aos bois" ("Painel", Brasil, 31/3) causou espanto e indignação entre os dirigentes da Petrobras. A nota é equivocada, improcedente e contraditória, assim como o relatório preliminar da CPMI dos Correios. O relator da CPMI não obteve nenhuma comprovação de irregularidade na contratação da GDK para obra na plataforma P-34. Sem prova, não pode pedir indiciamento de nenhum dirigente da Petrobras. Menos ainda do diretor da área de gás e energia, Ildo Sauer, que não tem nenhuma ligação com o assunto. A coluna "Painel" teria evitado esse erro se tivesse checado as informações. Não houve um telefonema da coluna para a Petrobras. Assim como a CPMI não se dignou a convocar nenhum representante da Petrobras. É lamentável constatar que a irresponsabilidade que pontua o relatório preliminar da CPMI dos Correios chega à imprensa sem qualquer constrangimento. Faltou à CPMI, e à coluna, dizer que o documento do TCU em que se baseia o relatório preliminar da CPMI não inclui a defesa da Petrobras e ainda não foi julgado pelo tribunal. Têm sido esses "preliminares" a base para acusações generalizadas, sem preocupação com os prejuízos causados a pessoas e instituições."
Mirian Guaraciaba e Anamaria Rossi, assessoras da presidência da Petrobras (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Vera Magalhães, repórter do "Painel" em Brasília - A nota não entra no mérito dos indiciamentos propostos. Apenas informa que Osmar Serraglio (PMDB-PR) decidiu pelos dois diretores citados. Quanto a isso, não haveria por que ouvir a empresa, já que se trata de prerrogativa do relator da CPI.

Nulas
"A exemplo do que houve no caso da "máfia do apito", quando foram anulados os jogos disputados durante as fraudes, não seria o caso de anular todas as votações de projetos que ocorreram na Câmara durante a vigência do "mensalão'?"
Sueli Caramello Uliano (São Paulo, SP)

Dança ou surra?
"É estranho a imprensa fazer uma tempestade em relação à dança da deputada Guadagnin, já que, no mesmo Congresso, um senador (Arthur Virgílio) que disse que iria surrar o presidente da República é tratado como herói."
Alberto Souza (São Paulo, SP)

Tolo
"Acreditei em José Serra e em suas propostas políticas quando se candidatou à prefeitura da minha cidade. Acreditei que o seu partido, o PSDB, era a melhor opção. Por isso não votei no PFL, no PT ou no PDT. Votei em José Serra e no seu partido certo de que teria um excelente administrador que ficaria na gestão da cidade por quatro anos. Acreditei quando o candidato firmou em cartório o compromisso de permanecer no cargo durante todo o seu mandato. Acreditei também nos seus propósitos democráticos e republicanos de cuidar do bem público acima de interesses pessoais e partidários. Que tolo fui!"
Antônio Panciarelli (São Paulo, SP)

Inocência presumida
"Inaceitável o artigo de Tarso Genro de ontem ("Ensaio para abril", 31/3). Lula e o PT vêm, nos últimos tempos, insistindo em algo que nunca foi prática do partido: a presunção de inocência, ou seja, qualquer pessoa é inocente até prova em contrário. Apesar de toda as evidências, o refrão do presidente e de seu partido passou a ser: "não há provas". Mas isso parece valer apenas para alegações contra o governo Lula e o PT. Em relação a FHC e ao PSDB, continua o denuncismo irresponsável. Para desqualificar a oposição no campo ético, sem nenhuma prova, o senhor Genro assaca a FHC três acusações que, segundo ele, são mais graves que as apresentadas contra o governo Lula. Malandramente, esquece que o PT está no governo há três anos e não produziu nenhuma evidência a respeito dessas acusações. E não dá para usar a desculpa da ineficiência dos órgãos de investigação. Ou será que a PF e o BC só agem contra o pobre do caseiro da "casa de tolerância'? As acusações são levianas e mentirosas. Não há uma conspiração das elites, e sim uma real preocupação com a moral pública. O debate hoje é ético. E a ética de grande parte do PT é mentir."
André Franco Montoro Filho, professor de economia da USP (São Paulo, SP)

Habitação em Manaus
"Sobre a reportagem "Corretor cobra propina em programa do BID" (Cotidiano, 27/3), a Caixa Econômica Federal vem corrigir a informação sobre liberação de recursos por parte desta Caixa no âmbito de financiamento firmado entre o BID e o governo do Amazonas. As obras contempladas no contrato da Caixa com o Estado do Amazonas não fazem parte do financiamento mencionado na reportagem, não tendo, portanto, havido nenhum desembolso de recurso da Caixa. Em novembro de 2005, por solicitação do governo do Amazonas, o contrato de financiamento firmado com a Caixa foi objeto de alteração, com aumento de metas físicas, autorizada pelo Ministério das Cidades, que substituiu os três igarapés da bacia Educandos em função de as obras previstas originalmente já estarem sendo executadas no contrato do governo estadual com o BID. Com a reprogramação do contrato, o financiamento junto à Caixa, cujo objeto é a ampliação do sistema de drenagem urbana de Manaus, no valor de financiamento de R$ 100 milhões e contrapartida de R$ 25 milhões, contempla intervenções que se concentram na bacia do São Raimundo, com recuperação dos igarapés Sapolândia, Treze de Maio, Bombeamento e Franco, e no igarapé Cachoeirinha, da bacia do Quarenta (o contrato citado no texto refere-se aos igarapés Manaus, Betencourt e Mestre Chico, pertencentes à bacia hidrográfica do Educandos)."
Rogério de Paula Tavares, superintendente nacional de Saneamento e Infra-estrutura da CEF (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Kátia Brasil - A Superintendência Estadual de Habitação e Assuntos Fundiários, do governo do Amazonas, reafirmou que o dinheiro da CEF está sendo aplicado no projeto Prosamim (Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus). Sobre o valor do contrato com a Caixa, leia abaixo a seção "Erramos".


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