São Paulo, quinta-feira, 01 de abril de 2010

Texto Anterior | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Educação
"O editorial da Folha "Duas colunas" erra ao embarcar na mentira da Apeoesp de que teria havido apenas 5% de aumento aos professores desde 2005. Bastaria o editorialista ter lido a própria Folha de 31/3 ("Política de bônus para professores divide pesquisadores') para verificar que houve, em 2005, aumento linear de 15% e, em 2008, outro aumento de 5%, além de gratificações concedidas e incorporadas nesse período. Considerando todos os reajustes nas tabelas e as gratificações concedidas desde 2005, os professores em atividade tiveram sua remuneração aumentada em 36%, no caso de educadores da primeira à quinta séries, e 38,2%, no caso de mestres da sexta à nona séries e no ensino médio. A última gratificação a ser incorporada à escala de vencimentos, a GAM, é objeto de projeto de lei que já tramita na Assembleia Legislativa. Não há justificativa para a reivindicação de 34% de aumento linear para os professores, medida que custaria nada menos do que R$ 3,5 bilhões, o que desorganizaria as finanças da educação e até mesmo do conjunto do governo do Estado. A folha de pagamentos da Secretaria de Educação cresceu, entre 2005 e 2009, de R$ 7,8 bilhões para R$ 10,4 bilhões, um crescimento de 33%. As políticas adotadas privilegiaram o mérito e os resultados obtidos nas salas de aula e contribuíram decisivamente para melhorar os indicadores da educação de São Paulo, com o Idesp geral (Índice de Desenvolvimento da Educação) melhorando 9,4% em 2009 em relação a 2008. A remuneração inicial de um professor com jornada de 40 horas de trabalho é R$ 1.835,00, o que coloca São Paulo com um dos maiores vencimentos do país, podendo chegar a R$ 6.270,00 ao final da carreira, com o aproveitamento das promoções oferecidas pelo Programa de Valorização pelo Mérito.
O editorial da Folha, infelizmente, é incapaz de perceber que a reivindicação salarial do sindicato é apenas uma cortina de fumaça para esconder sua verdadeira agenda, além de influenciar o quadro político e eleitoral: destruir as políticas baseadas na meritocracia, que já melhoram a educação do Estado, como o Programa de Valorização pelo Mérito, que acaba de dar 25% de aumento para 44.500 professores; a lei que acabou com a possibilidade de faltar dia sim, dia não; e a criação da Escola Paulista de Professores, com a abertura de concurso para dez mil novas vagas. O governo do Estado não vai recuar nessas políticas que estão melhorando a educação de São Paulo."
ROGER FERREIRA, assessor da Secretaria de Estado da Educação (São Paulo, SP)

Nota da Redação - O fato de ter sido concedido aumento linear de 15% em 2005 não torna menos verdadeira a afirmação de que, a partir de então, o reajuste foi de apenas 5%. A Folha, que aprova as políticas de redução do absenteísmo e de gratificações pelo mérito empreendidas pelo governo estadual, dispensa os esclarecimentos do assessor quanto ao caráter político da greve, evidência que o editorial de ontem mais uma vez assinalou.
q Greve
"Está claríssimo que a greve da Apeoesp é puramente política. O ponto dos professores que não querem ensinar deve ser cortado. Nossas crianças não podem ficar à mercê de professores que são ótimos agentes do PT e maus professores."
FELIPE AQUINO (Lorena, SP)

 

"Não sou professor do Estado, nunca estudei em escola pública e reconheço que deve ser difícil entender a reivindicação dos professores para aqueles que, assim como eu, desconhecem os problemas desses profissionais. Mas, se eles, como reconhece a Folha, tiveram um reajuste de 5% em 2008 e a inflação dos últimos cinco anos foi de 22%, então o Estado deve a essa categoria uma reposição de 17%, só para compensar a inflação. Isso não configura aumento de salário. Portanto, minha avaliação é de que os professores estão cobertos de razão."
KITO FERNANDES (São Paulo, SP)

Narcotráfico
"Preocupante a proposta de criar uma base multinacional no Rio "para combater o narcotráfico e o terrorismo". Não aceitamos esse tipo de monitoramento externo, pois a infiltração dos "ianques" na Colômbia começou com o mesmo pretexto. Já vimos esse filme várias vezes no tempo da Operação Condor. Se a ideia pegar, primeiro virão os agentes, depois os dólares e por fim os "marines". O pré-sal que se cuide!"
ARSONVAL MAZZUCCO MUNIZ (São Paulo, SP)

Rio Pinheiros
"Em relação à reportagem "SP falha em teste para limpar o rio Pinheiros" (Cotidiano, 29/3), a Secretaria de Saneamento e Energia esclarece que a realização de testes não pode ser considerada falha, pois estes produziram resultados confiáveis que permitem a avaliação do objeto testado e o estudo de medidas para seu aperfeiçoamento.
Os testes tiveram o objetivo principal de subsidiar os projetos em curso e os estudos de impacto ambiental, e não o de aprovar ou desaprovar o protótipo. Quanto ao nitrogênio amoniacal, o resultado atingido (em torno de 20 mg/l) corresponde ao padrão exigido em resolução do Conama (357). Sobre a disposição final de lodo gerado, é prevista a distribuição de parte para tratamento junto à ETE Barueri, da Sabesp, e parte para novas instalações em terreno ao lado da mesma ETE. Sobre os custos dos testes, é preciso deixar claro que foram cobertos pela receita obtida com a energia adicional gerada na usina Henry Borden, sem ônus ao Tesouro do Estado. O futuro sistema de tratamento no rio Pinheiros, com base nos projetos revistos a partir dos testes realizados, trará benefícios em relação às condições da qualidade da água, possibilitando seu uso para abastecimento, além de aproveitamento dos recursos hídricos para geração de energia."
ALOÍSIO PONTES, assessoria de Imprensa da Secretaria de Saneamento e Energia (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Ricardo Gallo - Se os testes da flotação tivessem sido bem-sucedidos na limpeza da poluição no rio Pinheiros, o Ministério Público Estadual teria aprovado a implantação do sistema, o que não ocorreu -tanto que o governo do Estado terá, agora, que fazer novos testes e depois submetê-lo novamente à Promotoria se quiser implementar o projeto.

Emagrecedor
"A respeito da matéria "Até médico do tráfego receita emagrecedor" (Cotidiano, 31/3), a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) gostaria de esclarecer aos leitores os seguintes pontos: A faculdade de prescrever tratamentos medicamentosos é parte integrante do ato médico. O médico de tráfego, antes da especialização, é graduado em medicina. A medicina de tráfego é uma especialidade médica que faz interface com praticamente todas as especialidades médicas. É comum encontrarmos médicos, devidamente capacitados, atuando em duas especialidades distintas. A obesidade é uma das preocupações da medicina de tráfego devido à sua relação com acidentes de trânsito, sobretudo quando associada a distúrbios do sono. Por isso é objeto de estudos constantes da classe médica especializada.
Em função do exposto, a Abramet visa deixar claro que não há razão para qualquer estranhamento quanto à capacidade de um especialista em medicina de tráfego indicar o que entende ser o melhor tratamento e/ou medicação aos seus pacientes; que o posicionamento entre os dez maiores prescritores de sibutramina seguramente não é originada pelo exercício desta especialidade; e que os erros e abusos serão avaliados pelos Conselhos Regionais de Medicina."
MAURO RIBEIRO, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (São Paulo, SP)

Cinema
"Brilhantemente, com poucas palavras, o colunista Luiz Felipe Pondé (Ilustrada, 29/3) definiu aquilo que sempre foi o cinema brasileiro: "Nordeste, fome, miséria, ditaduras e favela". E é só! Não é à toa que estamos bem aquém da Argentina nessa área."
CONRADO DE PAULO (Bragança Paulista, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman



Texto Anterior: Jorge Werthein: O exemplo espanhol

Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.