São Paulo, segunda-feira, 01 de junho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Terceiro mandato
"Completamente fora de propósito a pesquisa do Datafolha sobre o terceiro mandato de Lula. Isso só serve para estimular as tentações golpistas dos áulicos de plantão.
Se o próprio editorial da Folha disse que o terceiro mandato é assunto encerrado, por que fazer uma pesquisa a respeito do tema?"
JORGE ALBERTO DE OLIVEIRA MARUM (Sorocaba, SP)

"A última pesquisa do Datafolha aponta alguns dados interessantes -como a possibilidade de um terceiro mandato para o atual presidente, que é motivo de comentários desairosos por parte de seus adversários. Mas, em termos de opinião pública, mesmo não sendo candidato, Lula divide opiniões.
Outro dado a ser considerado é a diminuição da diferença entre Dilma Rousseff e José Serra. É de imaginar que a divulgação da pesquisa tenha tirado a tranquilidade domingueira de muita gente."
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

"Se estivéssemos no parlamentarismo, seria justo o primeiro-ministro permanecer no cargo enquanto seu partido ou coalizão fosse maioria. Mas, no presidencialismo puro, como o adotado (infelizmente) no Brasil, o terceiro mandato surge como um golpe.
Não que o terceiro mandato não seja legítimo, mas só se já houvesse legislação que o permitisse.
No momento em que Lula antecipa as eleições de 2010 e apresenta a ministra Dilma Rousseff como candidata, a perspectiva de um terceiro mandato soa como golpe descarado. No presidencialismo puro, a competição eleitoral é a essência da vida democrática.
FHC aprovou a reeleição para si: foi um grande erro de sua parte. Não podemos aceitar outro erro."
FRANCISCO C. TAVARES (Mogi das Cruzes, SP)

"Em que pese a alta popularidade do presidente Lula e a aprovação ao seu governo -e na condição de seu fiel eleitor-, incluo-me entre os 49% de brasileiros que rejeitam a proposta de terceiro mandato.
O Brasil vive um momento único no que diz respeito à consolidação da democracia, que prevê, também, a alternância de poder.
O presidente Lula, de formação republicana e estadista como é, não entrará nesse jogo."
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

Propaganda "Na edição de ontem, a Folha divulgou a pulverização da propaganda oficial do governo Lula em todo o território nacional. Mas ele não está só.
Na última semana, assisti, em Porto Alegre, entre incrédulo e revoltado, à divulgação da mesma publicidade de Serra que invade a mídia paulista: "O governo de São Paulo trabalhando para você"."
ANTONIO CARLOS GUEDES CHAVES (Campinas, SP)

Copa "Ontem, ao ver a repercussão da escolha das cidades sedes da Copa-2014, tive a certeza de que até lá, pelo menos nessas cidades, não haverá nenhuma criança fora da escola e nenhum ser humano vivendo abaixo da linha de pobreza.
Só pode ser por isso a comemoração, já que o dinheiro que vai ser gasto para receber a Copa nessas cidades poderia ser usado para melhorar a vida dos brasileiros. Acho que domingo acordei num país sem problemas sociais."
FÁBIA REGINA WANDERLEY (São Paulo, SP)

Educação
"Gostaria de parabenizar o senhor Emílio Odebrecht, porque, assim como Antônio Ermírio de Moraes, sempre coloca a educação como prioridade em qualquer agenda estratégica que se desenhe para o futuro do país ("Uma agenda estratégica", Opinião, ontem). A educação é o caminho, a educação é a solução. Um país não avança com um povo sem educação formal e de qualidade.
Que um dia tenhamos políticos com esses ideais e pensamentos."
LUIZ CARLOS DA FONSECA (São José dos Campos, SP)

Merenda
"Na reportagem "Ação judicial revela lobby contra a merenda" (Cotidiano, 30/5), causou-nos surpresa a conclusão de que há um "lobby" contra a merenda escolar em São Paulo. É um título infeliz, não condizente com as palavras de nenhuma autoridade ou fonte ouvida. A reportagem trata de uma ação trabalhista, e não criminal. Essa pretensa ação trabalhista foi movida por um advogado que, por 18 meses, denunciou supostas irregularidades e ilegalidades na escolha do modelo de terceirização do fornecimento da merenda escolar.
E o menos compreensível é esta Folha ter publicado uma reportagem contrariando o foco da abordagem que vinha mantendo sobre esse assunto desde 2007, que mostrava indícios de irregularidades no sistema terceirizado (atual) e desperdício de verba pública.
Estudos da Fipe demonstraram que o modelo terceirizado praticamente dobra os custos das prefeituras com a compra da alimentação. Esse estudo, contratado pela própria Prefeitura de São Paulo, comprovou que a opção pela terceirização em detrimento da autogestão (modelo utilizado por mais de 50 anos em São Paulo) desperdiça cerca de R$ 200 milhões por ano só na capital paulista.
E não vislumbramos nenhuma espécie de crime em contratar os serviços de um advogado especializado em direito administrativo, como fora feito com o senhor Sidney Queiroz, para analisar editais de licitações públicas. O Ministério Público Estadual vem desenvolvendo investigação sobre as empresas que fornecem a merenda escolar terceirizada na capital e em 32 cidades do do Estado.
E não sabemos como o jornalista teve acesso à pretensa ação trabalhista, pois ela foi retirada para vistas no último dia 8 por seu autor, o advogado Sidney Queiroz, e não fora devolvida até o dia 30. Nós ainda não conhecemos o seu conteúdo."
MARCOS FERREIRA, diretor da AIM (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Rubens Valente - O advogado denunciou "supostas ilegalidades", por 18 meses, justamente porque foi orientado e pago pelo missivista, como demonstram vários e-mails e transações bancárias revelados pelo advogado. A carta confirma o contrato. É compreensível que o missivista queira que a Folha "não contrarie o foco" das denúncias.

Educação a distância
"Em carta publicada ontem, o professor Jair Pinheiro, do nosso campus de Marília, desconsidera não só que o curso de pedagogia a distância da Unesp terá 40% de carga horária no ensino presencial e será oferecido exclusivamente para professores que já atuam na rede pública mas também que a iniciativa atende a reivindicações de diversos municípios do Estado. Trata-se de uma ação voltada para a formação continuada de educadores -aprovada pelos órgãos colegiados superiores da universidade- que nada tem a ver com as motivações equivocadamente pressupostas pelo missivista."
KLAUS SCHLÜNZEN JÚNIOR, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Unesp (São Paulo, SP)

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