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Terceiro mandato
"Completamente fora de propósito a pesquisa do Datafolha sobre o
terceiro mandato de Lula. Isso só
serve para estimular as tentações
golpistas dos áulicos de plantão.
Se o próprio editorial da Folha
disse que o terceiro mandato é assunto encerrado, por que fazer uma
pesquisa a respeito do tema?"
JORGE ALBERTO DE OLIVEIRA MARUM
(Sorocaba, SP)
"A última pesquisa do Datafolha
aponta alguns dados interessantes
-como a possibilidade de um terceiro mandato para o atual presidente, que é motivo de comentários
desairosos por parte de seus adversários. Mas, em termos de opinião
pública, mesmo não sendo candidato, Lula divide opiniões.
Outro dado a ser considerado é a
diminuição da diferença entre Dilma Rousseff e José Serra. É de imaginar que a divulgação da pesquisa
tenha tirado a tranquilidade domingueira de muita gente."
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)
"Se estivéssemos no parlamentarismo, seria justo o primeiro-ministro permanecer no cargo enquanto
seu partido ou coalizão fosse maioria. Mas, no presidencialismo puro,
como o adotado (infelizmente) no
Brasil, o terceiro mandato surge como um golpe.
Não que o terceiro mandato não
seja legítimo, mas só se já houvesse
legislação que o permitisse.
No momento em que Lula antecipa as eleições de 2010 e apresenta a
ministra Dilma Rousseff como candidata, a perspectiva de um terceiro
mandato soa como golpe descarado. No presidencialismo puro, a
competição eleitoral é a essência da
vida democrática.
FHC aprovou a reeleição para si:
foi um grande erro de sua parte.
Não podemos aceitar outro erro."
FRANCISCO C. TAVARES (Mogi das Cruzes, SP)
"Em que pese a alta popularidade
do presidente Lula e a aprovação ao
seu governo -e na condição de seu
fiel eleitor-, incluo-me entre os
49% de brasileiros que rejeitam a
proposta de terceiro mandato.
O Brasil vive um momento único
no que diz respeito à consolidação
da democracia, que prevê, também,
a alternância de poder.
O presidente Lula, de formação
republicana e estadista como é, não
entrará nesse jogo."
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)
Propaganda
"Na edição de ontem, a Folha
divulgou a pulverização da propaganda oficial do governo Lula em
todo o território nacional. Mas ele
não está só.
Na última semana, assisti, em
Porto Alegre, entre incrédulo e revoltado, à divulgação da mesma publicidade de Serra que invade a mídia paulista: "O governo de São Paulo trabalhando para você"."
ANTONIO CARLOS GUEDES CHAVES (Campinas, SP)
Copa
"Ontem, ao ver a repercussão da
escolha das cidades sedes da Copa-2014, tive a certeza de que até lá, pelo menos nessas cidades, não haverá nenhuma criança fora da escola e
nenhum ser humano vivendo abaixo da linha de pobreza.
Só pode ser por isso a comemoração, já que o dinheiro que vai ser
gasto para receber a Copa nessas cidades poderia ser usado para melhorar a vida dos brasileiros.
Acho que domingo acordei num
país sem problemas sociais."
FÁBIA REGINA WANDERLEY (São Paulo, SP)
Educação
"Gostaria de parabenizar o senhor Emílio Odebrecht, porque, assim como Antônio Ermírio de Moraes, sempre coloca a educação como prioridade em qualquer agenda
estratégica que se desenhe para o
futuro do país ("Uma agenda estratégica", Opinião, ontem).
A educação é o caminho, a educação é a solução. Um país não avança
com um povo sem educação formal
e de qualidade.
Que um dia tenhamos políticos
com esses ideais e pensamentos."
LUIZ CARLOS DA FONSECA
(São José dos Campos, SP)
Merenda
"Na reportagem "Ação judicial revela lobby contra a merenda" (Cotidiano, 30/5), causou-nos surpresa
a conclusão de que há um "lobby"
contra a merenda escolar em São
Paulo. É um título infeliz, não condizente com as palavras de nenhuma autoridade ou fonte ouvida.
A reportagem trata de uma ação
trabalhista, e não criminal. Essa
pretensa ação trabalhista foi movida por um advogado que, por 18 meses, denunciou supostas irregularidades e ilegalidades na escolha do
modelo de terceirização do fornecimento da merenda escolar.
E o menos compreensível é esta
Folha ter publicado uma reportagem contrariando o foco da abordagem que vinha mantendo sobre esse assunto desde 2007, que mostrava indícios de irregularidades no
sistema terceirizado (atual) e desperdício de verba pública.
Estudos da Fipe demonstraram
que o modelo terceirizado praticamente dobra os custos das prefeituras com a compra da alimentação.
Esse estudo, contratado pela própria Prefeitura de São Paulo, comprovou que a opção pela terceirização em detrimento da autogestão
(modelo utilizado por mais de 50
anos em São Paulo) desperdiça cerca de R$ 200 milhões por ano só na
capital paulista.
E não vislumbramos nenhuma
espécie de crime em contratar os
serviços de um advogado especializado em direito administrativo, como fora feito com o senhor Sidney
Queiroz, para analisar editais de licitações públicas.
O Ministério Público Estadual
vem desenvolvendo investigação
sobre as empresas que fornecem a
merenda escolar terceirizada na capital e em 32 cidades do do Estado.
E não sabemos como o jornalista
teve acesso à pretensa ação trabalhista, pois ela foi retirada para vistas no último dia 8 por seu autor, o
advogado Sidney Queiroz, e não fora devolvida até o dia 30. Nós ainda
não conhecemos o seu conteúdo."
MARCOS FERREIRA, diretor da AIM (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Rubens
Valente - O advogado denunciou
"supostas ilegalidades", por 18
meses, justamente porque foi
orientado e pago pelo missivista, como demonstram vários e-mails e transações bancárias revelados pelo advogado. A carta
confirma o contrato. É compreensível que o missivista
queira que a Folha "não contrarie o foco" das denúncias.
Educação a distância
"Em carta publicada ontem, o
professor Jair Pinheiro, do nosso
campus de Marília, desconsidera
não só que o curso de pedagogia a
distância da Unesp terá 40% de carga horária no ensino presencial e
será oferecido exclusivamente para
professores que já atuam na rede
pública mas também que a iniciativa atende a reivindicações de diversos municípios do Estado.
Trata-se de uma ação voltada para a formação continuada de educadores -aprovada pelos órgãos colegiados superiores da universidade- que nada tem a ver com as motivações equivocadamente pressupostas pelo missivista."
KLAUS SCHLÜNZEN JÚNIOR, coordenador do Núcleo
de Educação a Distância da Unesp
(São Paulo, SP)
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