São Paulo, terça-feira, 01 de setembro de 2009

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USP
"A USP merece parabéns por ter conquistado o 38º lugar no ranking Web of World Universities, que classifica as 6.000 universidades com melhor desempenho global, além da qualidade dos estudantes e docentes ("USP é classificada a 38ª melhor universidade do mundo em ranking", Folha Online, ontem).
Mas fico incomodado com a atenção que os jornais vêm dando ao assunto. É ficar feliz com muito pouco. O Brasil é um país com mais de 190 milhões de habitantes, e não ouso calcular o número de universidades que aqui existem, contando públicas e particulares. É vergonhoso que a USP lidere isolada como universidade brasileira, nesse e em qualquer outro ranking. Unicamp e UFRJ costumam aparecer nessas listas, porém em posições, digamos, desconfortáveis.
Além de demonstrar o quanto a produção de conhecimento é centralizada no Brasil, isso também aponta as inúmeras falhas de nosso sistema educacional, a começar pelo processo de seleção dos alunos das universidades tidas como "top".
Temos a obrigação de disseminar o conhecimento e a sua produção para o maior número de centros acadêmicos brasileiros possíveis, não apenas em pontos públicos, mas também nos privados, onde lideram os cursos com desempenho duvidoso."
SÉRGIO LUIZ FERREIRA DE FREITAS (Barra Mansa, RJ)

Pré-sal
"Apesar de ainda não termos nenhum centavo do pré-sal, tanto os governadores como o Planalto já estão se digladiando para abocanhar parte desses recursos.
Como haverá uma montanha de dinheiro sobrando, seria interessante que as autoridades também pensassem em reduzir a nossa escorchante carga tributária."
ANTONIO JULIO AMARO (São Caetano do Sul, SP)

Palocci e Francenildo
"O Supremo Tribunal federal novamente disse a que veio e a quem serve (aos déspotas "republicanos").
Qualquer estudante de direito sabe que a absolvição não cabe na fase de recebimento da denúncia, ainda mais com fundados indícios de crime (quatro ministros pensam assim). Já vimos esse filme. A atuação caseira do STF é de deixar ruborizado o mundo jurídico."
LANDRO OVIEDO (Porto Alegre, RS)

 

"Qualquer delegado sabe que, ante um conjunto de indícios de um crime, deve dar sequência a um procedimento de investigação dos fatos para poder tipificar o crime. Como o objetivo do julgamento no STF era decidir quanto à instauração ou não de ação penal, fica evidente a similaridade de procedimento do tribunal em relação ao de um delegado de polícia.
Então, como puderam alguns juízes concluir que "há um conjunto de ilações que, mesmo sendo plausíveis, não garantem a autoria do crime" antes mesmo de abrirem ação penal para apuração dos fatos?"
MARCOS ANTONIO PAULINO DA SILVA (Brasília, DF)

Violência
"Pela "lógica" do senhor Massimo Pavarini ("Punir mais só piora crime e agrava a insegurança", Entrevista da 2ª), professor da Universidade de Bolonha, não adianta prender bandido que tenha cometido delitos leves.
O que não adianta mais -e nunca adiantou, em nenhum sistema penal que se preze- é a dupla certeza que o delinquente tem de que não será punido e que, se o for, a pena será leve ou ínfima, pois a sociedade se encarrega de espalhar o seu "mundo ideal" em questões penais, que, em última análise, consiste em "passar a mão em cabeça de bandido". O Brasil já faz isso (aliviar as leis penais) há mais de 25 anos, em nome de um direito penal "libertário". Mas a única coisa que os cidadãos honestos temos colhido é mais violência e mais crime."
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

Araguaia
"É preciso rever, com consciência e bom senso, certos conceitos a respeito dos fatos sobre a dizimação da guerrilha pelo Exército brasileiro na região do Araguaia nos anos 70.
Criada pelo PC do B, partido que sempre pregou a luta armada e o derramamento de sangue para chegar ao poder, o contingente guerrilheiro, formado em sua maioria por jovens inexperientes, crentes nas promessas utópica, deram suas vida por uma causa que pensavam ser nobre, qual seja, implantar aqui uma ditadura aos moldes de Cuba, Albânia, URSS, enfim.
A nação brasileira repudiou veementemente e exigiu das autoridades providências. As Forças Armadas foram convocadas segundo os preceitos constitucionais, razão pela qual combateu com denodo.
Pobres daqueles, sobretudo dos jovens que foram instados à luta -certamente alucinados, nem pensavam na desproporcionalidade de forças. Deu no que deu. Hoje suas famílias ainda sofrem na esperança de poder sepultá-los dignamente.
Mas eu pergunto: quem são os verdadeiros responsáveis pela tragédia? Onde estão os velhos comunas que nunca assumiram os seus atos? Querer agora responsabilizar somente os militares não é justo.
Justo seria se todos, vencedores e vencidos, emanados num só coração, sob o manto da fraternidade, fizessem de tudo para encontrá-los. Chega de revanchismo."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA subtenente da reserva do Exército (Lins, SP)

Educação física
"Em relação à reportagem "CBF criará licença para técnicos" (Esporte, 11/8), observamos que a notícia indica que o Brasil está atrasado em relação à Europa, o que nos faz informar que o Brasil é o país mais avançado, pois é o único que defende a qualidade do exercício profissional através de formação universitária, como está muito bem exposto no artigo do texto "Saiba mais". Cumprimentamos a Folha pela abordagem do artigo e a observação de que o Brasil cumpre determinação da Fifa. Entendemos ser importante a certificação por parte da CBF, inclusive com cursos de especialização, desde que a condição básica para o exercício profissional seja a apresentação da formação em curso de educação física."
JORGE STEINHILBEL , presidente do Conselho Federal de Educação Física (Rio de Janeiro, RJ)

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