|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
USP
"A USP merece parabéns por ter
conquistado o 38º lugar no ranking
Web of World Universities, que
classifica as 6.000 universidades
com melhor desempenho global,
além da qualidade dos estudantes e
docentes ("USP é classificada a 38ª
melhor universidade do mundo em
ranking", Folha Online, ontem).
Mas fico incomodado com a
atenção que os jornais vêm dando
ao assunto. É ficar feliz com muito
pouco. O Brasil é um país com mais
de 190 milhões de habitantes, e não
ouso calcular o número de universidades que aqui existem, contando
públicas e particulares.
É vergonhoso que a USP lidere
isolada como universidade brasileira, nesse e em qualquer outro ranking. Unicamp e UFRJ costumam
aparecer nessas listas, porém em
posições, digamos, desconfortáveis.
Além de demonstrar o quanto a
produção de conhecimento é centralizada no Brasil, isso também
aponta as inúmeras falhas de nosso
sistema educacional, a começar pelo processo de seleção dos alunos
das universidades tidas como "top".
Temos a obrigação de disseminar
o conhecimento e a sua produção
para o maior número de centros
acadêmicos brasileiros possíveis,
não apenas em pontos públicos,
mas também nos privados, onde lideram os cursos com desempenho
duvidoso."
SÉRGIO LUIZ FERREIRA DE FREITAS (Barra Mansa, RJ)
Pré-sal
"Apesar de ainda não termos nenhum centavo do pré-sal, tanto os
governadores como o Planalto já
estão se digladiando para abocanhar parte desses recursos.
Como haverá uma montanha de
dinheiro sobrando, seria interessante que as autoridades também
pensassem em reduzir a nossa escorchante carga tributária."
ANTONIO JULIO AMARO (São Caetano do Sul, SP)
Palocci e Francenildo
"O Supremo Tribunal federal novamente disse a que veio e a quem
serve (aos déspotas "republicanos").
Qualquer estudante de direito sabe
que a absolvição não cabe na fase de
recebimento da denúncia, ainda
mais com fundados indícios de crime (quatro ministros pensam assim). Já vimos esse filme.
A atuação caseira do STF é de deixar ruborizado o mundo jurídico."
LANDRO OVIEDO (Porto Alegre, RS)
"Qualquer delegado sabe que, ante um conjunto de indícios de um
crime, deve dar sequência a um procedimento de investigação dos fatos para poder tipificar o crime. Como o objetivo do julgamento no
STF era decidir quanto à instauração ou não de ação penal, fica evidente a similaridade de procedimento do tribunal em relação ao de
um delegado de polícia.
Então, como puderam alguns juízes concluir que "há um conjunto de
ilações que, mesmo sendo plausíveis, não garantem a autoria do crime" antes mesmo de abrirem ação
penal para apuração dos fatos?"
MARCOS ANTONIO PAULINO DA SILVA (Brasília, DF)
Violência
"Pela "lógica" do senhor Massimo
Pavarini ("Punir mais só piora crime e agrava a insegurança", Entrevista da 2ª), professor da Universidade de Bolonha, não adianta prender bandido que tenha cometido
delitos leves.
O que não adianta mais -e nunca
adiantou, em nenhum sistema penal que se preze- é a dupla certeza
que o delinquente tem de que não
será punido e que, se o for, a pena
será leve ou ínfima, pois a sociedade se encarrega de espalhar o seu
"mundo ideal" em questões penais,
que, em última análise, consiste em
"passar a mão em cabeça de bandido". O Brasil já faz isso (aliviar as
leis penais) há mais de 25 anos, em
nome de um direito penal "libertário". Mas a única coisa que os cidadãos honestos temos colhido é mais
violência e mais crime."
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)
Araguaia
"É preciso rever, com consciência
e bom senso, certos conceitos a respeito dos fatos sobre a dizimação da
guerrilha pelo Exército brasileiro
na região do Araguaia nos anos 70.
Criada pelo PC do B, partido que
sempre pregou a luta armada e o
derramamento de sangue para chegar ao poder, o contingente guerrilheiro, formado em sua maioria por
jovens inexperientes, crentes nas
promessas utópica, deram suas vida
por uma causa que pensavam ser
nobre, qual seja, implantar aqui
uma ditadura aos moldes de Cuba,
Albânia, URSS, enfim.
A nação brasileira repudiou veementemente e exigiu das autoridades providências. As Forças Armadas foram convocadas segundo os
preceitos constitucionais, razão pela qual combateu com denodo.
Pobres daqueles, sobretudo dos
jovens que foram instados à luta
-certamente alucinados, nem pensavam na desproporcionalidade de
forças. Deu no que deu. Hoje suas
famílias ainda sofrem na esperança
de poder sepultá-los dignamente.
Mas eu pergunto: quem são os
verdadeiros responsáveis pela tragédia? Onde estão os velhos comunas que nunca assumiram os seus
atos? Querer agora responsabilizar
somente os militares não é justo.
Justo seria se todos, vencedores e
vencidos, emanados num só coração, sob o manto da fraternidade, fizessem de tudo para encontrá-los.
Chega de revanchismo."
JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA subtenente da reserva do Exército (Lins, SP)
Educação física
"Em relação à reportagem "CBF
criará licença para técnicos" (Esporte, 11/8), observamos que a notícia indica que o Brasil está atrasado em relação à Europa, o que nos
faz informar que o Brasil é o país
mais avançado, pois é o único que
defende a qualidade do exercício
profissional através de formação
universitária, como está muito bem
exposto no artigo do texto "Saiba
mais". Cumprimentamos a Folha
pela abordagem do artigo e a observação de que o Brasil cumpre determinação da Fifa.
Entendemos ser importante a
certificação por parte da CBF, inclusive com cursos de especialização, desde que a condição básica
para o exercício profissional seja a
apresentação da formação em curso de educação física."
JORGE STEINHILBEL , presidente do Conselho Federal de Educação Física (Rio de Janeiro, RJ)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Sérgio Paulo Muniz Costa: Exército, esse desconhecido
Próximo Texto: Erramos Índice
|