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Crise
"Comovente o mutirão de solidariedade em torno da crise do sistema financeiro, uma das mais violentas ditaduras da história do
mundo. O presidente americano vai
à mídia quantas vezes for preciso;
todos parecem estupefatos diante
da banca quebrada. Se fosse para
combater a fome ou a violência os
esforços seriam tantos?"
LUIZ SERENINI PRADO (Goiânia, GO)
"Independentemente do mérito,
o fato de a Câmara dos EUA recusar
o pacote dado como único meio de
salvar a economia mundial mostra
que os representantes do povo podem resistir à chantagem de que, ou
a política e a democracia cedem por
completo aos ditados de uma determinada economia, ou tudo vai por
água abaixo.
Não há democracia se a discussão
tem de ser calada.
Os deputados dos EUA deram um
bom exemplo a países em que é comum dizer que "temos de ser responsáveis" e que isso significa não
discutir, exportar (com o risco dos
vendavais internacionais) e pagar a
conta. Pode ser que o pacote Paulson seja a única saída, mas, pelo menos, discutir é preciso."
RENATO JANINE RIBEIRO , professor titular de ética
e filosofia política da USP (São Paulo, SP)
Língua
"Segundo Lula, o novo acordo ortográfico representa um "reencontro do Brasil consigo mesmo".
Num país onde quase 15 milhões
de pessoas são analfabetas e nem
mesmo um diploma universitário é
garantia de conhecimento razoável
sobre a norma culta da língua, uma
mudança como essa só vem confundir e complicar o que, para muitos,
já é uma grande batalha: escrever
corretamente."
VIVIAN BIALSKI (São Paulo, SP)
"Como ponto a favor da reforma
ortográfica, a redução da desigualdade cultural: todos passarão a ser
semi-analfabetos."
LUIZ FERNANDO PEGORER (Santos, SP)
Oposição
"A oposição no Brasil assemelha-se ao estouro das pipocas: cada qual
para um lado. Sem coesão e lógica,
entregaram o país de bandeja ao PT.
Com os escândalos parando na
sala ao lado, Lula é só sorrisos. Os
80% de aprovação refletem a leniência dos opositores, que agora,
nas eleições, procuram aparecer na
foto com o presidente."
LUIZ EDUARDO HORTA (Campinas, SP)
Cegueira
"Nem Saramago nem Meireles
seriam capazes de superar o "ensaio
sobre a cegueira" ao qual nós, brasileiros, somos submetidos nos períodos de campanha eleitoral.
Do mais instruído eleitor ao menos preparado, ninguém sabe dizer
quem é o candidato mais confiável
para ocupar o cargo no Executivo
municipal.
Para prefeito, vá lá, até que as informações são consideráveis, mas,
para vereador, jogamos numa verdadeira loteria de nomes bizarros,
músicas exóticas e propostas
esdrúxulas."
RICARDO ACEDO NABARRO (São Paulo, SP)
Funk
"O repórter Paulo Sampaio, autor
da reportagem "Funk na periferia"
(Ilustrada, 28/9), sintetizou e utilizou uma declaração minha em um
contexto que pode dar margem a
interpretações equivocadas.
Renato Barreiros, subprefeito de
Cidade Tiradentes, nunca foi "o homem do Andrea Matarazzo que resolvia problemas de alvarás".
Era ele, sim, assessor de tal autoridade para os mais variados assuntos, e nas dependências da subprefeitura da Sé acabei conhecendo-o.
Minha participação, portanto,
como jurado no concurso de funk
realizado pela Prefeitura de São
Paulo deve-se exclusivamente ao
fato de, como cidadão, achar tais
iniciativas nobres e importantes
para nossa cidade."
AUGUSTO DE ARRUDA BOTELHO NETO
(São Paulo, SP)
Oriente Médio
"Quando Ben Gurion, pouco antes de morrer, se expressou contra a
anexação de Jerusalém Oriental e
pregou sua entrega aos palestinos,
disseram que ele já estava caduco.
Em setembro de 1981, o general
Moshe Dayan convidou-nos, correspondentes das guerras de Israel,
à sua casa. Doente terminal, confessou, amargurado, mas com voz firme: "O maior erro que cometi na
minha vida, tanto como general do
Exército quanto como estadista, foi
a ocupação do Golan da Síria. As colônias lá estabelecidas vão tornar
impossível qualquer acordo de paz
com a Síria". A resposta dos meios
de comunicação: "Coitado, o general Dayan perdeu o segundo olho".
Uma semana após renunciar ao
cargo, Ehud Olmert defende a devolução dos territórios ocupados
como único caminho para o acordo
com os palestinos (Mundo, ontem). E é criticado por falar "quando já não goza de força política para implantar a retirada dos colonos".
Será que os líderes israelenses
têm medo de que lhes ocorra o que
ocorreu com Itzhak Rabin, chamado de "arquiteto da Guerra dos Seis
Dias" e primeira vítima da luta para
pôr fim à ocupação na Palestina?"
GERSHON KNISPEL , correspondente militar da Brigada Golan nas batalhas de 11 de junho de 1967
na ocupação do Golan (São Paulo, SP)
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