São Paulo, quarta-feira, 01 de outubro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Crise
"Comovente o mutirão de solidariedade em torno da crise do sistema financeiro, uma das mais violentas ditaduras da história do mundo. O presidente americano vai à mídia quantas vezes for preciso; todos parecem estupefatos diante da banca quebrada. Se fosse para combater a fome ou a violência os esforços seriam tantos?"
LUIZ SERENINI PRADO (Goiânia, GO)

 

"Independentemente do mérito, o fato de a Câmara dos EUA recusar o pacote dado como único meio de salvar a economia mundial mostra que os representantes do povo podem resistir à chantagem de que, ou a política e a democracia cedem por completo aos ditados de uma determinada economia, ou tudo vai por água abaixo.
Não há democracia se a discussão tem de ser calada.
Os deputados dos EUA deram um bom exemplo a países em que é comum dizer que "temos de ser responsáveis" e que isso significa não discutir, exportar (com o risco dos vendavais internacionais) e pagar a conta. Pode ser que o pacote Paulson seja a única saída, mas, pelo menos, discutir é preciso."
RENATO JANINE RIBEIRO , professor titular de ética e filosofia política da USP (São Paulo, SP)

Língua
"Segundo Lula, o novo acordo ortográfico representa um "reencontro do Brasil consigo mesmo". Num país onde quase 15 milhões de pessoas são analfabetas e nem mesmo um diploma universitário é garantia de conhecimento razoável sobre a norma culta da língua, uma mudança como essa só vem confundir e complicar o que, para muitos, já é uma grande batalha: escrever corretamente."
VIVIAN BIALSKI (São Paulo, SP)

 

"Como ponto a favor da reforma ortográfica, a redução da desigualdade cultural: todos passarão a ser semi-analfabetos."
LUIZ FERNANDO PEGORER (Santos, SP)

Oposição
"A oposição no Brasil assemelha-se ao estouro das pipocas: cada qual para um lado. Sem coesão e lógica, entregaram o país de bandeja ao PT.
Com os escândalos parando na sala ao lado, Lula é só sorrisos. Os 80% de aprovação refletem a leniência dos opositores, que agora, nas eleições, procuram aparecer na foto com o presidente."
LUIZ EDUARDO HORTA (Campinas, SP)

Cegueira
"Nem Saramago nem Meireles seriam capazes de superar o "ensaio sobre a cegueira" ao qual nós, brasileiros, somos submetidos nos períodos de campanha eleitoral. Do mais instruído eleitor ao menos preparado, ninguém sabe dizer quem é o candidato mais confiável para ocupar o cargo no Executivo municipal.
Para prefeito, vá lá, até que as informações são consideráveis, mas, para vereador, jogamos numa verdadeira loteria de nomes bizarros, músicas exóticas e propostas esdrúxulas."
RICARDO ACEDO NABARRO (São Paulo, SP)

Funk
"O repórter Paulo Sampaio, autor da reportagem "Funk na periferia" (Ilustrada, 28/9), sintetizou e utilizou uma declaração minha em um contexto que pode dar margem a interpretações equivocadas.
Renato Barreiros, subprefeito de Cidade Tiradentes, nunca foi "o homem do Andrea Matarazzo que resolvia problemas de alvarás". Era ele, sim, assessor de tal autoridade para os mais variados assuntos, e nas dependências da subprefeitura da Sé acabei conhecendo-o.
Minha participação, portanto, como jurado no concurso de funk realizado pela Prefeitura de São Paulo deve-se exclusivamente ao fato de, como cidadão, achar tais iniciativas nobres e importantes para nossa cidade."
AUGUSTO DE ARRUDA BOTELHO NETO (São Paulo, SP)

Oriente Médio
"Quando Ben Gurion, pouco antes de morrer, se expressou contra a anexação de Jerusalém Oriental e pregou sua entrega aos palestinos, disseram que ele já estava caduco.
Em setembro de 1981, o general Moshe Dayan convidou-nos, correspondentes das guerras de Israel, à sua casa. Doente terminal, confessou, amargurado, mas com voz firme: "O maior erro que cometi na minha vida, tanto como general do Exército quanto como estadista, foi a ocupação do Golan da Síria. As colônias lá estabelecidas vão tornar impossível qualquer acordo de paz com a Síria". A resposta dos meios de comunicação: "Coitado, o general Dayan perdeu o segundo olho".
Uma semana após renunciar ao cargo, Ehud Olmert defende a devolução dos territórios ocupados como único caminho para o acordo com os palestinos (Mundo, ontem). E é criticado por falar "quando já não goza de força política para implantar a retirada dos colonos".
Será que os líderes israelenses têm medo de que lhes ocorra o que ocorreu com Itzhak Rabin, chamado de "arquiteto da Guerra dos Seis Dias" e primeira vítima da luta para pôr fim à ocupação na Palestina?"
GERSHON KNISPEL , correspondente militar da Brigada Golan nas batalhas de 11 de junho de 1967 na ocupação do Golan (São Paulo, SP)

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