São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
Notícia na Primeira Página da Folha de ontem: "Após ligação de Serra, Mendes para julgamento de ação movida pelo PT".
Pergunto aos tucanos: e agora, não há ameaça à democracia? Ou isso só existe quando o ato é praticado por Lula? E pergunto aos petistas: e agora, não há golpismo da mídia? Ou isso só existe quando a notícia é contra Dilma?
JOÃO FELICIO FERREIRA QUIRINO SILVA (São Paulo, SP)

 

Na edição de ontem, reencontrei a Folha dos velhos tempos: independente e corajosa.
Refiro-me à revelação do diálogo entre o candidato José Serra e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Como terá se sentido o ministro ao encarar seus pares na sessão de ontem à tarde no STF?
Comprovado o fato, é de esperar providências por parte do Conselho Nacional de Justiça para uma eventual punição do magistrado.
LÚCIO FLÁVIO V. LIMA (Brasília, DF)

 

Ao que parece, o décimo primeiro ministro do STF já foi escolhido para compor o plenário. Trata-se de José Serra. Afinal, só isso pode explicar a ligação telefônica feita pelo candidato tucano para o ministro Gilmar Mendes, apesar do desmentido de ambos.
Um "Zé Mané" como eu, conforme as próprias palavras de Gilmar Mendes, pode acompanhar diretamente pela TV os julgamentos do plenário. Mas não consta que eu possa telefonar ou receber ligações dos ministros para discutir causas onde meus interesses particulares estejam em julgamento.
A forma íntima de tratamento dirigida ao ministro pelo candidato, chamando-o de "meu presidente", e o desfecho da história, com o pedido de vista quando o julgamento apontava 7 a 0 a favor da exigência de apresentação de apenas um documento com foto, levantam dúvidas sobre a imparcialidade do magistrado e ingerência indevida do candidato.
ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP)

 

Num regime democrático, ninguém tem o direito de questionar a preferência partidária do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Mas fazer um pedido de vista sobre a exigência de dois documentos na hora de votar após um telefonema do candidato José Serra não passa de uma demonstração de subserviência e servilidade, comprometendo seriamente a soberania do órgão máximo da Justiça do país.
Esse tipo de comportamento, nada republicano, embora negado por ambos, caracteriza-se como tráfico de influência. Parabéns à Folha pelo furo de reportagem.
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

 

João Santana, marqueteiro do PT, estava incomodado com a exigência de dois documentos para votar e pediu ao PT que entrasse com uma Adin na semana do pleito. Ninguém se incomodou com o fato antes disso, apesar de a lei ter sido sancionada em 2009. Ora, se havia inconstitucionalidade tão flagrante, como ninguém percebeu isso por tanto tempo?
Na sequência, o STF muda a lei eleitoral em cima da hora, contrariando o ditame que obriga que mudanças na lei passem a valer somente no ano seguinte.
A única voz dentro do Supremo a levantar-se para falar o óbvio foi a de Gilmar Mendes. Mas alguns ministros daquela corte não só votaram pela mudança de última hora como apreciaram a matéria em tempo recorde.
Mudança nas regras a três dias da eleição? Nem Chávez ousou tanto.
MARIA CRISTINA DA ROCHA AZEVEDO (Florianópolis, SC)

 

Está institucionalizada a palhaçada no país. E tudo com o meu e o seu dinheiro.
Foi gasta uma fortuna com a campanha em TV, rádio, jornal e revista sobre a necessidade de apresentação do título de eleitor e de outro documento com foto para poder votar nas eleições de 2010.
Onde estão os assessores jurídicos do governo, que, apesar de ganharem muito bem, não entenderam que tal exigência é inconstitucional?
O próprio partido do presidente entrou com a ação, e os "iluminados togados" prontamente atenderam servilmente ao Partido dos Trabalhadores.
Não dá para reclamar de Tiririca. Ele tem razão: somos todos palhaços.
ÁLVARO STAUT NETO (Pindamonhangaba, SP)

Educação
O editorial "Metas sociais" (Opinião, 30/9) enfatiza a importância da educação e cita a carta-compromisso "Pela Garantia do Direito à Educação de Qualidade".
O documento, construído ao longo de oito meses, é fruto do trabalho coletivo de 27 instituições signatárias. A carta oferece uma agenda positiva, que mostra o caminho a ser seguido pelos futuros governantes para alcançarmos uma educação de qualidade para todos os brasileiros.
MOZART NEVES RAMOS , movimento Todos pela Educação (São Paulo, SP)

 

É uma pena que os dois principais candidatos ao governo de São Paulo não tenham assumido compromissos reais de como fazer a "progressão continuada" ser aplicada de maneira correta, com avaliação continuada dos alunos e reforço escolar para os alunos com rendimento insatisfatório.
Também faltou dizer se eles são a favor da eleição direta para diretor de escolas e de uma efetiva garantia de participação das mães e pais na gestão escolar.
MAURO ALVES DA SILVA , coordenador do movimento Comunidade de Olho na Escola Pública (São Paulo, SP)

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