São Paulo, quarta-feira, 02 de setembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Trens
"O trem bala custará cerca de R$ 70 milhões/km, contra cerca de R$ 2 milhões/km do trem convencional, ou seja, daria para construir cerca de 17.000 km deste contra 510 km do trem bala . Se combinarmos a implantação do trem convencional com a revitalização da malha existente, a extensão seria maior.
A malha ferroviária mundial tem mais de 1 milhão de km de trens convencionais contra pouco mais de 8.000 km dos trens de alta velocidade, que está concentrada em nove países de alta renda per capita.
Não temos tecnologia para fabricar as composições do trem bala, mas, com um pouco de investimento, fabricaremos as convencionais e reciclaremos a mão de obra da operação, movimentando toda a indústria brasileira."
ANTÔNIO CARLOS DE CASTRO , engenheiro (Campinas, SP)

Pré-sal
"Exceto a sibilina ressalva introdutória, a análise dos "Riscos e oportunidades do pré-sal", dos economistas Julio Gomes de Almeida e Luiz Gonzaga Belluzo ("Tendências/Debates", ontem), repete os argumentos de Lula no comício de lançamento do projeto. Ambos se referem à doença holandesa e ao fundo soberano e apontam a Noruega como modelo de gestão dos recursos da exploração petrolífera. Esquecem, no entanto, que a diferença entre o regime monárquico vigente lá e esta república caindo de podre é mais profunda do que a camada do pré-sal.
Sugerir a aplicação no exterior dos recursos obtidos com as exportações, como se a especulação fosse melhor que aplicá-los aqui, nos leva a crer que nem todos os economistas jogam búzios em suas previsões, pois há alguns jogando pôquer com cartas marcadas."
PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS , sociólogo (Campinas, SP)

 

"Lula diz que, felizmente, a Petrobras não foi privatizada. Discordo. Se tivesse sido privatizada há oito anos, provavelmente o pré-sal já estaria em franca produção."
RONALDO JOSÉ NEVES DE CARVALHO (São Paulo, SP)

Má vontade
"Não consigo entender a intransigência e a má vontade com que a imprensa em geral trata o governo Lula. Parece-me até que falar algo de bom pode desencadear uma montanha de contrários pelo simples fato de contrariar uma condição de oposição já consolidada pela sociedade. Mas isso não é bem verdade se olharmos as pesquisas.
Aos meus 56 anos de idade, não me lembro de ter visto tamanha bonança, regularidade e estabilidade no país como nos últimos anos.
Podemos até culpá-lo na esfera política por seus conchavos e apadrinhamentos. Mas qual governo, em toda a nossa história, não agiu da mesma forma? Se o jogo é democracia, faz parte, como estratégia de governança, entreter amigos e inimigos e dirimir suas divergências. Ou então mudemos o regime."
HILTON GIRÃO BARROSO (Bragança Paulista, SP)

Saúde
"O projeto de lei complementar sobre terceirização na saúde, promulgado pelo governo Serra e a ser votado nesta semana, causa muita inquietação. É injusto e deixa vulneráveis os profissionais já contratados pela lei 500 e nomeados mediante concurso público em 2006.
Pode prejudicar seriamente também médicos contratados com menos de três anos, que correm o risco de perder seu trabalho.
No exercício da profissão, depois de uma graduação de seis anos e de uma residência médica entre dois e três anos, os médicos percebem baixos salários, que não condizem com o grau de formação e de responsabilidade exigidos na função.
Os profissionais frequentemente são obrigados a trabalhar em mais de um hospital, muitas vezes fazendo plantões de mais de 24 h.
O sistema de saúde pública continua um "cobertor curto". E é necessário agora entrevistar médicos do serviço público sobre o tema."
MARIA DE LOURDES B. SANTOS (Belo Horizonte, MG)

Nossos impostos
"Parabenizo a jornalista Ana Paula Souza e a Folha pela reportagem "Os Rouanetes" (Ilustrada, 27/8), sobre os 21 integrantes da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, que aprova ou recusa os projetos enviados ao Ministério da Cultura. É importante mostrar aos brasileiros como a Cnic funciona, as mudanças por que passa e a opinião de seus membros. É uma grande contribuição da Folha à cultura nacional e à compreensão sobre o que é feito com nossos impostos."
ALDO MORAES , músico (Londrina, PR)

Shopping
"Diferentemente do publicado na reportagem "Iguatemi cresce sobre área contaminada" (Cotidiano, 29/ 8), a ampliação do Shopping Center Iguatemi São Paulo está sendo feita sobre uma área totalmente segura para uso. Conforme foi informado, o local já passou por um processo de remediação de danos ambientais. O processo começou logo após o início das obras, quando a empresa encontrou no local um foco de contaminação, removido imediatamente. Foram retiradas 4,5 mil toneladas de terra, enviadas para incineração.
É importante ressaltar que, não fosse a obra, o foco de contaminação não teria sido identificado e o processo de remediação não teria sido iniciado.
Resta agora apenas a necessidade de monitorar eventuais danos no entorno, e não no local da obra. O shopping aguarda apenas as devidas autorizações municipais para iniciar o monitoramento exigido pela Cetesb."
MÁRIO PREVIATO JÚNIOR , diretor de engenharia do Iguatemi Empresa de Shopping Centers (São Paulo, SP)

Opportunity
"O jornalista Rubens Valente, em resposta ao Opportunity publicada no "Painel do Leitor" de 29/8, insiste no erro cometido em relação ao texto "Governo americano rastreia operações suspeitas de Dantas" (Brasil, 25/8).
É preciso, portanto, esclarecer ao leitor da Folha que: 1) O Departamento de Justiça dos Estados Unidos admitiu perante a Corte Americana não existir nenhuma investigação contra o Opportunity, negando a informação escolhida pelo jornalista como chamada da reportagem; 2) O depoimento de Kenneth Lyn Counts, usado como base para a reportagem de 25/8, foi desconsiderado pela Corte norte-americana a pedido do Departamento de Justiça dos EUA."
LUIZ CESAR FARO , Insight Engenharia de Comunicação (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Rubens Valente - A investigação foi feita: basta ver o rastreamento da conta "Tiger Eye". A prova de que os testemunhos de Counts foram considerados pelo governo é que o próprio governo os anexou ao processo. O missivista talvez queira dizer que não foram considerados para a ordem de bloqueio, mas nem poderiam: o bloqueio é de fevereiro, os testemunhos são de abril e junho.

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