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São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Câmara
"O editorial "PT heterodoxo" (28/9) fundamenta-se em um equívoco já corrigido em carta publicada nesta seção em 27/9. Na entrevista publicada em 26/9, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, rechaçou a possibilidade de ter ocorrido barganha ou práticas não-ortodoxas de convencimento de parlamentares. Ao contrário do que afirma o editorial, o presidente da Câmara já deu início ao debate sobre a reforma política."
Arlete Milhomem, assessora de imprensa da presidência da Câmara (Brasília, DF)

Nota da Redação - O editorial referiu-se de forma fiel ao que foi dito pelo presidente da Câmara em entrevista gravada: "Os métodos heterodoxos, vamos chamar assim, eles foram, em comparação a outros momentos, absolutamente reduzidos". O editorial não afirmou que o deputado João Paulo Cunha não deu início ao debate sobre a reforma política, apenas constatou que ela tem sido adiada e cobra que seja realizada.

Caixa Econômica Federal
"A respeito do texto "Ex-sindicalistas e apadrinhados ocupam CEF" (Brasil, 29/ 9), a Caixa Econômica Federal esclarece: 1. quando questionada por Andréa Michael, a assessoria de imprensa da Caixa encaminhou à Folha, em 16/9, todos os pré-requisitos para a nomeação de executivos para cargos de superintendentes de negócios, de gerentes nacionais, de diretores e de vice-presidentes. A Caixa volta a afirmar que todas as nomeações seguiram estritamente os pré-requisitos estabelecidos no estatuto e nos manuais normativos da instituição; 2. a Caixa forneceu os critérios técnico-normativos para todos os nomes apresentados pela Folha, destacando que todos preenchiam as precondições curriculares para a nomeação. O texto não trouxe essa informação, deixando os dados incompletos. A Caixa, como empresa pública, deve apresentar à população os critérios normativos e técnicos para cada função, e isso foi feito; 3. em relação aos superintendentes de negócios, a Caixa reafirma que foram promovidos 24 executivos para essas funções -os demais assumiram nos anos anteriores. Incluindo os remanejamentos, a troca atingiu 35 escritórios, e não mais de 40, como publicado; 4. a não-divulgação da lista dos nomes dos superintendentes e demais funcionários deve-se a questões de segurança: em 2003, já ocorreram mais de 15 casos de sequestros de executivos da instituição. Essa questão de segurança foi destacada para a repórter, mas o texto não considerou a gravidade do fato; 5. em todos os aspectos -financeiros, contábeis, comerciais e sociais-, a Caixa apresenta melhores resultados em relação a anos anteriores, o que mostra o acerto da gestão e de seus executivos; 6. a Caixa apresentou no primeiro semestre de 2003 o melhor desempenho financeiro da sua história. O lucro líquido atingiu R$ 860 milhões (crescimento de 52% em um ano), a rentabilidade sobre o patrimônio líquido foi de 35% (uma das maiores entre os bancos brasileiros) e os indicadores de saúde financeira estão acima das metas estabelecidas pelo BC e maiores do que em anos anteriores. O crescimento no volume em carteira das operações de crédito comercial também se encontra entre os maiores no mercado bancário brasileiro: 8,4%; 7. nestes nove meses de gestão, a Caixa promoveu a maior inclusão bancária já vista no país, com a abertura de quase 700 mil contas Caixa Aqui, voltadas para a população de baixa renda; 8. a Caixa promoveu também o maior processo de economia e de redução de custos de sua história, o Proged, com resultado de mais de R$ 138 milhões de janeiro a agosto relativos à renovação e renegociação de contratos e a corte de despesas operacionais; 9. a Caixa prepara-se para uma maior concorrência interbancária e para disputar uma maior e melhor participação no mercado financeiro nacional."
Gabriel de Barros Nogueira, assessor de imprensa da Caixa Econômica Federal (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Andréa Michael - Apesar dos insistentes pedidos da Folha, a Caixa não revelou o teor das recentes mudanças nos manuais normativos relacionadas à ascensão na carreira da instituição. Limitou-se a informar, no referido e-mail, que "mudanças (...) ocorrem em permanência, visando adaptá-los às necessidade operacionais e estratégicas".

Equívocos
"Parabenizo o doutor Ives Gandra pelo excelente artigo "Os equívocos do presidente Bush" ("Tendências/Debates", 25/ 9). A precisão e a agudez da argumentação penetram fundo na matéria, contrastando bastante com o que já se escreveu sobre o assunto. Se me permitir uma intromissão, acho que o autor deveria escrever mais sobre temas gerais. Aprecio os artigos do doutor Gandra -ligados diretamente à sua especialidade- e aprendo muito com eles não só pelo amplo domínio que ele naturalmente revela nesse campo mas, principalmente, pelo silencioso poder de interferência que essa ciência dispõe sobre a nossa vida cotidiana. No entanto, escrevendo sobre temas menos técnicos, o seu texto ganha uma humanidade e um sabor inesperado -quem sabe por se espraiar com a liberdade que o tema permite, mas dentro de um rigor que já é inerente a ele, uma característica rara na imprensa. Acho que o estilo de Otavio Frias Filho também apresenta essa mistura. O resultado é muito bom. Espero que o doutor Ives Gandra volte aos temas mundanos."
Paulo Pélico (São Paulo, SP)

Logística
"Muito lúcida a análise do general Carlos de Meira Mattos sobre a necessidade de o Brasil construir saídas para o Pacífico ("Tendências/Debates", pág. A3, 30/9). O fato de estarmos de costas para aquele oceano compromete a nossa competitividade, sobretudo em relação aos cobiçados mercados asiáticos. Precisamos superar as nossas deficiências logísticas crônicas para que os produtos brasileiros possam chegar, com preços e em prazos competitivos, a todos as partes do mundo. Para tanto, as saídas para o Pacífico não são suficientes. É indispensável retomar os investimentos públicos na infra-estrutura de todas as modalidades de transporte e adotar marcos regulatórios que estimulem investimentos privados."
Geraldo Aguiar de Brito Vianna, presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas -NTC (São Paulo, SP)

Escolas
"A constatação do fim do preconceito contra as instituições particulares de ensino superior, contida no artigo do jornalista Otavio Frias Filho ("Fábricas de diploma", Opinião, 25/9), merece a aprovação de todos os que se interessam pelo desenvolvimento da educação no país. São dignos de crédito seus registros de que a interiorização da oferta de ensino superior ocorreu em grande parte por ação da iniciativa privada e de que a abertura de oportunidades de acesso ao ensino superior permitiu a grandes massas da população que pudessem dispor de alguma condição de ascensão social. Nesse particular, ao elevar os padrões de qualidade no campo acadêmico, objetivando ampliar a empregabilidade dos seus alunos e atingindo em cheio o seu futuro, as instituições privadas têm funcionado como um dos mais legítimos e eficazes meios de inclusão social. Importantes são também a condenação do autor às "faculdades" de fachada e a observação de que a existência de faculdades "ruins" não pode servir para condenar em bloco a rede particular. A ressalva merece a atenção dos poderes públicos, dos legisladores e dos órgãos de fomento, pois a sociedade (que deve a sua formação sobretudo ao ensino superior privado -70% dos universitários estudam em instituições privadas) já demonstrou que sabe discernir entre o que lhe é útil e o que não lhe serve."
Gabriel Mário Rodrigues, presidente do Semesp - Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (São Paulo, SP)


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