São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
"Em nota divulgada no dia 25/9, o Ministério do Desenvolvimento, de Patrus Ananias, declarou repudiar o uso eleitoral do Bolsa Família.
Muito correta a atitude do franciscano ministro Patrus. O problema é que seu chefe é o primeiro a desrespeitar essa norma, digamos, republicana.
O uso e o abuso eleitorais, não só do Bolsa Família, diga-se, têm sido uma constante desde que essa turma do PT chegou ao poder. Tudo é explorado eleitoralmente. Prova maior do que afirmo é a exploração eleitoral do pré-sal às vésperas das eleições municipais. O pré-sal tornou-se a panacéia da vez. Por onde anda, Lula, sempre com a ministra Dilma a tiracolo, o apresenta como a solução para todos os males.
A propósito, alguém saberia me dizer onde foi parar o tão alardeado biocombustível? Pois é, há três meses o biocombustível era a panacéia do momento. Agora já caiu no esquecimento."
RODRIGO BORGES DE CAMPOS NETTO (Brasília, DF)

 

"Na reportagem "Globo cancela debate; Alckmin culpa Kassab" (Brasil, ontem), faltou dizer que a Rede Globo seguiu um critério nacional: não fazer debate com mais de cinco candidatos (ou seis, quando esse número for essencial para o fechamento de um acordo com os partidos, acordo este que é uma imposição da lei eleitoral, a nosso ver restritiva à liberdade de imprensa).
Assim, além de São Paulo, também Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza, Pelotas, Anápolis, Maringá e Cascavel, infelizmente, não realizarão debates.
São Luís ainda é dúvida."
ALI KAMEL , diretor-executivo de jornalismo da Central Globo de Jornalismo (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Quer dizer então que o debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, inicialmente previsto para hoje, foi cancelado porque a Globo só queria cinco candidatos em seu debate?
Mas quem essa Globo pensa que é? Quem lhe outorgou o direito de escolher quais candidatos nós, povo brasileiro, podemos ou não podemos ouvir?
É o cúmulo da petulância, típico de quem ainda não se acostumou (e nem parece querer se acostumar) ao Estado democrático e à pluralidade de idéias e de opiniões."
ARMANDO CAPUTI (São Paulo, SP)

Acordo ortográfico
"É uma pena que um assunto de tanta importância seja tratado pela mídia com tanta fragilidade técnica e teórica.
O texto de João Pereira Coutinho ("Acordo ignora identidades culturais", Ilustrada, 28/9) é exemplar nesse sentido -ainda bem que o título da seção é "Opinião". O acordo não é truculento, insensível ou abusivo, pois apenas reorienta alguns procedimentos de registro ortográfico e não pretende nem ousa interferir nos falares e nos usos.
Língua não é museu, e os falantes sabem bem disso, pois alteram-na constantemente.
Por isso a opinião do senhor Coutinho é tão frágil, pois se queixa ele de apagamento da história de sua língua. Fosse assim, deveríamos usar o modelo ortográfico que está na carta de achamento do Brasil, do venerável Caminha."
FÁBIO ELIONAR DO CARMO SOUZA (Volta Redonda, RJ)

 

"Triste episódio para coroar a participação mundial de nosso presidente Lula a sanção da nova lei da reforma ortográfica.
Como explicar a norma (o)culta para as palavras "quente" e "frequente'? A nova norma pressupõe o conhecimento prévio das palavras, mas estas não mais serão lidas, e sim decoradas.
Apesar de a nova regra atingir cerca de 0,5% das palavras, muitas são usadas 100% dos dias. Que tal a manchete "Sequestraram cinquenta pinguins'? O que não deixa de ser uma delinquencia linguística.
Uma tristeza impormos isso aos nossos irmãos portugueses. Triste é também a apatia com que discutimos a nossa identidade."
OLAVO EGYDIO DE SOUZA ARANHA (São Paulo, SP)

 

"Quem afirma que a língua portuguesa é a única língua ocidental em que coexistem duas maneiras diferentes de escrever as mesmas palavras está equivocado, já que isso ocorre também na língua inglesa.
Basta lembrar que, enquanto nos EUA os americanos escrevem "color", "favor", "center", "theater", "program", "tire", "leukemia"...., na Inglaterra, os britânicos escrevem "colour", "favour", "centre", "theatre", "programme", "tyre", "leukaemia"...
Isso para citar apenas alguns exemplos.
Em que pese a dificuldade inicial da maioria das pessoas para escrever de acordo com a nova ortografia do português, pelo menos uma boa coisa essa mudança está trazendo: a volta oficial ao alfabeto das letras k, w e y.
Que o digam as pessoas registradas como Kátia, Kelly, Wanderley, Wilson, Walter, Yara, Suely e Ary (como eu)."
ARY BRAZ LUNA (Sumaré, SP)

Polícia Civil
"A Polícia Civil deve servir ao Estado, e não ao governo. Mas não é isso que acontece em São Paulo. A manifestação do Conselho da Polícia Civil do Estado de São Paulo ("Cúpula da Polícia Civil divulga nota em apoio ao secretário da Segurança de SP", Cotidiano, ontem) é prova disso.
Declarações do senhor secretário da Segurança, também a esse jornal, dando conta de que "para ocupar cargos de confiança é preciso estar alinhado ao governo", são provas cabais de tal fato. A Polícia Civil, tão humilhada nestes últimos anos, necessita de maior independência política e de respeito."
MARCOS ANTONIO GAMA , secretário-geral da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Fuvest
"Como pai de uma garota que enfrenta o vestibular da USP, pergunto-me como fica a posição da Fuvest, que tem como vice-diretor o docente envolvido e condenado por plágio no Instituto de Física da Universidade de São Paulo?
O que se pode esperar de um plagiador de colegas que tem acesso às provas que julgarão o conhecimento de nossos filhos?
Você dormiria descansado? Alguém pretende tomar alguma providência? A senhora reitora da USP tem alguma garantia da isenção do vestibular?
Poderia este jornal, que tratou recentemente do assunto, divulgar a indignação e a preocupação de seu assinante e leitor?"
PAULO DE TARSO (São Paulo, SP)

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