São Paulo, quarta-feira, 02 de dezembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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DEM
"José Roberto Arruda, numa atitude de reincidência na falta de ética, só escancara uma verdade nojenta que temos de admitir: nosso país tem políticos corruptos porque não possui eleitores decentes.
Arruda, para os que não lembram, foi protagonista da violação do painel de votação do Senado.
Voltou depois, perdoado pela maioria dos eleitores brasilienses.
E alguém espera que algum dos políticos filmados vá para a cadeia?
Que nada, estamos no Brasil, o país da impunidade. Eles voltam.
A qualidade dos nossos políticos é exatamente proporcional à conscientização política da maioria dos eleitores brasileiros.
A nossa democracia, assim como o nosso país, é uma vergonha."
HELENA WERNECK (Brasília, DF)

 

"O presidente Lula é mais uma vez infeliz em uma declaração ao afirmar que "uma imagem não fala por si" e que "o presidente da República não pode ficar dando palpite" (Folha Online, ontem). Alega que quem vai fazer juízo de valor é a Justiça.
É realmente de fazer rir cada vez que o presidente opina sobre algo, principalmente quando o assunto envolve corrupção. Segundo ele, todos são inocentes até que as provas sejam apresentadas. Uma imagem gravada, com o gatuno recebendo dinheiro e mandando entregar em casa ou colocando na cueca ou na meia, não prova nada."
RACHID TADEU BONDUKI (Campinas, SP)

 

"A cobertura da Folha e de outros meios de comunicação sobre o escândalo no Distrito Federal tem a mesma monstruosa omissão: nem sequer uma linha sobre as empresas que pagaram as propinas e os seu executivos. Este é um enorme vício da imprensa, principalmente no Brasil. Corrupção é um fio com duas pontas, onde nenhuma é pior ou melhor que a outra. Nem sequer sabemos se a iniciativa das propinas partiu dos políticos ou dos empresários. Mantendo essa tradição, a imprensa tira a pressão sobre a iniciativa privada, que, no fundo, é igualzinha ao Arruda e companhia.
As empresas precisam ser tão pressionadas quanto os políticos."
ANTONIO CAMARGO (São Paulo, SP)

Benjamin
"Lamentável o artigo de César Benjamin sobre o presidente Lula e o "menino do MEP" ("Os filhos do Brasil", 27/11).
Como é que a Folha publica um artigo sem ouvir os protagonistas do caso? Deveria antes ter ouvido os companheiros de cela do presidente, como fez na edição de ontem, nas reportagens "Ex-preso do MEP afirma que artigo de Benjamin é "um horror" e "Companheiros de cela dizem que nada aconteceu" (Brasil, pág. A10).
Para não perder a credibilidade que ainda possui junto aos leitores, a Folha deveria se retratar na seção "Erramos"."
CARLOS ROBERTO PENNA DIAS DOS SANTOS , professor de história da rede estadual (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Até para fazer humorismo as pessoas precisam ser sérias, isentas. Mas há os que confundem personagem fictício com real. É o caso de Marcelo Madureira, do "Casseta e Planeta" ("Painel do Leitor", 28/11).
O ator não foi nada sério ao abordar o lamentável artigo de César Benjamin. Com que isenção vou assistir ao programa humorístico sabendo que um de seus produtores e atores traz na alma tanto veneno, acreditando numa coisa descabida sem aguardar pela constatação dos fatos?"
WASHINGTON LUIZ DE ARAÚJO (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Leitor antigo desta Folha, li vários artigos de César Benjamin. E nunca senti em seus textos a intenção da mentira.
Já o senhor Luiz Inácio Lula da Silva, este eu não levo mais a sério.
Não só mentiu como desdenhou da minha credulidade ao reconhecer como "bravatas de campanha" as suas antigas promessas, nas quais eu acreditei. Agora, César Benjamin publica a declaração de Lula de que tentou "subjugar" um menino na prisão. Lula nega. Em quem devo acreditar?"
CLAYTON LUIZ CAMARGO (Curitiba, PR)

Colunista
"Para Luiz Felipe Pondé (Ilustrada, às segundas-feiras), todos os filmes são péssimos, todos os líderes políticos são medíocres, a África é um lixo, todos os seres da face da Terra são idiotas e retardados e ele é o único ser pensante e brilhante em toda a galáxia. Santa arrogância!
E essa história de "caro leitor" já cansou a beleza e virou até cacoete.
Em tempo: soa no mínimo estranho (e sem credibilidade) um jornalista escrever assim: "Ouvi falar que Zumbi tinha seus escravos" ("Arsênico", Ilustrada, 30/11) Acho que a Folha deveria ter mais critério para escolher os seus colaboradores."
CLÁUDIA M RIBEIRO TEIXEIRA (Belo Horizonte, MG)

PMDB
"Sobre o artigo "Peemedebização", do colunista Marcos Nobre (Opinião, ontem), é preciso esclarecer alguns pontos:
1 - O PMDB foi o partido que mais lutou pela redemocratização brasileira durante período crítico da vida nacional;
2 - O partido apoiou no Congresso as reformas do Estado que modernizaram as instituições públicas e melhoraram o desempenho do setor público em vários setores de governo -da área econômica aos programas sociais surgidos nos últimos anos; Ao criticar o PMDB, o colunista usa a memória seletiva.
Omite a presença do PMDB no Congresso Nacional e os votos que tornaram possível a governabilidade e o avanço institucional do país desde a década de 1980.
O fato de deixar de ter candidato a presidente não significa que a legenda seja destituída de discurso, de propostas e de projetos para o Brasil."
MÁRCIO DE FREITAS , assessor de imprensa do PMDB (Brasília, DF)

Calote
"O governo federal vem maldosamente costurando um calote. Ele deve aos funcionários aposentados da Varig mais de R$ 6 bilhões -e já não há mais possibilidade de recursos judiciais.
Dinheiro para emprestar ao FMI, bem como para perdoar dívidas de outros países, é decidido rapidamente. Vale lembrar que nesta eterna espera já morreram cerca de 300 aposentados do Aerus, muitos deles por falta de recursos.
Será que o governo vai esperar que todos os aposentados morram para que não tenha a quem pagar?
A única solução que vislumbro é que, no ano que vem, os aposentados ingênuos de todas as categorias se unam e acordem dizendo "não" ao calote do governo."
ANDRÉ GRODECKI (São Paulo, SP)

Olimpíada
"É um absurdo o povo brasileiro e o COB levarem tão a sério as declarações do comediante Robin Williams sobre a razão de o Rio de Janeiro ter vencido a disputa pela Olimpíada. Assisti à entrevista no programa de David Letterman e, claramente, aquilo foi apenas uma brincadeira (muito engraçada, por sinal). O brasileiro precisa parar de se ofender com coisas desimportantes. Por que esse nacionalismo não vem à tona quando há votações de atos secretos na Câmara ou com os casos de corrupção?"
DAVI CASALE ARAGON (Ribeirão Preto, SP)

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