São Paulo, quinta-feira, 03 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Juros
"Lendo a coluna de meu amigo Clóvis Rossi de 1/1, vejo que ele ficou impactado com a entrevista do vice-presidente José Alencar, que respeito muito. Com relação aos instrumentos necessários para administrar a inflação, continua sendo a utilização de política de juros um bom instrumento de orientação para os agentes econômicos públicos e privados. Não é o único, porém acho importante para inibir os especuladores e os detentores dos grandes capitais, pois os governos não têm armas técnicas democráticas para conter tal especulação. A inflação é um maldito bicho psicológico que responde razoavelmente quando controlado e provocado por uma política antiinflacionária responsável. Ledo engano aqueles que vendem a idéia de que é preciso simplesmente ampliar o plenário do Banco Central. Seria como colocar no Conselho Técnico do InCor pessoas de "boa vontade" para resolver como evitar e tratar o infarto. Quero elogiar o espírito jornalístico verdadeiro e honesto de Clóvis Rossi, mas, de outro lado, não poderia deixar de pedir para que ele não se renda à perplexidade da questão "inflação". Não há caminho único. Existem variáveis mais importantes que outras na questão inflacionária que a psicologia humana deve considerar."
MIGUEL COLASUONNO, economista, ex-prefeito de São Paulo (São Paulo, SP)

CPMF
"Não foram raras as vezes que vi na mídia -e, por que não dizer, na Folha- que sem a CPMF o custo dos produtos seria menor. Hoje, Brasil sem CPMF, pensei: o carro deve ter tido o seu preço reduzido. Surpresa! O carro continua com o mesmo preço de 31 de dezembro. Bem feito quem me mandou acreditar no PSDB e DEM, ou melhor, em todos os senadores que votaram contra a CPMF. Se alguém achar algum produto mais barato devido à não-cobrança da CPMF, me avise."
ELIO MILER (Santa Fé do Sul, SP)

Dívida
"Que nos espera neste ano que começa? Se estamos sob uma dívida pública de um trilhão e meio de reais, só me restaria rezar e pedir a Deus que dê ao povo brasileiro a alegria de ver instituído o controle externo dos atos do Executivo. Dívida impagável e criminosa. Estes governantes do passado e do presente fizeram, fazem e mantêm o Brasil colônia internacional. O custo anual dessa dívida aproxima dos R$ 200 bilhões. Nossos governantes são aplaudidos nos países beneficiados pelos custos dos juros pagos. Eu os comparo àqueles capitães-do-mato que, desde a África, saíam à caça de seus irmãos para aprisioná-los e venderem-nos como escravos. Estamos reféns dos credores. Este sistema chamado democrático e republicano sempre agiu sem o conhecimento e anuência da sociedade. E usam o suor do trabalhador para amortizá-la."
ROSALVO MIRANDA NETTO (Uberlândia, MG)

Réveillon
"Não questiono o gigantismo do show da Paulista, mas dizer que o número total de pessoas era de 2.300.000 é puro exagero. Seria o mesmo que colocar em grande parte da av. Paulista (já que ela não foi totalmente ocupada) mais de duas vezes a população de Guarulhos -cidade com 1.100.000 habitantes. A organização de uma festa grandiosa precisa também mostrar-se grande ao informar a população."
DURVAL TAVARES (São Paulo, SP)

Desmatamento
"Foi num misto de alegria e de tristeza que li o editorial "Por um novo inventário", de 2/1. Alegria pelo alerta que ali foi dado: o desmatamento desenfreado não concerne unicamente à floresta amazônica, mas igualmente a outros biomas, como é o caso do cerrado. Na condição de goiano que ficou alguns anos afastado do país, pude verificar, de um lado, a preocupação do estrangeiro em relação à Amazônia e, de outro, seu total desconhecimento da existência de uma "savana brasileira". Um desconhecimento que se adiciona de um olhar estarrecido quando se mencionava a amplitude da destruição do cerrado em relação à da floresta amazônica. Esse descaso com o cerrado se repete em nível interno. O exemplo mais claro está no texto do art. 225 da Constituição brasileira, que não prevê nem o cerrado nem a caatinga entre os bens que fazem parte do patrimônio nacional. Minha tristeza está na realidade desse bioma: se antes o cerrado era impróprio para a cultura, bom apenas para pastagens, hoje ele é a nova fronteira agrícola do "ouro verde" brasileiro, a cana-de-açúcar. Não entro no debate sobre os biocombustíveis, no entanto, após gado, soja e carvoarias ilegais, agora teremos que nos preparar para ver o cerrado desaparecer no grande sumidouro do tanque de combustível de nossos carros."
JOSÉ ANTÔNIO TIETZMANN E SILVA (Goiânia, GO)

Febre amarela
"Mais uma vez fala-se em macacos mortos, fecham-se áreas e vacina-se a população contra a febre amarela. Agora se reabre o Parque Nacional de Brasília, mas ninguém se preocupa em estudar ou divulgar quais são as espécies dos macacos mortos ou dos mosquitos na área. O que se espera para analisar isto? Que ocorra um surto de febre amarela com casos humanos?"
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

Quênia
"Se o espectro de Ruanda ronda o Quênia, é preciso que não se cometa o mesmo erro cometido em Ruanda, onde mais de 1 milhão de pessoas foram mortas, e a ONU demorou muito a interferir numa das maiores chacinas da África."
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Maria da Conceição Tavares (Rio de Janeiro, RJ); Olga e Pedro Pinciroli Júnior (São Paulo, SP); Assessoria de Imprensa da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (São Paulo, SP); Trama Comunicação (São Paulo, SP); Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Bocaina (Bocaina, SP); Kia Motors do Brasil (São Paulo, SP); A. Maradei Comunicação (São Paulo, SP); Raquel Esteves, assessoria do Blue Tree Park Paradise (São Paulo, SP); Ketchum Estratégia (São Paulo, SP); Burson-Mallester (São Paulo, SP); Antoune Nakkhle, da Parceria 6 Comunicação (São Paulo, SP); Drogaria São Paulo (São Paulo, SP); Aline Thomaz, da Approach Gestão de Informação (Rio de Janeiro, RJ); Assessoria de Imprensa da Unifesp (São Paulo, SP); Milton Alves e diretoria do Sindicato Nacional dos Terapeutas Naturistas (São Paulo, SP); Cláudia Leite, da CL&S (São Paulo, SP); Associação Viva o Centro (São Paulo, SP); Patrícia Rittes, dermatologista (São Paulo, SP); e Vanessa Mastro, assessora de imprensa (São Paulo, SP).

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Texto Anterior: Andrea Matarazzo: Regularização, sim; privilégios, não

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.