São Paulo, terça-feira, 03 de fevereiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Voto e democracia
"Sobre o artigo "A soberania do voto popular" ("Tendências/ Debates", ontem), digo que um Estado de Direito não é feito apenas da observância ao sufrágio universal. É composto de um conjunto que, além de respeito ao voto popular, deve incluir a obediência à Constituição Federal e às leis, aquela emendada e estas elaboradas pelos representantes eleitos pelo povo.
Não só a posse mas também a candidatura estão sujeitas aos requisitos exigidos pela Constituição e pela lei eleitoral. Torna-se um paradoxo querer que o voto popular se sobreponha às leis eleitorais e à própria Carta Magna em defesa da ordem democrática."
LUÍS ANTÔNIO RIBEIRO JÚNIOR (São João da Boa Vista, SP)

Jornais
"Discordo da carta do leitor Gilberto de Mello Kujawski ("Painel do Leitor", 1º/2), que desmerece a existência de propaganda na Primeira Página da Folha.
A propaganda é essencial para a sobrevivência do jornal -e dos jornalistas- e, quanto maior for a capacidade do jornal de arrecadar por propaganda, maior será o número de jornalistas contratados e mais reportagens serão realizadas, de modo a acrescentar culturalmente não só ao leitor mas a todo o país."
JOSÉ MARQUES DE GODOY (São Paulo, SP)

Bolsa Família
"O leitor Artur Silva ("Painel do Leitor", ontem), pelo visto, não conhece o seu país. Nasci e fui criado em um dos grotões deste país e, onde vive minha família, o que vejo de efeitos do Bolsa Família é que as pessoas passam o dia todo nas redes por não terem atividades. Não há escolas, o esgoto é a céu aberto, água tratada só existe para políticos que apoiam o governo, as doenças são primitivas e a população não tem acesso a saúde, pois os centros de saúde e hospitais são precários. Investimentos nestes setores frágeis dariam salários mais dignos, dinamizariam a economia e, aí sim, trariam melhorias.
ps: Nasci e me criei no interior do Piauí. Que o leitor vá lá e confira."
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Educação
"É uma vergonha a notícia "Escola passa aluna que pediu reprovação" (Cotidiano, 1º/2). A escola municipal Professor Primo Pascoli Melare é mais uma das milhares de escolas brasileiras que vivem enganando seus alunos.
A Defensoria Pública e o Ministério Público deveriam pedir uma pronta intervenção na escola, exigindo que se garantisse o direito da aluna de ser orientada por verdadeiros educadores para aprender a ler, a escrever e a contar. Os pais da aluna deveriam entrar na Justiça exigindo uma indenização por "perdas e danos morais".
Essa indenização serviria para a aluna contratar um serviço educacional que realmente se preocupasse com o ensino e a aprendizagem."
MAURO ALVES DA SILVA (São Paulo, SP)

Odebrecht
"A respeito do artigo "Educação na família", de Emílio Odebrecht (Opinião, 1º/2), concordo que a sociedade mudou e que as exigências são outras. Mas não dá para culpar a inserção da mulher no mercado de trabalho pelos problemas na educação das atuais gerações.
É preciso mudar a estrutura escolar e readequar o papel dos pais na educação dos filhos. A escola continua retrógrada, não respondendo às novas necessidades; os pais, a pretexto de uma educação menos repressora, não sabem como desenvolver uma educação democrática. Discernir o que é meu, o que é seu e o que é nosso torna-se extremamente necessário no processo educativo."
ÂNGELO SCHOENACKER (São Paulo, SP)

Bancos e juros
"Sem se preocupar com o decoro que o cargo lhe impõe ou com a seriedade que o assunto merece, o senhor Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban, faz chacota com os leitores desta Folha ao propugnar que o governo avalize empréstimos de empresas como forma de reduzir o "spread" bancário ("Diferenças impedem comparação, afirma federação de bancos", Dinheiro, 1º/2). Quer retirar da intermediação financeira o aspecto que lhe é mais intrínseco: o risco."
CLÁUDIO DE OLIVEIRA LACERDA (Belo Horizonte, MG)

Sexo na escola
"O texto de Luiz Felipe Pondé de ontem ("A contaminação", Ilustrada) não responde as questões colocadas pelos leitores. Contaminação ideológica? Só quem acredita na neutralidade pode pensar em pureza científica. Quando emitimos opiniões ou escrevemos sobre educação, ciência e religião, os valores estão presentes, é óbvio. A ideia de "descontaminar" a ciência e a reflexão filosófica é um horror.
A "educação" sexual está sempre presente na sociedade -na escola, na novela, no cinema, na literatura, na música, na ópera, na religião etc. E em toda escolha há riscos. Só nos resta assumir os perigos, estudar e trabalhar."
FELIPE LUIZ GOMES E SILVA (São Carlos, SP)

Brasília
"Caso fosse dizer algo ao senhor Oscar Niemeyer, a quem respeito pela idade e por suas obras, diria "chega" de monumentos de gosto duvidoso e caros aos cofres públicos. Diria "chega" de garagens privilegiadas e monumentais para nossos carros. Que se invista em transporte público decente.
E o senhor Niemeyer, como um rico e privilegiado arquiteto das elites, deveria ter mais cuidado ao opinar favoravelmente sobre líderes de ditaduras comunistas que nada mais foram do que algozes sanguinários."
JOSÉ OSCAR DA SILVA LOPES (Uberaba, MG)

Homônimo
"Em relação à reportagem "Homem terá que ir à Justiça para provar que está vivo" (Cotidiano, 29/ 1), a Secretaria de Estado da Saúde esclarece que, diferentemente do informado, não foi o hospital estadual Padre Bento que emitiu atestado de óbito para um homônimo do paciente Paulo Cezar dos Santos. O paciente morto em agosto não tinha nenhuma documentação, por isso foi encaminhado pelo hospital ao Serviço de Verificação de Óbitos da Prefeitura de Guarulhos, responsável pela emissão do atestado nesses casos."
VANDERLEI FRANÇA , assessor de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Ricardo Sangiovanni - A Secretaria da Saúde confirmou, em entrevista gravada, ter havido erro do hospital, que encaminhou a pessoa que morreu "com os dados do vivo" ao SVO, e este "deve ter emitido o atestado de óbito com base nisso". A reportagem informou que a responsabilidade pelo atestado é do médico signatário.

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