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PAINEL DO LEITOR
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Voto e democracia
"Sobre o artigo "A soberania do
voto popular" ("Tendências/ Debates", ontem), digo que um Estado de
Direito não é feito apenas da observância ao sufrágio universal. É composto de um conjunto que, além de
respeito ao voto popular, deve incluir a obediência à Constituição
Federal e às leis, aquela emendada e
estas elaboradas pelos representantes eleitos pelo povo.
Não só a posse mas também a
candidatura estão sujeitas aos requisitos exigidos pela Constituição
e pela lei eleitoral. Torna-se um paradoxo querer que o voto popular se
sobreponha às leis eleitorais e à
própria Carta Magna em defesa da
ordem democrática."
LUÍS ANTÔNIO RIBEIRO JÚNIOR (São João da Boa
Vista, SP)
Jornais
"Discordo da carta do leitor Gilberto de Mello Kujawski ("Painel do
Leitor", 1º/2), que desmerece a existência de propaganda na Primeira
Página da Folha.
A propaganda é essencial para a
sobrevivência do jornal -e dos jornalistas- e, quanto maior for a capacidade do jornal de arrecadar por
propaganda, maior será o número
de jornalistas contratados e mais
reportagens serão realizadas, de
modo a acrescentar culturalmente
não só ao leitor mas a todo o país."
JOSÉ MARQUES DE GODOY (São Paulo, SP)
Bolsa Família
"O leitor Artur Silva ("Painel do
Leitor", ontem), pelo visto, não conhece o seu país. Nasci e fui criado
em um dos grotões deste país e, onde vive minha família, o que vejo de
efeitos do Bolsa Família é que as
pessoas passam o dia todo nas redes
por não terem atividades. Não há
escolas, o esgoto é a céu aberto,
água tratada só existe para políticos
que apoiam o governo, as doenças
são primitivas e a população não
tem acesso a saúde, pois os centros
de saúde e hospitais são precários.
Investimentos nestes setores frágeis dariam salários mais dignos, dinamizariam a economia e, aí sim,
trariam melhorias.
ps: Nasci e me criei no interior do
Piauí. Que o leitor vá lá e confira."
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)
Educação
"É uma vergonha a notícia "Escola passa aluna que pediu reprovação" (Cotidiano, 1º/2).
A escola municipal Professor Primo Pascoli Melare é mais uma das
milhares de escolas brasileiras que
vivem enganando seus alunos.
A Defensoria Pública e o Ministério Público deveriam pedir uma
pronta intervenção na escola, exigindo que se garantisse o direito da
aluna de ser orientada por verdadeiros educadores para aprender a
ler, a escrever e a contar. Os pais da
aluna deveriam entrar na Justiça
exigindo uma indenização por "perdas e danos morais".
Essa indenização serviria para a
aluna contratar um serviço educacional que realmente se preocupasse com o ensino e a aprendizagem."
MAURO ALVES DA SILVA (São Paulo, SP)
Odebrecht
"A respeito do artigo "Educação
na família", de Emílio Odebrecht
(Opinião, 1º/2), concordo que a sociedade mudou e que as exigências
são outras. Mas não dá para culpar
a inserção da mulher no mercado
de trabalho pelos problemas na
educação das atuais gerações.
É preciso mudar a estrutura escolar e readequar o papel dos pais
na educação dos filhos. A escola
continua retrógrada, não respondendo às novas necessidades; os
pais, a pretexto de uma educação
menos repressora, não sabem como desenvolver uma educação democrática. Discernir o que é meu, o
que é seu e o que é nosso torna-se
extremamente necessário no processo educativo."
ÂNGELO SCHOENACKER (São Paulo, SP)
Bancos e juros
"Sem se preocupar com o decoro
que o cargo lhe impõe ou com a seriedade que o assunto merece, o senhor Rubens Sardenberg, economista-chefe da Febraban, faz chacota com os leitores desta Folha ao
propugnar que o governo avalize
empréstimos de empresas como
forma de reduzir o "spread" bancário ("Diferenças impedem comparação, afirma federação de bancos",
Dinheiro, 1º/2). Quer retirar da intermediação financeira o aspecto
que lhe é mais intrínseco: o risco."
CLÁUDIO DE OLIVEIRA LACERDA
(Belo Horizonte, MG)
Sexo na escola
"O texto de Luiz Felipe Pondé de
ontem ("A contaminação", Ilustrada) não responde as questões colocadas pelos leitores. Contaminação
ideológica? Só quem acredita na
neutralidade pode pensar em pureza científica. Quando emitimos opiniões ou escrevemos sobre educação, ciência e religião, os valores estão presentes, é óbvio. A ideia de
"descontaminar" a ciência e a reflexão filosófica é um horror.
A "educação" sexual está sempre
presente na sociedade -na escola,
na novela, no cinema, na literatura,
na música, na ópera, na religião etc.
E em toda escolha há riscos. Só nos
resta assumir os perigos, estudar e
trabalhar."
FELIPE LUIZ GOMES E SILVA (São Carlos, SP)
Brasília
"Caso fosse dizer algo ao senhor
Oscar Niemeyer, a quem respeito
pela idade e por suas obras, diria
"chega" de monumentos de gosto
duvidoso e caros aos cofres públicos. Diria "chega" de garagens privilegiadas e monumentais para nossos carros. Que se invista em transporte público decente.
E o senhor Niemeyer, como um
rico e privilegiado arquiteto das elites, deveria ter mais cuidado ao opinar favoravelmente sobre líderes de
ditaduras comunistas que nada
mais foram do que algozes sanguinários."
JOSÉ OSCAR DA SILVA LOPES (Uberaba, MG)
Homônimo
"Em relação à reportagem "Homem terá que ir à Justiça para provar que está vivo" (Cotidiano, 29/
1), a Secretaria de Estado da Saúde
esclarece que, diferentemente do
informado, não foi o hospital estadual Padre Bento que emitiu atestado de óbito para um homônimo
do paciente Paulo Cezar dos Santos. O paciente morto em agosto
não tinha nenhuma documentação,
por isso foi encaminhado pelo hospital ao Serviço de Verificação de
Óbitos da Prefeitura de Guarulhos,
responsável pela emissão do atestado nesses casos."
VANDERLEI FRANÇA , assessor de comunicação da
Secretaria de Estado da Saúde (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Ricardo
Sangiovanni - A Secretaria da
Saúde confirmou, em entrevista gravada, ter havido erro do
hospital, que encaminhou a
pessoa que morreu "com os dados do vivo" ao SVO, e este "deve ter emitido o atestado de óbito com base nisso". A reportagem informou que a responsabilidade pelo atestado é do médico signatário.
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