São Paulo, terça-feira, 03 de março de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Segurança
"Os paulistas estão perplexos diante das graves denúncias contidas na reportagem "Três delegados são suspeitos de compra de cargos de chefia" (Cotidiano, 28/2). O texto revela poderoso esquema de corrupção, que contava com a participação de integrante da cúpula da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo.
Até a presente data, nenhuma medida efetiva foi adotada no sentido de coibir a prática dos ilícitos noticiados e punir com rigor os acusados. Essa lamentável omissão coloca todos os policiais na desconfortável posição de suspeitos, fato que acarreta imensurável dano à dignidade desses servidores.
Na defesa intransigente dos direitos e interesses dos delegados de polícia, manifesto a minha indignação com a situação de total descontrole da Secretaria da Segurança Pública.
Esta associação envidará esforços para preservar a imagem da classe, adotando as medidas necessárias para que as denúncias sejam apuradas, e os autores, punidos."
SÉRGIO MARCOS ROQUE , presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado (São Paulo, SP)

Vestibular
"Está em debate nas unidades acadêmicas da USP proposta de mudança no vestibular.
Depois de debatida nas unidades, a proposta será discutida no Coge (órgão que rege o ensino de graduação na USP) em 19 de março. A decisão final deve ser tomada em abril, para ser implementada no próximo vestibular.
As intenções da proposta parecem ser elevadíssimas, mas ela terá o efeito de diminuir o peso de matemática e ciências no vestibular. Dada a importância que o vestibular da USP exerce no ensino médio, talvez não seja alarmismo demais supor que, a médio prazo, todas as escolas passarão a ensinar menos matemática e ciências como consequência dessa mudança."
SEVERINO TOSCANO DO REGO MELO , Instituto de Matemática e Estatística da USP (São Paulo, SP)

Quilombos e foguetes
"Ao ler os artigos sobre as disputas entre as comunidades quilombolas e o projeto espacial brasileiro ("Tendências/Debates", 28/2), fiquei perplexa diante da falta de seriedade e de responsabilidade por parte do governo em salvaguardar o patrimônio histórico e cultural e concomitantemente desenvolver um projeto espacial para o país.
A forma como os quilombolas foram deslocados e assentados não se discute: foi injusta! No entanto não se podem ignorar as inúmeras vantagens que o desenvolvimento de um projeto espacial pode trazer para todo o país.
O Brasil é abençoado, afirmativa inquestionável, entretanto esse episódio mais uma vez revela a falta de bom senso em administrar os tesouros nacionais.
Se o deslocamento tivesse sido efetuado com diligência, mediante um estudo detalhado daquelas comunidades, com certeza não teríamos conflitos entre os quilombolas e o Centro de Lançamento de Alcântara. Infelizmente, "a roupa suja não foi lavada em casa", e a decisão foi parar nas mãos dos órgãos internacionais.
Já passou da hora de a União usar da soberania nacional para resolver esse impasse."
RAQUEL FRANGE (Londrina, PR)

Relativismo
"O professor Luiz Felipe Pondé problematizou, em artigo publicado ontem ("Blablablá", Ilustrada), um aspecto interessante sobre o relativismo cultural, que é o mau uso desse conceito.
Infelizmente, parece que o autor se confundiu com o significado da expressão, reduzindo-o ao mau uso que tanto critica ao longo do texto.
Mais do que um papo "blablablá", a atitude relativista é um convite à compreensão de formas de vida distintas, encontradas não só em tribos remotas mas, sobretudo, na difícil convivência em sociedade.
Como disse Luiz Felipe Pondé, num momento de rara felicidade, "o "Outro" nem sempre é legal". Compreender não significa "abençoar", mas tentar lidar com a diversidade cultural de forma menos conflitante e sem optar pela supressão das diferenças.
Talvez o autor devesse frequentar outros espaços sociais (além dos já mencionados parques temáticos e lojas de curiosidades) para entender um pouco mais do assunto."
JULIA BESOUCHET (Rio de Janeiro, RJ)

PMDB
"Após a explosiva manifestação do senador Jarbas Vasconcelos, a gente fica a pensar se tudo aquilo não se resume a um atual e novo ditado: "o pior de tudo não é o dinheiro roubado, é o ladrão solto"."
DOUGLAS JORGE (São Paulo, SP)

Ressonância
"Em relação à reportagem "Aparelho médico está encostado há 3 anos" (Cotidiano, ontem), digo que é uma desculpa esfarrapada a questão que se coloca como dificuldades a serem superadas para a instalação do equipamento de ressonância magnética da prefeitura.
Qualquer um que seja "do ramo" sabe que, para determinados tipos de equipamento, não se pode ter estruturas que sejam atraídas pelo magneto (o nome diz algo?).
Mas mesmo quem não entende do equipamento não precisa ser surpreendido por isso.
Bastaria que tivesse sido colocado no edital para a aquisição do produto a obrigatoriedade, antes da compra, de que os fabricantes entregassem uma relação de necessidades para a instalação e uma planta básica. Simples assim.
Querem saber qual vai ser o fim desse filme?
Quando, e se, tudo estiver pronto, o equipamento terá sido corroído, o software já não servirá, a garantia terá ido para o espaço e as "gambiarras" para instalar comprometerão o funcionamento.
E o nosso dinheiro também terá ido para o espaço. E os que precisam dos exames que aguardem."
WILSON REINHARDT FILHO (São Paulo, SP)

São Paulo
"Ao contrário do que afirmam os entrevistados na reportagem "Crise eleva para 14 mil o número de moradores de rua em SP" (Cotidiano, 1º/3), as vagas nos albergues na cidade não diminuíram; elas cresceram. Eram 6.300 no início de 2005 e 10.400 ao fim de 2008 (crescimento de 65%).
A desativação de albergues sob viadutos, locais impróprios, tem sido sempre precedida pela abertura de vagas no mínimo em igual número em locais com boas condições sanitárias e de segurança.
Quanto à desocupação do edifício Mercúrio, no centro da cidade, as declarações estão também equivocadas: todos os proprietários daquele prédio foram indenizados, vários já habitam apartamentos oferecidos pela prefeitura e os últimos inquilinos que saíram receberam o correspondente a seis meses de aluguel e tiveram a mudança paga pela prefeitura. As ações foram acompanhadas por assistentes sociais."
LEÃO SERVA , assessor de imprensa da Prefeitura (São Paulo, SP)

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