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Segurança
"Os paulistas estão perplexos
diante das graves denúncias contidas na reportagem "Três delegados
são suspeitos de compra de cargos
de chefia" (Cotidiano, 28/2). O texto revela poderoso esquema de corrupção, que contava com a participação de integrante da cúpula da
Secretaria da Segurança Pública de
São Paulo.
Até a presente data, nenhuma
medida efetiva foi adotada no sentido de coibir a prática dos ilícitos
noticiados e punir com rigor os
acusados. Essa lamentável omissão
coloca todos os policiais na desconfortável posição de suspeitos, fato
que acarreta imensurável dano à
dignidade desses servidores.
Na defesa intransigente dos direitos e interesses dos delegados de
polícia, manifesto a minha indignação com a situação de total descontrole da Secretaria da Segurança
Pública.
Esta associação envidará esforços para preservar a imagem da
classe, adotando as medidas necessárias para que as denúncias sejam
apuradas, e os autores, punidos."
SÉRGIO MARCOS ROQUE , presidente da Associação
dos Delegados de Polícia do Estado
(São Paulo, SP)
Vestibular
"Está em debate nas unidades
acadêmicas da USP proposta de
mudança no vestibular.
Depois de debatida nas unidades,
a proposta será discutida no Coge
(órgão que rege o ensino de graduação na USP) em 19 de março. A decisão final deve ser tomada em abril,
para ser implementada no próximo
vestibular.
As intenções da proposta parecem ser elevadíssimas, mas ela terá
o efeito de diminuir o peso de matemática e ciências no vestibular.
Dada a importância que o vestibular da USP exerce no ensino médio, talvez não seja alarmismo demais supor que, a médio prazo, todas as escolas passarão a ensinar
menos matemática e ciências como
consequência dessa mudança."
SEVERINO TOSCANO DO REGO MELO , Instituto de
Matemática e Estatística da USP (São Paulo, SP)
Quilombos e foguetes
"Ao ler os artigos sobre as disputas entre as comunidades quilombolas e o projeto espacial brasileiro
("Tendências/Debates", 28/2), fiquei perplexa diante da falta de seriedade e de responsabilidade por
parte do governo em salvaguardar o
patrimônio histórico e cultural e
concomitantemente desenvolver
um projeto espacial para o país.
A forma como os quilombolas foram deslocados e assentados não se
discute: foi injusta! No entanto não
se podem ignorar as inúmeras vantagens que o desenvolvimento de
um projeto espacial pode trazer para todo o país.
O Brasil é abençoado, afirmativa
inquestionável, entretanto esse
episódio mais uma vez revela a falta
de bom senso em administrar os tesouros nacionais.
Se o deslocamento tivesse sido
efetuado com diligência, mediante
um estudo detalhado daquelas comunidades, com certeza não teríamos conflitos entre os quilombolas
e o Centro de Lançamento de Alcântara.
Infelizmente, "a roupa suja não
foi lavada em casa", e a decisão foi
parar nas mãos dos órgãos internacionais.
Já passou da hora de a União usar
da soberania nacional para resolver
esse impasse."
RAQUEL FRANGE (Londrina, PR)
Relativismo
"O professor Luiz Felipe Pondé
problematizou, em artigo publicado ontem ("Blablablá", Ilustrada),
um aspecto interessante sobre o relativismo cultural, que é o mau uso
desse conceito.
Infelizmente, parece que o autor
se confundiu com o significado da
expressão, reduzindo-o ao mau uso
que tanto critica ao longo do texto.
Mais do que um papo "blablablá",
a atitude relativista é um convite à
compreensão de formas de vida
distintas, encontradas não só em
tribos remotas mas, sobretudo, na
difícil convivência em sociedade.
Como disse Luiz Felipe Pondé,
num momento de rara felicidade, "o
"Outro" nem sempre é legal". Compreender não significa "abençoar",
mas tentar lidar com a diversidade
cultural de forma menos conflitante e sem optar pela supressão das
diferenças.
Talvez o autor devesse frequentar outros espaços sociais (além dos
já mencionados parques temáticos
e lojas de curiosidades) para entender um pouco mais do assunto."
JULIA BESOUCHET (Rio de Janeiro, RJ)
PMDB
"Após a explosiva manifestação
do senador Jarbas Vasconcelos, a
gente fica a pensar se tudo aquilo
não se resume a um atual e novo ditado: "o pior de tudo não é o dinheiro roubado, é o ladrão solto"."
DOUGLAS JORGE (São Paulo, SP)
Ressonância
"Em relação à reportagem "Aparelho médico está encostado há 3
anos" (Cotidiano, ontem), digo que
é uma desculpa esfarrapada a questão que se coloca como dificuldades
a serem superadas para a instalação
do equipamento de ressonância
magnética da prefeitura.
Qualquer um que seja "do ramo"
sabe que, para determinados tipos
de equipamento, não se pode ter
estruturas que sejam atraídas pelo
magneto (o nome diz algo?).
Mas mesmo quem não entende
do equipamento não precisa ser
surpreendido por isso.
Bastaria que tivesse sido colocado no edital para a aquisição do
produto a obrigatoriedade, antes da
compra, de que os fabricantes entregassem uma relação de necessidades para a instalação e uma planta básica. Simples assim.
Querem saber qual vai ser o fim
desse filme?
Quando, e se, tudo estiver pronto, o equipamento terá sido corroído, o software já não servirá, a garantia terá ido para o espaço e as
"gambiarras" para instalar comprometerão o funcionamento.
E o nosso dinheiro também terá
ido para o espaço. E os que precisam dos exames que aguardem."
WILSON REINHARDT FILHO (São Paulo, SP)
São Paulo
"Ao contrário do que afirmam os
entrevistados na reportagem "Crise
eleva para 14 mil o número de moradores de rua em SP" (Cotidiano,
1º/3), as vagas nos albergues na cidade não diminuíram; elas cresceram. Eram 6.300 no início de 2005
e 10.400 ao fim de 2008 (crescimento de 65%).
A desativação de albergues sob
viadutos, locais impróprios, tem sido sempre precedida pela abertura
de vagas no mínimo em igual número em locais com boas condições
sanitárias e de segurança.
Quanto à desocupação do edifício
Mercúrio, no centro da cidade, as
declarações estão também equivocadas: todos os proprietários daquele prédio foram indenizados,
vários já habitam apartamentos
oferecidos pela prefeitura e os últimos inquilinos que saíram receberam o correspondente a seis meses
de aluguel e tiveram a mudança paga pela prefeitura.
As ações foram acompanhadas
por assistentes sociais."
LEÃO SERVA , assessor de imprensa da Prefeitura
(São Paulo, SP)
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