São Paulo, terça-feira, 03 de abril de 2007 |
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PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Banco Central "A reportagem "Sem Bevilaqua, BC melhora a sua comunicação com mercado" (Dinheiro, 2/4) alega que a minha substituição na Diretoria de Política Econômica -Dipec- do Banco Central do Brasil "já serviu para o BC melhorar sua comunicação com o mercado financeiro". Para amparar sua conclusão, o texto recorre a considerações anônimas de caráter impressionista, como a ausência de "bate boca entre Bevilaqua e algum desavisado que discordasse das análises do Banco Central" ou o fim do "tom imperial que vigorava antes". Assim, não há como contestar supostas alegações de algum(ns) participante(s) das reuniões, pois não sei em que consistem os argumentos. Gostaria, entretanto, de fazer reparo a duas afirmações um pouco mais objetivas feitas no texto: a) Um "sinal de mudança" na comunicação foi "a apresentação feita pelo diretor de Política Monetária Rodrigo Azevedo", supostamente em contraste com o passado quando o diretor "ficava sentado à mesa" e "o papel de interlocutor cabia exclusivamente a Bevilaqua". A afirmação não é correta. Nas 14 reuniões que tive com analistas, sempre tive a sorte de contar com o auxílio de outros diretores na explanação. O diretor Rodrigo Azevedo seguramente foi quem mais participou dos debates no período; b) "Até o presidente do BC, Henrique Meirelles, costumava ficar em segundo plano nas reuniões conduzidas pelo ex-diretor". A condução das reuniões pelo diretor da Dipec é uma das atribuições de rotina do cargo. É um absurdo supor que o dirigente máximo do BC deva desempenhar tarefas que cabem a seus subordinados ou que ele possa estar sujeito a qualquer tipo de restrição no formato de sua participação em reuniões. Ao longo dos últimos anos houve uma melhora objetiva na comunicação do BC com o mercado, que pode ser atestada pelos resultados alcançados. É possível que, ao obter esses resultados inquestionáveis, o BC não tenha agradado a todos os participantes do mercado. No entanto, os resultados certamente não teriam sido obtidos se a política de comunicação com o setor privado tivesse o grau de deficiência que a reportagem tenta fazer crer que existia até o início do mês passado. Nada disso pressupõe que não haja espaço para melhoras adicionais ou críticas bem-vindas. Tenho certeza de que, por critérios objetivos, e não com avaliações anônimas e impressionistas, constataremos ao longo dos próximos anos que a comunicação da instituição com o mercado continuará melhorando durante a gestão na Dipec do competente e experiente economista Mário Mesquita." AFONSO BEVILAQUA, ex-diretor de Política Econômica do Banco Central (Rio de Janeiro, RJ)
Nota da Redação - Leia na seção
"Erramos".
Sobel
"Quero solidarizar-me com o sofrimento de meu amigo rabino
Henry Sobel. Devemos muito a esse
grande homem, pela sua luta, ao lado, muitas vezes, de dom Paulo
Evaristo, contra as arbitrariedades
da ditadura militar e depois, já vencido o passado de chumbo, contra a
violência de nossas instituições
que, na verdade, não servem ao povo, mas àqueles que detêm o poder.
"O rabino Henry Sobel é um dos
mais importantes religiosos de nossa história contemporânea e sua vida o torna merecedor de apoio e carinho de todos nós nesse momento
difícil de sua vida."
Declaração
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