São Paulo, quinta-feira, 03 de abril de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Viagem
"Diferentemente do que insinuou a nota "Liberou geral" ("Painel", pág. A4, 1º/4), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, não foi levado a Trancoso em avião da FAB para passar o fim de semana. Conforme agenda amplamente divulgada à época, o ministro usou avião da FAB para atender a compromissos oficiais em Ilhéus e Porto Seguro (1º/11), onde vistoriou os respectivos aeroportos e encontrou-se com líderes locais. Dessa visita resultou posteriormente autorização de obra e liberação de vôos provenientes de Congonhas para a região. Na segunda-feira, houve deslocamento de Ilhéus para Salvador para visita oficial do ministro a unidades da Marinha na capital baiana, com retorno a Brasília na mesma data."
JOSÉ RAMOS , assessor especial de comunicação social do Ministério da Defesa (Brasília, DF)

Saúde
"Foi com grande satisfação que vi um grande jornal deste país enfim tratar o assunto de saúde pública com objetividade ("Médicos em falta", Opinião, 2/4). Vivemos, atualmente, num país de hipocrisias, no qual uma juíza determina que nenhum doente poderá enfrentar filas, mas esse mesmo Judiciário não determina a isonomia de salários entre juízes e médicos.
Essa seria a solução para a saúde do Brasil. Solucionaria a falta de profissionais e melhoraria a qualidade do atendimento no serviço público. Os médicos brasileiros devem ter um ganho digno e mínimas condições de trabalho. Quais são, afinal, as prioridades deste país?"
MARCOS ROMERO (Ponta Grossa, PR)

Tibete e Olimpíada
"Quanta hipocrisia! O povo tibetano sofrendo sob uma ditadura cruel, e o mundo pensando se vai boicotar ou não a Olimpíada. É claro que o poder econômico fala mais alto. E os atletas, teriam coragem de fazer um boicote individual e abrir mão de fama e de dinheiro -e claro, dos seus sonhos- para, quem sabe, dar uma esperança a esse povo que está sofrendo?"
MARCUS LUCIANO VILLAR (Itapevi, SP)

 

"Os Jogos Olímpicos, às vezes, são disputados em cidades de países com problemas políticos, étnicos e até raciais. Em Montreal-76, havia a questão do Québec. Em Barcelona-92, os separatistas bascos. Em Sidney-2000, a questão aborígene. Mas em nenhuma delas a imprensa brasileira tratou o assunto como trata agora os jogos de Pequim por causa do Tibete.
A China é uma ameaça à supremacia dos EUA, mas, em 76, não se falou em boicote caso Québec não se separasse; em 92, os bascos ficaram falando sozinhos, e, em 2000, ninguém se recusou a ir nadar em Sidney caso os aborígenes não tivessem as suas terras devolvidas. Estará nossa imprensa recebendo ordens da av. Pennsylvania, 1.600, Washington, DC?"
CAMILO JUNQUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

Dengue
"Interessante a proposta do iluminado governador Sergio Cabral de trazer médicos de Cuba para o tratar vítimas da dengue.
É óbvio que o caos da assistência médica carioca se deu por falta de médicos. Olhando por esse prisma, vamos convidar também alguns professores. E uns policiais... Ah, e não vamos esquecer de uns bons administradores."
HUMBERTO SALGADO FILHO , médico (São Paulo, SP)

Células-tronco
"A ilustração de Carvall no "Tendências/Debates" de 1º/4 define sem palavras a relação entre a Igreja Católica e os portadores de necessidades especiais na questão do uso da células-tronco embrionárias em pesquisas científicas. Além de precisarem lutar contra barreiras arquitetônicas e físicas para terem direito à dignidade humana, os portadores de diferenças têm que lutar contra as barreiras dogmáticas defendidas por uma parcela da igreja."
FRANCISCO CARLOS KUNESKI (Florianópolis, SC)

Umbanda
"Não me convenceu nem um pouquinho a ligeireza historiográfica com que o caderno Mais! de domingo passado decidiu abraçar a versão mediúnica que define 1908 como o ano de fundação da umbanda, antecipando para 2008 a comemoração de seu centenário -e, de quebra, atribuindo a um único indivíduo a autoria de um feito sabidamente coletivo.
A crer na reportagem de Marcelo Beraba, a fundação da umbanda, de repente e sem mais aquela, salta de um fundo histórico de ação coletiva, de contornos temporais imprecisos (década de 1920), para o status improvável de uma religião que saberia "com exatidão" não só o ano mas também o mês e o dia de sua fundação, por um indivíduo em particular: 15 de novembro de 1908, "exatos (sic) 19 anos após a Proclamação da República"."
ANTÔNIO FLÁVIO PIERUCCI, professor titular do Departamento de Sociologia da USP (São Paulo, SP)

Indústria
"Em relação ao resultado de março da Sondagem da Indústria, da FGV, a Folha publicou a reportagem "Indústria pode não suprir demanda, diz FGV" (Dinheiro, 1º/4), que contém uma interpretação distorcida do que foi dito por mim na coletiva de imprensa.
Sobre o ano de 2008, afirmei que o resultado da Sondagem de março sinalizava a retomada de um ritmo de atividade semelhante ao vigente em boa parte do segundo semestre de 2007, correspondente a uma taxa superior a 6% ao ano. Questionado pelos jornalistas, afirmei que, caso esse ritmo fosse mantido nos próximos meses, o risco de observarmos problemas de esgotamento de capacidade em segmentos específicos da indústria aumentaria.
Questionado sobre o crescimento de longo prazo da economia brasileira, afirmei que o país estaria criando condições para crescer sustentadamente a uma taxa próxima de 5% ao ano, mas que, durante a fase de transição, seria natural certa cautela com taxas de crescimento superiores a isso. Em nenhum momento eu disse que não teríamos condições de crescer 5% especificamente no ano de 2008.
Esta não chega a ser tarefa difícil, em virtude do efeito estatístico do "carregamento" de crescimento do ano passado e de haver margem para algum aumento do nível de utilização da capacidade neste ano."
ALOISIO CAMPELO JÚNIOR , coordenador de Sondagens Conjunturais do IBRE-FGV (São Paulo, SP)

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